Blog do Edson

Comentários sobre comidas, bebidas e afins.

A conversa sempre deriva para lugares e comidas. E, foi num desses agradáveis encontros que o professor F. abriu a discussão para saber qual é a melhor pizza de Curitiba.
- Nasci e me criei em São Paulo e tenho bom conhecimento de pizzarias. Aqui como pizza pelo menos duas vezes por semana... e blá, blá blá. Conheço muitas, mas duas se destacam, disse com ar pedagógico e dedo em riste.

Acreditando nas sinceras palavras do astuto e corajoso professor, me toquei para os lados do parque Barigui em busca de uma delas.
Parei na Pizzaria Armazém Dom Carmino.
- É aqui, disse aflito para Mme M.. Mas, por onde devo entrar?
Bati na porta da frente.
Procurei as laterais, e nada.
Marquei minha silhueta no vidro transparente da janela e pude constatar que no interior daquela casa antiga havia muitas pessoas.
Mesas repletas.
Um pequeno cartaz indicava a entrada ao lado do estacionamento de veículos.
- Humm, resmunguei, franzindo minhas temporas.
Então vamos.
- Sejam bem-vindos, nos acolheu a alegre hostess.
Lamento lhes informar mas só temos mesas na parte de cima.
- ?
Naquela hora eu precisava apenas de uma, de preferência arejada por causa do calor.
- Podem ocupar a 17.
Pronto.
Estamos numa das melhores indicações do bom amigo e professor, acomodados numa sala com pouco barulho e numa expectativa enorme para confirmar ou não aquela segura afirmação.
O gentil atendente nos apresentou um cardápio bem elaborado e com opções generosas.
- Pedí uma pizza com dois sabores denominadas, Bráz e Caprese.
E, chopp (Brahma), devido a agradável temperatura.
Pude observar - ao fundo - as evoluções e habilidades do pizzaiolo em lidar com as massas. Artistico até...
Foi regular o tempo de espera.
Enfim, ei-las (porque eram duas em uma).
Acondicionadas em uma bandeja com tampo de metal para impedir a perda do calor.
O primeiro pedaço sabor Bráz foi delicadamente consumido por Mme M..
Não fiz cerimônia. Fui alegre de encontro a Caprese que sumiu em alguns poucos minutos.
Não houve até então qualquer comentário de ambas as partes.
Só alguns sons incompreendíveis como, hummss, deliciii, otimmm...
Em seguida, trocamos os sabores.
E, assim transcorreu aquele consumo.
Até que refeito da experiência perguntei para Mme M.
- Qual foi vossa impressão sobre essa pizza?
- A moda Bráz, com recheio de abobrinhas é delicada, com generosa porção de queijo parmezão e azeite de oliva. Uma combinação perfeita. E a Caprese, com queijo de búfala, pesto de azeitonas pretas com folhas de mangericão gigante tem sabor mais acentuado, mas correta.
De sobremesa um exótico salame de chocolate servido com sorvete de vanilla (que poderia ser häagen-dazs).
A indicação do experiente professor F. foi acertada.

Serviço:
Pizzaria Armazém Dom Carmino
Rua Jacarezinho esquina com Cândido Hartmann
Fone (41) 3015-9993
Atende todos os dias das 18:30h até 00:00h
Comércio é comércio aqui ou em qualquer lugar do mundo.

Estou certo?

Pensando assim decidi acatar amável convite de Mlle V., para conhecer a mais recente "novidade" dessa cidade tão cheia de chuvas, frios das mais diversas intensidades e gostos e agora de "chacinas" ao estilo de outros estados do país.

Fui à Praça da Espanha, antigo reduto de valentes e brigões da cidade e que por algum tempo havia sido ocupado por grupos de, digamos, "desocupados".

Os comerciantes da região se uniram e rotularam o espaço como sendo o "Batel Soho", dando uma nova roupagem ao reduto popular.

Na verdade fui em busca da anunciada Feira de Gastronomia.

Cheguei ofegante e percorri os quatro cantos da praça. Não encontrei, algo que pudesse acomodar meu aflito estômago, por causa do adiantado da hora.

Pensei:
- Estes comerciantes são mais espertos que nós, pobres mortais. Vim para cá e os únicos lugares decentes para comer são os restaurantes em torno dessa praça.

Estava faminto e decidi visitar o Restaurante Pata Negra.
Mlle V. já estava à minha espera.

Chegaram, em seguida, o Sr. e Sra. Grein, Mlle R. Mlle T. Mlle C. e M L..

Percebi, que aquele chamamento para a feira da praça fez com que muitos buscassem restaurantes da região para satisfazer seus instintos. E o Pata Negra estava com todas as mesas ocupadas. Os esforçados atendentes estavam... se esforçando para evitar atritos maiores.

Passada a fase de indignação e acomodados, partimos para nossos objetivos.

Já no buffet aproveitei as ofertas bem dispostas: tapas, tortillas, empanadas, alguns queijos e embutidos e um atraente prato de sardinhas ao molho escabeche e outro mais com molho vinagrete.

O prato principal veio no tempo adequado: uma paella valenciana - que consiste em um preparo tradicional com frango, porco e coelho - que foi avidamente consumida por mim e por M L.

Vieram em seguida os pedidos de meus acompanhantes. Bife de chorizo e paella à moda aragoneza, com generosas porções de camarões, polvo, lulas e mariscos (foto).

Por se tratar de um restaurante espanhol, o bife de chorizo foi aplaudido.
Veio macio, tenro, tostado por fora e levemente mal passado em seu interior. Tempero leve e adequado. Me remeteu a gratas lembranças das carnes ofertadas pelos competentes argentinos.

As conversas transcorreram alegres e descontraídas.
- Este local está pouco iluminado, apontou o Sr. Grein, no que houve concordância da maioria.
- Mas, dada a posição em que se encontra as pessoas que se assentam de costas para a praça tem a visão clara dos pratos. Ao contrário, as que se sentam de frente para a rua ficam com a visão ofuscada pela intensidade de luz externa.

Nada que interefe na decoração que tem pratos decorativos nas paredes e chão de pedra, aos moldes das tavernas ibéricas.

-É um restaurante bem agradável, com uma carne de boa qualidade, complementou Mlle V..
Estavamos nos despedindo, quando chegou Mme M.L..

-Tive intenso trabalho e só me desvincilhei deles agora, disse ela, ainda esbaforida pela pressa.

- Recomendo o bife de chorizo, e te auxilio no consumo, ponderei com ar de felicidade.

(...)


Serviço:
Restaurante e Café Pata Negra
Endereço: Rua Fernando Simas, 23
Praça da Espanha
Cidade: Curitiba - PR
Telefone: (41) 3015-2003
Horário de atendimento:
De segunda a sábado, a partir das 10h.
Capacidade: 100 pessoas
"Paris já foi tão descrita e tanto já se ouviu falar dela, que a maioria das pessoas sabe como ela é sem nunca a ter visto".
Barão de Pöllnitz, 1732
Deslumbrante.
Assim foi definido o 5º Dînner D'Affaires - Um Passeio em Paris, promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil, regional PR/SC e realizado na noite de sexta-feira, no Hotel Bourbon, em Curitiba.
Visitar os principais lugares de Paris, através do software Street-View foi uma grata experiência para os quase 80 participantes do encontro.
A clareza dos detalhes com vista de 360º aliado à explicação dos lugares expostos por M. Alain Tissier, contemplou a todos.
O roteiro de apresentação - dividido em dois passeios - foi baseado no livro Addresses Paris, da escritora Angela Gouveia Vieira, também presente ao evento. E, para completar, uma organização impecável preparada para o jantar servido conforme os melhores rituais, com elegância, presteza e contemplação.

A primeira parte da visita constou de um breve passeio pelos principais pontos turisticos da cidade, incluindo museus, prédios públicos, passeio no Sena, vista da igreja de Sacrè Coeur.

Encerrada a primeira parte os garçons serviram porções de patês e pães e em seguida Quiche Lorraine acompanhado de salada verde. Junto veio um Cheverny Le Viex Clos, com 85% Sauvignon Blanc e 15% Chadornnay, produzido no Vale do Loire.

Depois de um breve intervado, veio a segunda parte do city tour com paradas nos principais hoteis, bistrôs, livrarias, centros comerciais e lojas de grifes, com as devidas explicações de quem conhece os meandros da cidade.

Com novo intervalo foi servido Boeuf Bourguignon com batatas salteadas, acompanhado do Bourgogne Macon Supèrier - Masson Dubois, Gamay. Depois disso houve a apresentação do chef Luciano Guimarães, responsável pelos alimentos e bebidas da noite, em seguida o encerramento do jantar, com a apresentação de uma seleção de queijos liderados pelo excelente Brie acompanhados pelo Bordeaux Château L'Eglise de Daget, 2006, com 60% merlot e 40% Cabernet Sauvignon.

Por fim veio um Clafoutis aux Pommes, servido com um chileno Tarapacá Late Harvest, sauvignon blanc e gewurztraminer.

O livro Adresses Paris nos encoraja e nos aproxima dessa cidade mito que se chama Paris. Sugestões simples que passa por dicas da viagem aérea, o que levar na mala, durante a viagem e bagagens. Diz, por exemplo, aos menos avisados que "nos restaurantes top, paletó e gravata são necessários mesno no verão. Quando tiver dúvidas ligue para o restaurante ou leve a gravata no bolso... Os restaurantes tem sempre o que emprestar caso você chegue sem os acessórios".
Onde dormir, onde comprar, o que visitar e, principalmente, onde comer. Informações precisas de Angela Gouveia Vieira, uma brasileira que já teve a oportunidade de visitar Paris inumeras vezes e sabiamente decidiu repassar esse conhecimento para os milhares de interessados em saber e visitar essa cidade deslumbrante.
Uma agradável e deliciosa visita à Paris, com guia parisiense, sem sair de Curitiba.
Esta é a proposta do próximo Dinner D'Affaire, que acontece nesta sexta-feira, dia 25 de setembro, nas dependência do Hotel Bourbon.
A visita será facilitada pela utilização da ferramenta de software Street-View.
Promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil, com apoio da Alliança Francesa, o evento contará ainda com o lançamento do livro de Angela Gouveia Vieira, com o titulo Adresses Paris com ilustrações de Dominique Jardy.
O encontro será ambientado na entrada da estação do outono, no hemisfério Norte.
Nada melhor do que apreciar as delicias dos aperitivos, porções de patês e torradas e Quiche Lorraine com salada verde. O prato principal prometido será Bouef Bourguignon guarnecido com batatas salteadas. Haverá ainda uma seleção de queijos. E, o encerramento será com Clafoutis aux pommes.
Promete ser um daqueles memoráveis eventos.

Serviço:
Dinner D'Affaire da Câmara de Comércio França Brasil
Locais para aquisição de ingresso:
CCFB
Rua Conselheiro Laurindo, 490 - 1º andar Cj. 14
Tel./ Fax: (41) 3254-2854

Aliança Francesa
Rua Prudente de Morais, 1101
Tel.: (41) 3223-4457

Performance École de Français
Rua Comendador Araújo, 652 , Lj.6
Tel./Fax: (41) 3016-9092

Dia 25 de setembro às 20:00 hs
Hotel Bourbon – Rua Cândido Lopes, 102 – Centro
(estacionamento com entrada na Rua Clovis Bevilaqua, 401)
Evento limitado a 80 pessoas.
- Veja bem onde você irá me levar dessa vez, heim!
Era Mme M., ainda meio aterrorizada com a ultima incursão a um obscuro estabelecimento onde além de servirem frango à passarinho "bem passado", havia numa mesa ao nosso lado um grupo de jovens falantes e mal educados.
- Prometo que iremos a um lugar civilizado (mesmo que nessa cidade já não haja mais locais civilizados como antigamente).
Mas prometi. Mesmo não sendo senador ou deputado.
-Vamos ao Bar Palácio. Lá servem um filé "grisset", franguinhos corretos, e outras variedades mais, argumentei, tentanto me redimir da ultima e desastrada aventura.
Mme M., concordou com um breve sorriso.
Curitiba está calma demais, pensei.
Pouco trânsito. Poucas pessoas nas ruas...
É a gripe suina que assusta a todos.
Uma pena denominar tão cruel virus, concluí.
Entrei, e para minha surpresa havia um grupo de familiares ocupando a mesa número um.
-Sente-se aqui, disse alegre M E..
-Sim. Vamos conversar e jantar, concordou Mme Mueller.
Ainda surpreso acomodei Mme M., e assentei.
Pedí, como prometido, file "grisset" e frango à passarinho - o original -.
E, Original, a cerveja, já que o ambiente e o tempo eram propicios para tal.
Argumentei com M. E e com M. F, que cerveja vem em pequenas garrafa, o que nos obriga o tempo todo a ficar chamando os garçons.
Lembrei-me da sensata sugestão de um aluno de introduzir entre nós a pena de galés. E fiquei sonhando como seria bom ter um garçon com a perna acorrentada a nossa mesa, só com o cumprimento bastante para chegar às bebidas. Infelizmente a sugestão não será mais adotadas nesses tempos novos.
E assim transcorreu o encontro. De conversas futeis sobre politica, cangaceiros, gripes e futebol.
-Pedi um frango grelhado que demora 50 minutos, disse M E. e já deve estar pronto.
Veio e foi generosamente consumido por todos.
E, realmente estava surprendente. Úmido, crocante e saboroso. Algo como há muito não sentia.
Um prazer incomum, preparado à vista dos comensais.
Mme M. apresentava olhar mais amável depois de consumir o file "grisset" com farofa de ovos.
E eu, com o sentimento de que havia corrigido um erro do passado recente.
Depois de consumir as carnes, veio uma sobremesa marca registrada do restaurante. O "Mineiro de botas", que consiste em uma mistura de goiabada, queijo, ovos, e banana flambado com rum.
O Bar Palácio continua único. Seu cardápio é basicamente o mesmo desde 1930, quando foi criado no antigo endereço, em frente ao Palácio do Governo, na rua Barão do Rio Branco. Faz parte da historia da cidade. Já serviu de ambientação para roteiro de filmes, diversos artigos em jornais, revistas e até livros.
Hoje, democrático, aceita a presença de mulheres desacompanhadas.

Serviço:
Bar(restaurante) Palácio
Rua André de Barros, 500 Centro
Telefone: (41) 3222-3626
Capacidade: 120 pessoas
Público: Variado
Faixa de preço: De R$ 10,00 R$ 20,00 por pessoa
Estacionamento: Conveniado
Funcionamento:
Segunda a quinta das 19h às 01h30, sextas e sábados das 19h às 03h.
Fazia muito frio naquela noite de terça-feira. O atraso do avião na chegada provocou meus instintos de sobrevivência. Estava, digamos assim, com uma necessidade de alimentos fora dos padrões normais.
Me acomodei num simpático hotel localizado próximo do Cabildo, da Catedral e da Casa Rosada.
Já se passava das 22 h.
O atencioso concierge me recomendou o Porto Madero para saciar minha fome. Fui, de taxi, até o restaurante La Bistecca Madero.
À primeira vista, simpático, com iluminação atraente e algumas mesas ocupadas. Na entrada, a atendente me avisou que a casa iria funcionar somente até 01:00h. Portanto, tinha mais de sessenta minutos para aproveitar as melhores ofertas daquele espaço. Me acomodei na mesa 44.
Vieram uns paezinhos, aquecidos e algumas focaccias (que vem a ser uns pães de origem italiana com ervas e sal). Pedi uma taça de vinho "da casa", merlot, e água mineral gaseificada. Mle. E, que me acompanhava, também estava aflita para conhecer as ofertas da casa. E, com fome.
O balcão que acomodava as opções de frios causou um delirio para os meus olhos. Diversos tipos de queijos, fiambres tradicionais, alguns legumes grelhados mergulhados em azeite de oliva, saladas de folhas e vegetais. Festivos e coloridos.
Mais ao fundo uma vistosa grelha acomodava peças de cordeiro, t-bone, bife de chourizo e outras carnes não identicadas pela confusão e colorido das ofertas.
Ao lado, outro espaço especialmente para a confecção de massas.
Consegui fazer uma breve seleção dos alimentos e acomodei em meu prato. Meio exagerado mas plenamente justificado pelo adiantado da hora.
Mlle. E., pediu ainda uma pequena quantidade de massa tipo linguini, com molho branco.
O atento garçon me ofereceu alguns grelhados.
Aceitei prontamente.
Vieram aquecidos, macios e levemente temperados.
Comi com vontade, satisfação e prazer. Porque acima de tudo estava tudo muito bem preparado.
Encerrei o jantar sem antes pedir um sorvete de vanilla. Mlle. E., pediu um pedaço de torta de chocolate. Finalizei com correção, pedindo dois cafés.


O restaurante La Bistecca Madero faz parte de um complexo de lazer às margens do rio da Prata, onde funcionou por muito tempo as docas de Buenos Aires. Desativada e recuperada, hoje abriga alguns dos melhores restaurantes, alguns fast-foods e uma extensa área para footing à margem das águas do Prata.
- Que horas são, perguntou-me Mlle. E..
- 01:00h, disse.
- Há perigo caminharmos a essa hora da noite?
- Em Buenos Aires não...


Serviço:
Restaurante La Bistecca Madero
Av. Alicia M. de Justo, 1890
Tel. 4514-4999/98/97
Buenos Aires - Argentina
Lembro-me da primeira vez que entrei no restaurante Baviera.

Não me pergunte quando, curioso(a) leitor(a), porque o tempo é implacável.

Minhas lembranças provocam grandes recordações.

Do ambiente, das companhias, das toalhas xadrez, das velas derretidas nas garrafas vazias de vinho português Mateus Rosé, dos aromas e das comidas.

Recordações de momentos valiosos que só servem hoje para gravações de depoimentos e ilustração de documentários sobre uma Curitiba do século passado.

- ...
 
Mas não pense, carente leitor(a) que esse tempo não existe mais.
 
Ele existe e está bem vivo, mesmo depois da fobia dos fast-foods e da ganância dos novos restaurantes e da proliferação de novos Chefs (que sugem como os berbigões das areias da praia de Atami) e somem a qualquer movimentação do dólar, do euro e da bolsa de valores.

Fui ao Baviera na noite de sexta-feira, com termômetro marcando 5 graus.

É nesta taverna que se descortina o que há de melhor para se fazer em Curitiba depois da sessão de cinema, da peça de teatro, de reunião de homens, ou de uma sonolenta vernissage.

O maitre recebe a todos os cliente como velhos conhecidos criando uma sensação de familiaridade.
 
Me acomodei na mesa cinco tendo ao meu lado Mme. M.L..
 
Propus um brinde a chegada do inverno com um vinho Santa Helena Reserva, cabernet sauvignon.

Estava apropriado para o ambiente à luz de velas.

A pedida foi uma lasagna "Baviera", ao sugo com uma crosta de queijo provolone e polvilhado com queijo parmezão.

Veio em seguida... acompanhada de pequenas fatias de pão aquecidas ao forno passadas na manteiga.
A quantidade fora suficiente para duas pessoas.
 
Consumimos avidamente aquela refeição, entremeados por diálogos corriqueiros sobre a vida.

Casais se ocupavam de outras mesas.

Um grupo de senhores vestidos de terno e gravatas pretas reunidos numa mesa próxima pareciam confidenciar algum segredo longe das curiosidades profanas.

Mesmo alguns comensais mais exaltados e aqueles grotescos que usualmente falam alto, não alteraram o clima aconchegante do ambiente.

O Baviera continua impassível, conservador e receptivo.

O cardápio honesto pouco mudou e a carta de vinhos, pequena, satisfaz.

Serviço:
Baviera, Cantina e Pizzaria
Rua Augusto Stellfeld, 18.
Fone (41) 3232-1995
De segunda a domingo, 18h30 às 0h.
Capacidade: 120 pessoas
Curitiba - Paraná
O texto abaixo foi escrito pelo critico de comidas Roberto Marinho, que mantinha, quando em vida, o pseudônimo, Apicius. Publicava suas cronicas sobre restaurantes regularmente no Jornal do Brasil. Escrevia como poucos, com uma visão critica e irônica. Ele se divertia e divertia a todos, com elegância e sabedoria. Deixou-nos na década de 90 sem antes publicar uma seleção de textos sob o titulo "Confissões Íntimas", pela José Olympio Editora. Reverencio a figura de Apicius por ser atual e oportuna.

" Me perguntam, às vezes, quão imprudente sou. Se adentro pelos restaurantes, de barriga empinada e dedo em riste dizendo: "Tratem-me bem, senão..." E, ainda, se pago. Comerei tudo aquilo de que falo? Será verdade que...?
Lamento: é. Bem mais interessante eu seria se fosse picaresco e algo matreiro. Mas, que posso fazer? É a preguiça.
Só escrevo o que vi. Como e pago. Nem sou melhor tratado que o comum dos fregueses, pois não me faço anunciar.
Mas todas as regras têm exceções. Em alguns restaurantes sinto que me conhecem. Eu outros, sei que capricham muito além da medida, para me confortar. E em vários lugares, certamente, me acontecem coisas deleitosas mais do que o normal.
Acho, no entanto, que por muito que uma casa tente, nunca consegue ser mais do que é. Por exemplo, leitor desafinado - se te pagassem alguns milhões, cantaria?
Por certo.
Mas cantarias direito?
Muito temo que não. E se dobrassem a oferta, tranformando os reais em euros, dólares, ienes, pérolas, ouro, um alvará para negociatas? Continuarias tão desafinado quanto antes. Só que mais infeliz.
O mesmo acontece com os restaurantes. Por mais que tentem agradar, só conseguem fazê-lo na medida que podem. Não vão além. Assim como não cantas, nem danças Prokofiev, nem sais voando, só porque te ofereceram a lua. É triste. Mas somos restringidos por limites precisos.
Os restaurantes também."

O curitibano tem no seu DNA a informação de que camarão se come no Litoral.
Há muito tempo.
Então seguindo meu instinto convidei Mme M. e Mme L., para comer o crustáceo em Paranaguá.
- O Iate Clube tem um serviço correto, pensei, e depois falei alto para que minhas pacientes e agradáveis acompanhantes pudessem ouvir. E se acalmarem, devido ao adiantado da hora.
Me enganei.
- (...).
Já no interior do estabelecimento, com apenas uma mesa ocupada, o susto:
- Não temos camarão!, disse o introspecto garçon.
E complementou:
- Teremos à noite uma recepção para trezentas pessoas e... agora não temos camarão.
- ???
- Acalmem-se! tentei neutralizar o impasse.
Mme. L., indignada com a ausência de tal desejo, evocou:
-Vamos para outro lugar...
-VAMOS!, bradei.
- Conheço um lugar que sempre serve camarões, e dos grandes, disse, tentando consolar as indefesas senhoras.
Andamos três quarteirões e encontramos o restaurante Danubio Azul.
Fomos ao céu.
Tinha tudo o que queriamos naquela hora da tarde. Ar climatizado, mesas postas, silêncio obsequioso, garçons atentos e... camarões.
Muitos, vistosos, grandes, brilhantes e sorridentes [(naquela hora via camarões sorrindo, interessado(a) leitor(a)].
Até o jovem prefeito da cidade estava lá, para a nossa segurança alimentar.
Nos acolheram com pasteizinhos recheados, uns com creme de palmitos, outros com crustáceos menores, mas delicados e quentinhos. E foram devidamente devorados.
Pedi, após a gentil recepção, lombo de pescada grelhada com legumes.
Mme.L. foi ao encontro das ofertas do buffet, com aquelas até então saltitantes criaturas. E voltou à mesa com ar soberbo de satisfação, tendo às mãos, generosa quantidade dos desejosos animais.
E, foram sumindo, um a um, cadenciados, de forma elegante.
A pescada veio em seguida. Crostada, acompanhada por pequenas alcaparras e cercada por delicados legumes cozidos no vapor.
E, foi consumida avidamente.
Levantei um brinde à CUT, à CGT à Força Sindical e todas as outras representações dos trabalhadores, porque, encontrar pescados tão delicados naquela hora da tarde, em Paranaguá, no dia em homenagem a todos os trabalhadores do nosso país, foi a glória!!!
E, por fim, um brinde ao incansável restaurante Danubio Azul, que há 55 anos atende os comensais com elegância e generosidade!!!
- Com esse discurso já posso me candidatar a um cargo eletivo, perguntei?

- Você está ficando louco, resmungou Mme M...


Serviço:

Restaurante Danibio Azul
Rua 15 de novembro, 95
Fones (41) 3423-3255
Paranaguá - Paraná

A Câmara de Comércio França Brasil, Seção PR e SC, com a cooperação da Aliança Francesa e a Agência Consular de Curitiba, promoveu nesta terça-feira, 7, o segundo Dîner D'Affaires desse ano para seus associados e convidados, tendo como principal protagonista o Champagne, sua origem, sua história e sua posição no contexto social e economico e, degustação. O evento foi realizado no novo salão do Clube Duque de Caxias e reuniu 72 convidados.
Coube ao presidente da Câmara de Comércio França Brasil, M. Alain Tissier, dar as boas vindas e apresentar a programação da Câmara de Comércio França Brasil, em comemoração ao Ano da França no Brasil, com destaque para as atividades cultural, econômica e social. E informou que a abertura oficial da programação acontece no próximo dia 21 de abril, na Aliança Francesa, em Curitiba.

Durante a alocução garçons se movimentavam entre as mesas servindo aos convidados champagne Deutz Brut Clássic, produzido na região de Aÿ, acompanhado por canapés de creme fraîche e ovas de salmão. E, Kyr Royal, que consiste em um coktail de champagne.

Em seguida M. Alain Tissier convidou o sommelier André Porto para fazer uma breve apresentação sobre os vinhos espumantes da região de Champagne, seus métodos de fabricação e a legislação que regula a elaboração desse vinho. Concluída a apresentação e aplausos de aprovação teve início o jantar preparado pelas chefs Andréa Cilene Dureck e Roberta Costa Ribas, com a seguinte ordem:

Terrine de lapin et foie sur salade verte, com os inseparáveis pãezinhos franceses.
Ouviu-se, a partir daí um silêncio incômodo, sinal de que os convivas estavam bastante atentos a todos os momentos do encontro. Principalmente a parte que trata do estômago e adjacências.
Do silêncio para a felicidade!!!
A delicadeza e a combinação exata do coelho com as folhas verdes com toques de bálsamo e gergelin supreenderam a todos.
Atenciosos auxiliares serviam champagne com muita precisão.
Passada a surpresa inicial, outra mais:

Ballotine de volaille farcie aux champignons et au vin blanc avec ses légumes.
Tenro, crocante, combinação surpreendente da maciez da carne branca com os delicados champignons envoltos em molho de adequada textura.
Seguiu-se a oferta de champagne Angel Dust Extra-Dry e um Château Blasson Timberlay, sauvignon blanc.
Comentário especial: o champagne Angel Dust Extra-Dry, Part des Anges, é um blanc de blancs (100% Chardonnay) elaborado com uvas de uma das mais badaladas subrregiões de Champagne, a Avize, no coração da Côte des Blancs.
-Merece aplausos não acha? Disse à Mme. M., ao meu lado esquerdo.
-Sim, está perfeito, respondeu, com ar de satisfação.
À minha direita a Sra. Celeste Fernandes concordou com minhas observações. Entre uma garfada e outra, falava sobre um interessante projeto de movimentação artística popular denominado karaokê coral, aos moldes desenvolvidos em Paris.
De sobremesa vieram:
Petit panier croquant de pomme à la vanille et son coulis de fruit rouges.
Ainda houve tempo para a apresentação do programa institucional do Ano da França no Brasil, por Mme. Laure Gyselinck, diretora da Aliança Francesa, a ser desenvolvido este ano.
Mas os convidados estavam assim... inebriados pelo conjunto da obra apresentada naquela noite.
Foi mais um momento de perfeita integração da cultura francesa em terras brasileiras.
Allez!!!

Serviço:
Para saber da programação do Ano da França no Brasil, acesse,
http://www.anodafranca.com.br/
Republicado, por oportuno.

Na segunda-feira fria de inverno fui ao Restaurante Durski, nas ruínas de São Francisco por uma causa muito nobre.Jantar de solidariedade ao custo de R$ 200,00, com arrecadação para os mais carentes.
Na verdade um Winne Dinner com todos os componentes necessários para tal.
Um banquete tradicional copiado da França, com expectativa de sete brindes.
Coordenado pelo chef Júnior Durski - ele mesmo comandando a cozinha.
E foi assim.
Exultante, aplaudido, elogiado, brindado por todos os 38 convidados. Memorável pela delicadeza, suavidade dos acompanhamentos e pelos vinhos (esses, um comentário à parte pela felicidade das indicações do sommelier Ronaldo Bohnestengel).
Teve inicio com lâminas de Salmão defumado, sob salada russa e creme de beterrabas, brindado com o espanhol Cava Dom Roman Brut.
Aplausos.
Intervalo.
Em seguida, um Robalo flecha, com trufas negras sobre calda suave de legumes, acompanhado de um francês Château Reynon Denis Dubourdieu 2006.
Aplausos.
Intervalo.
Raspberry sorbet Häagen Dazs. Suspiros entreouvidos.
Intervalo.
Carpaccio quente com cogumelos finos, trufas negras e parmeggino reggiano, ao suave perfume de limão de tapera, acompanhado pelo argentino Dona Paula Pinot Noir, safra 2005.
Mais aplausos.
Intervalo também para fumantes.
Massa fresca, com polpeta recheada com muzzarela cremosa, lentamente cozida em molho de tomates frescos e sálvia servida com o chileno Marques da Casa Concha Cabernet safra 2004.
Intervalo
.Lombo suíno, cozido lentamente em molho de ervas e nata fresca, servido com o vinho tinto português Marquês de Borba Alentejo, safra 2005.
Alegria geral e aplausos.
Encerrando com um delicioso cheesecake com caldas de frutas vermelhas, acompanhado pelo excelente Château Ramon Monbazillac, 2004, produzido na França.
Muita alegria estampada nos rostos dos convivas depois da aclamação!!!
Caro?
Sim para os nossos padrões.Mas, justo e perfeito para uma causa nobre.

Serviço:
Restaurante Durski
Rua Jaime Reis, 254 - São Francisco - Largo da Ordem -
Curitiba - PR -
Fone: 41 3225 - 7893

Postado por Edson Luiz Vieira às 2/10/2008 05:03:00 PM
Veja o que é uma surpresa, caríssimo leitor:
Estava eu caminhando com Mme.M.L., cabisbaixa, tristonha, e pensativa, após uma simples consulta médica.
Em jejum matinal.
Olhar de poucas palavras.
Não pelo fato em sí.
Mas por estar com fome.
Passei por uma confeitaria de origem árabe.
Simples, sem qualquer atrativo.
Parei.
Disse:
- Vamos entrar?
Ela concordou com um balançar de cabeça.
Num balcão lateral, diversas travessas apoiavam, doces. Simpáticos, brilhantes, alegres (se é que doces expressam esse sentimento?!). Mais ao fundo serviçais se agitavam entre fornos e mesas, separadas por divisória de vidro. Com aventais. Assépticos.
Gagejando perguntei a uma atendente:
- Tem algum salgado?
- As sfihas sairam do forno, respondeu.
Olhei para minha amável companheira.
Ela sorriu de contentamento pela boa noticia.
Pedi algumas.
Vieram.
Quentinhas, crocantes nas bordas. Abertas com recheio de carne e bem temperadas.
Uma felicidade para o corpo.
Depois de devorá-las, me atirei naquela atração inicial exposta no balcão.
Primeiro, uns mini faysallyah, que vem a ser uns rolinhos de massa de macarrão com recheio de castanha de caju moida coberta com calda doce. Depois, uns ninhos de figo e nozes. Em seguida, basma de pistache, que é uma massa de macarrão moido, assado e recheado com pistache e coberto com calda doce. E, por fim, maamol (foto), que consiste em uma massa de semolina recheada com doce de nozes.
Havia outras atrações naquela balcão.
Tão gostosas quanto as consumidas em ritmo de pós jejum.
Não satisfeito adquiri outros mais para serem comidos, digamos ... posteriormente em casa, sem culpa nenhuma.
Uma gostosa surpresa!!!


Serviço:
Al Bába - Confeitaria árabe
rua Emiliano Pernetta, 865, Batel
Fone (41) 3018-1077




Sou paranista mas sempre vou aos jogos do Atlético e do Coxa.
Gosto de um bom espetáculo.
Assim sendo aceitei amável convite de Mme.T., para uma disputa inusitada, nesta sexta-feira,13. Ultima do horrivel horário de verão.
O embate era para definir quem produz o melhor vinho francês:
Bourdeaux ou Bourgogne.
O feliz evento foi promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil, pela Agência Consular da França e Aliança Francesa de Curitiba.
Denominado Dîner d'Affaires - Bordeaux X Bourgogne, os quase 50 convidados se reuniram no agradável Babette Café, com direito a degustação de vinhos branco e tintos, acompanhamentos e sobremesas.

O clima era de uma disputa esportiva.
Não como a de rugbi.
Mais para criquet.
O encontro teve inicio com uma breve apresentação e caracteristicas da região de Bordeaux, por M. Alain Tissier, e em seguida uma explanação sobre a região de Bourgogne, por M. Marc Barral.
Dos vinhos brancos servidos o destaque ficou por conta do notável Blason Timberlay, sauvignon blanc, safra 2005, de Bordeaux. Da região da Bourgogne veio o Masson Dubois, chablis, safra 2004.
O primeiro confronto foi de total equilibrio.
Para acompanhar os astros principais foram servidos:

1. aspargos com presunto parma;

2. mousse de foie gras no pão pumkernikel (com redução de acetato balsâmico) ; e,

3. alho porró gratinado com queijos ementhal e roquefort.

Ao término do primeiro tempo, muito diálogo, discussão acirrada e uma harmonia incomum.

O placar estava indefinido ainda.

O segundo tempo começou com o grande destaque da Bourgogne chamado Masson Dubois, Pinot Noir, safra 2006. Este vinho apresenta aromas de frutas vermelhas, com toques de carvalho. É um vinho jovem e agradável. Por Bordeaux, foi apresentado o "craque" Domaine de Cheval Blanc, tinto, safra, 2004.

Novamente, perfeito equilibrio de forças.
Para acompanhar, cogumelos recheados com salsão e panceta.
Ouvi muitos humms, de satisfação. E não era para menos. Estavam tenros, delicados e saborosos.
Em seguida um exótico pudim de queijo com compota de frutas secas e especiarias.
Suave e ao mesmo tempo com toques de acidez, que agrada a todos os do hemisferio norte.
A calda de frutas vermelhas acentua e equilibra a combinação.
E por fim um mini risoto de cordeiro com manteiga e ervas. Servido em uma terrine, a quantidade foi suficiente para concluir que a combinação também estava perfeita.

No coração da França - a região de Bourgogne - a palavra corrente é viticultura. O vinho é o principal personagem e tudo o que dele deriva faz parte da tradição bourguignonne. Bons vinhos exigem bons acompanhamentos. Assim surgiu a famosa mostarda de Dijon, que é a capital da região. O escargot - pequeno caramujo - é outra iguaria muito apreciada na região. A raça de gado charolês vem de lá.
Por sua vez a região de Bordeaux tem uma produção de mais de 700 milhões de garrafas de vinho por ano. Os vinhos tinto e os brancos doces (sauternes) fazem crescer o conceito dessa conhecida região. A fama dos produtores de Bordeaux é atribuido a base geológica do solo que é o calcáreo. Os cursos dos rios Garonne e Dordogne, que irrigam a terra e o clima litorâneo, com alta umidade atmoférica concorrem para a criação de um ambiente perfeito para o plantio e cultivo das uvas.

Recolhidas as fichas de avaliação foi anunciado pelo presidente da Câmara de Comércio França-Brasil o seguinte resultado:

Bordeaux: Brancos 23 votos; Tintos 29 votos;

Bourgogne: Brancos 15 votos. Tintos 9 votos.

Aplauso geral.
O resultado foi comentado durante a sobremesa que tinha as seguintes ofertas:

a. cigarretes crocantes de xerém de castanha de caju no chocolate;

b. mini clafoutis de frutas vermelhas;

c. queijo brie com geléia de pimenta.

Noite agradável, disputa acirrada sem vencedor declarado. Apenas a manifestação parcial de preferência de um grupo descompromissado e curioso por (re) conhecer tão nobres propósitos dos irmãos franceses.
Serviço:
Babette Café - Aliança Francesa
Alameda Prudente de Moraes, 1101
Fone 3205-0955
Atende das 08:0h até as 23:00h (Sab. até as 16:00h. Fecha domingo)
Por conta da politica econômica e por causa do planejamento ordenado, Curitiba vem experimentando novos empreendimentos em sua limitada área urbana. São condomínios residenciais, condomínios comerciais, associação de investidores, novas industrias.
Curioso para conhecer essa nova cara da cidade, fui numa dessas associações, no interior do ParkShopping Barigui, mais precisamente no 5° piso de estacionamento.
No espaço estão reunidos diversos restaurantes, distantes dos conhecidos fast-foods.
Entrei num deles - Restaurante Mediterraneo - que serve à lá carte, mas também disponibiliza o servido de buffet aos sábados e domingos( R$ 38,90 por pessoa).
Espaço ambientado para receber confortavelmente mais de 50 pessoas.
Iluminação adequada. Cadeiras anatomicas e talheres e pratos de acordo com o público a que se propõe.
Duas mesas de buffet - uma com antipasto e outra com saladas e pratos quentes - ficam à disposição dos frequentadores.
Um balcão separado por uma parede de vidros oferta três tipos de massas com diversos molhos.
As massas são cozidas na frente dos comensais.
Há ainda a opção de carnes grelhadas, mas não se inclui no preço do buffet.
Da mesma forma que as bebidas, sobremesas e outros complementos como o café.
Enfim.
Como o horário do almoço já estava quase se aproximando do do jantar, ar circunspecto e pouco diálogo marcaram o inicio dessa empreitada.
Compreensivelmente, Mme. I., não deu ouvidos e atenção àquela situação transitória.
Pôs-se a observar o ambiente e as pessoas e em seguida aos pratos de antipasto e das saladas.
Acompanhei com atenção.
Me servi das alegorias ali expostas.
Há o que se pode chamar de "tudo de bom".
Sem, evidentemente, a preocupação com o peso dos produtos.
- Como estão as suas escolhas, perguntei.
- Ótimas, sem a necessidade de acrescentar outros ingredientes, disse Mme.I., com ar de alegria.
Passada a fase inicial, investi nas massas.
Solicitei ravioli de cebola com molho parmesão.
Veio adequado e um pouco adocicado pelo recheio, mas saboroso, ao final.
Mme.I., se serviu de uma lasagna de frutos do mar, descrita como correta na massa e nos complementos.
Me aventurei ainda numas costeletas de javali que estavam macias, saborosas.
E, Mme. I. retornou aos pratos quentes para experimentar o escondidinho de carne seca.
-Acho que me excedi na complementação, disse ela.
- !
Pedi, em seguida um café expresso que veio acompanhado de um chcolate schimelpfeng com geleia de frutas vermelhas. Uma combinação perfeita.
Veio a conta.
- ?.
Para minha surpresa o preço estava abaixo do combinado na entrada.
Paguei e esperei a reação.
O garçon retornou com a conta correta de três digitos.
Mme. I. me interrogou:
- Voce vai reclamar?
Respondi em tom de brincadeira, com semblante britânico:
- Well?
- What can I do?

Serviço:
Restaurante Mediterraneo
ParkShopping Barigui
5º Piso
Nesta primeira sexta-feira do ano, os curitibanos se concentraram em dois pontos da cidade. Nas imediações da igreja das Mercês, para pedir as bençãos dos padres capuchinhos e na praça de alimentação dos shoppings.
Fui num desses com a certeza de que o local estaria assim, digamos, tranquilo, com pouco movimento.

Puro engano.

-É só ameaçar chuva que todas as pessoas correm para os shoppings, disse Mme.M..

-E, nesta praça de alimentação, onde iremos encontrar algo que não seja plastificado, indaguei, pouco empolgado com a idéia.

- Pizza, não! hamburguer, não! Sushis, hoje, não!

- Ah, já sei, disse Mme. M., com ar de satisfação.

- Que tal uma boa massa, gratinada, com queijo parmesão?

-Ótima ideia, mas... onde encontrar tal fantasia, aqui?

Arriscamos no Spedini Trattoria Expressa.
Fila pequena, mas ordeira e silenciosa.
Visualizei o cardapio e decidi rapidamente por um penne a spedini, que é composto por um filleto à milanesa picado, molho ao sugo, coberto por uma camada de massa penne e molho quatro queijos, gratinado (R$ 16.90).

O mesmo pedido foi feito para Mme. M..

Aguardei, e em seguida, pela senha 36, foi anunciado atraves de um visor acima do balcão, que o meu pedido estava pronto.

Bem apresentado em uma terrine aquecida.

Após as primeiras garfadas pude sentir a delicadeza da massa bem combinada com os molhos e alguns nacos de file à milanesa.

-Era isso que estavas esperando? perguntei.

-Sim, afirmou a Mme..

-Uma combinação adequada, conclui.
E assim continuamos nas divagações e observações sobre o movimento do dia naquela praça de alimentação.
Muita gente, mas sem qualquer tumulto.

Serviço:
Spedini Trattoria Expressa
Praça de Alimentação
Shopping Mueller
Av. Cândido de Abreu, 127
Fone: (41) 3019-3073
É certo que vivemos em outros tempos.
Mas ainda assim nos foi impregnada a idéia de que a foiçe e o martelo eram simbolos de algo mau, controvertido, fora da lei, etc.. Sem ao menos nos dar a chance de questionar tal ideal.
Pois bem.
Como os tempos são outros e a distenção foi pra valer, fui conhecer o Soviet Vodka Bar, nesta sexta-feira de final de ano.
Liguei, reservei uma mesa para quatro pessoas.
Entrei na internet e conheci parcialmente a casa.

Cheguei no horário combinado e usei o serviço de estacionamento ao lado (R$ 10,00, com pagamento antecipado) .

Fui recebido gentilmente pela hostess que me encaminhou a uma mesa reservada no salão principal. Me acomodei, tendo ao meu lado Mme. M..

Espaço arejado, musica ambiente e poucas mesas ocupadas, nos deram a sensação inicial extremamente agradável.

Pedí batatas moscovitas, servidas com casca e molho de linguiça, enquanto aguardavamos a chegada de Mme. L. e M. A..

E, para acompanhar um French Martini, que consiste em um coktail com vodka Smirnoff 21, suco de abacaxi e licor de frutas vermelhas, para Mme.M., e uma vodka russa Stolichinaya.
Vieram os pedidos servidos com atenção e cortesia.

Comentei com Mme.M. que muitos bares e restaurantes de Curitiba seguem a linha da profissionalização com funcionários se esmerando na arte de bem servir.

Evidentemente que isto tem um custo.

Mas é exigência de mercado.

Da mesma forma que os novos investimentos em infra-estrutura, tornando os espaços adequados aos diversos públicos.

Na verdade, uma distenção economica e social.

Com a chegada de Mme.L. e M. A., pedi Roleta Russa, que é um mix para degustação de todas as entradas ofertadas. Canudos soviet, norvigen (iscas de peixe servidas com molho tártaro) salmão laminado na cura de ervas e sal grosso marinados no azeite de oliva, alho e limão, croquetes pravda, roastbeef oblomov, mignon do boris, cubos de entrecôte com molho de queijo e mostarda dijon e blinis que são as mini panquecas russas.

À medida em que nos serviamos, pude perceber que as nossas conversas passaram de um tom ameno e agradável para voz alta.

Pensei:
-Será que já bebi demais?
Conclui de imediato.
- Não. A música ambiente está muito alta e desconexa.
Alívio momentâneo.
M.A. me explicou que a música exerce uma função estimulante quando executada acima do nível normal de audição. Estimula a que se consuma em grande quantidade comidas e bebidas.
Me senti, portanto, em meio a uma aplicação racional de técnicas de consumo.
Verdadeira tortura soviética.
Como estava alegre, relevei tal experiência, até porque, as comidas, as bebidas e o ambiente estavam satisfatórios.

- Vamos encerrar nossas despesas e nos retirarmos? perguntei.
- O QUÊ??? respondeu Mme.M..
-VAMOS EMBORA? disse.
- AH!!! SIM, SIM, respondeu ela.
Serviço:
Soviet Vodka Bar
Avenida Bispo Dom José, 2277
Fone (41) 3022-2042

Neste sábado ensolarado, mas com muitas nuvens no céu, acatei amável convite de Mme R., Mlle V., e M N., para conhecer as diversas comidas do restaurante Casal Garcia, Massas, Carnes & Cia..
Era para ser um sábado de encontro familiar, com horário marcado para iniciar a deglutição e sem hora para encerrar.
Não foi o que aconteceu.
O maldito trânsito de veículos me impediu de estar no horário programado.
E, por causa do "buffet por quilo" tão atraente quanto ilusório, as pessoas que haviam me formulado o convite simplesmente se alimentaram e se retiraram.
Me confortei com a companhia de Mme M. e de M L,.
E, compreensivelmente, me consolei com as ausências de tão importantes e familiares companhias.
Bem sei que quando se depara com um "buffet" atraente aliado aos apelos insistentes do estômago, não há "cristo" que suporte tal protesto.
Ah!
Buffets bem arranjados são coloridos e mágicos como as peças do Circle du Soleil.
Encantam os olhos e a imaginação.
Remetem a um saudosismo e magia.
Mas quando acaba, fica apenas a lembrança do que era...
Psicodélico e alegórico (como uma escola de samba).
Com tempo cronometrado para iniciar e terminar.
Como tenho aperfeiçoado algum senso de detalhes, fui à mesa de ofertas e me servi de folhas verdes, uma pequena quantidade de paella valenciana e frango grelhado.
Escapei das 18 ofertas de pratos quentes e 15 de saladas.
- Acreditem!
E, desviei da travessa de feijoada.
Sim, carissimo(a) leitor(a).
Uma atraente e atribulada feijoada, para meu espanto.
E, incrivel!!!
Em algumas travessas ainda havia oferta de "sushis".
?
Mme M., se limitou à saladas e fatias de carnes grelhadas.
M L., um pouco mais empolgado, se serviu de empadas e outros complementos.
E, asim, prosseguimos naquele tão breve quanto rápido convívio.

Perguntei para Mme M.:
- Essa crise está mudando o hábito das pessoas?
Ela me respondeu:
- Penso que são os novos tempos.
?!
- É, parece que sim.
SERVIÇO:
Restaurante Casal Garcia, Massas, Carnes e Cia.
Avenida Anita Garibaldi, 606/614, Cabral.
Fone 41-3254-4433
http://www.casalgarcia.com.br/











O Sol.
Ah!
O astro rei tem andado timido por essas altitudes e latitudes.
Tanto é assim que me lembro do ultimo dia de céu azul aqui na ex-terra dos pinheirais.
Foi num sábado. Em outubro.
Os restaurantes com mesas nas calçadas estavam lotados.
- !!!
Eu não me importo.
Até porque não gosto de mesas ao ar livre.
E também porque muito sol provoca doenças de pele, segundo os fabricantes de bloqueadores solares.
Prefiro o equlibrio.
Pensando assim fui ao encontro do sol.
Onde?
No litoral. Mais precisamente em Guaratuba.
Temperatura amena. Brisa do mar. Sossego em plena quarta-feira, e... muito sol.
Finalmente lá estava ele. Radiante. Iluminando e aquecendo.
Estética da natureza.
Mas, somos frágeis e sucumbi diante dos reclamos do estômago.
- Onde encontrar um bom restaurante, fora da "temporada"?
- Será que existe algum lugar civilizado neste dia da semana, me questionei.
Meu instito me conduziu ao Iate Clube. E, por sorte encontramos aberto o Restaurante Dom Pedrotti.
M. J., que me acompanhava, concordou em conhecer naquele local, num breve balançar de cabeça.
Me acomodei na mesa dois, de frente para o mar.
Alguns barcos ancorados onde o sol refletia seus raios sobre água cristalina.
O atencioso atendente nos ofertou o cardápio recomendando peixes.
Pedi um congrio rosa grelhado com camarões e legumes.
M.J. pediu uma salada de palmitos. E, suco de laranja e de limão.
Antes, me foi servido fatias de pão tostadas passadas na manteiga com molho tártaro.
- Estas torradas estão deliciosas, exclamou M.J.
Concordei, ainda apreensivo pelo que viria a seguir.
Vieram os palmitos, em porção bem generosa.
Em seguida o peixe e seus complementos.
(...)
???
Olhar de contemplação.
Me lembrei, em fração de segundos, de um pacto feito na infância naquele mesmo local.
-Quando crescer irei comprar um barco e viajar pelo mundo...
Ainda não adquiri um barco suficiente grande para dar uma volta ao redor da Terra.
Mas já viajei muito.
E, poucas vezes saboreei um peixe tão correto quanto ao que me foi oferecido naquele momento.
Estava tenro. Fresco. Levemente temperado e crocante.
E seus complementos corretos.
O preço?
A crise ainda não deu as caras por lá.
Depois das comidas e da boa conversa voltei a me expor ao sol.
Mais feliz.

Serviço:
Restaurante Dom Pedrotti (anexo ao Iate Clube de Guaratuba).
Fone (41) 3442-1490
Atende de terça a domingo.
http://www.restaurantedompedrotti.com.br/

Chegamos num estágio de nossa existência que não mais temos acesso aos legumes, frutas, verduras e carnes diversas de origem natural. Quase tudo que consumimos tem a supervisão do Homem.
Os peixes, por exemplo: o desejado salmão vem das águas frias da costa chilena do pacífico sob os cuidados e orientações dos eximios psicultores noruegueses.
Pela região Oeste do nosso Estado os nórdicos estão produzindo filetes de tilápia em escala industrial.
Os peixes são assépticos, é verdade.
Mas também, recebem ração balançeada.
- (??!!!)
Os camarões aqui consumidos vem de Santa Catarina.
As bananas do Vale do Ribeira (SP) tem selo de qualidade.
Carnes bovinas tem aquele carimbo azul de metileno do Serviço de Inspeção Federal.
Não sei o que é pior para a nossa fragil saúde. A carne ou a tintura impressa.
- .
Colhi, dia desses alguns limões que brotaram livremente nos confins de uma trilha na Serra do Mar.
Bebí água cristalina escondida entre morros.
Visão exuberante da mata atlântica, mas impiedosamente devastada pelo Homem, por pelo menos, nestes últimos cinquenta anos.
A convite de M. J., fui conhecer o Restaurante Empório do Largo, na pequenina cidade de Morretes, que abriga grande parte da Serra do Mar em seu território.
Na casa onde funciona o restaurante viveu um dos fundadores, chamado João de Almeida, no século XVIII.
Defronte à praça.
Nos fundos corre o rio Nhundiaquara.
Tem uma frondosa seringueira e duas palmeiras Jiçara (certamente esquecidas pelos palmiteiros da região). E, pássaros. Muitos pássaros. Contei alguns sabiás, corroiras, bicos-de-lacre, andorinhas, biguás, canários-da-terra, beija-flor.
Após o breve reconhecimento do local, me acomodei na mesa 26, no patio, debaixo da seringueira.
Com o cardápio à mão decidi por um Duetto de camarões com risoto de palmito.
M. J., pediu um barreado - que é o prato típico da região do Litoral.
Como o dia estava quente pedí cerveja long neck.
Veio, em seguida quase à temperatura ambiente.
- Tivemos um probleminha no freezer e as garrafas não estão geladas, justificou o preocupado atendente.
- Farei o possível para gelar outras, disse o "pobre" rapaz.
-Não sei como, pensei, mas vou insistir.
Vieram os pedidos.
Bem apresentados, combinando com a beleza do local.
Avançei no camarão crocante. Macio, delicado e saboroso. No fundo da terrine havia um creme de gengibre com gotas de limão. Combinação adequada.
Em seguida espetei um naco de pescada empanada, que estava "quase" ao ponto.
M. J., se serviu de risoto de palmito.
Na primeira garfada, recuou.
- Como está esse risoto, perguntei?
- Vou pedir ao garçon para aquecer um pouco mais, disse ele, com um ar de contrariedade.
- Chefe de cozinha inexperiente, pensei...

Você sabia que Morretes possui um Iate Club? E, que este rio deságua na baia de Antonina, perguntei.
- Sim, respondeu ele. Alberto Franco Ferreira da Costa recebeu o título de sócio benemérito, na década de 60.
- É. Parece que nada mudou por aqui, desde aquela época...
Somente os alimentos, por interferência do homem.
Deu-me a nítida impressão de que o tempo kairós se fez mais intensamente naquele ambiente.
Mesmo pequena, Morretes tem história de desbravadores, combatentes e políticos. Uma das cidades mais antigas do Estado. Tem economia de subsistência mas falta a presença do Estado em seu extenso território.
Depois do almoço caminhei pelas estreitas ruas com pouco movimento.
- M. J., como estava seu barreado, perguntei.
- Estava assim, meio.....


Serviço:
Restaurante Empório do Largo
Largo Dr. José Pereira, 152
Fone ( 41) 3462-1190
Morretes - Paraná
Penso, caríssimo(a) leitor(a), que o Código de Posturas da cidade deveria proibir churrascarias próximas de colégios.
Ou impedir o funcionamento de colégios próximos de churrascarias.
Não combinam...
São opostos.
- (...)
- Porque digo isso?
Por que alunos em idade púbere consomem muito. Tem os sentidos do corpo dinâmicos e incontroláveis.
E também porque churrascarias fazem muita fumaça.
Imaginem vocês o drama dos petizes sentindo os aromas de uma costela assada, ou o de uma picanha ao ponto, ou um carré de carneiro na grelha perto das 12 horas, ou ainda ao cair da tarde?
Verdadeira tortura para as indefesas crianças.
Angustia para os pais.
Todos os dias, então...
Fui a um desses pontos de "conflito", a convite de Mme.M., e M.L..
Denominado Giro Máximo Grill, o atraente estabelecimento tem, para agravar tal conflito, uma vistosa vitrine com... costelas giratórias (foto).
Não há estudante que resista a qualquer hora do dia ou da noite.
Entrei e me ocupei da mesa 2, espaço para Não fumantes.
O atencioso garçon, objetivamente nos ofertou as bebidas.
- Mais tarde, argumentei.
Vieram, em seguida, as saladas.
Maionese, folhas coloridas, legumes conservados em salmoura, bananinhas à milanesa, e outros complementos mais.
Depois, as carnes.
Aquelas... que provocam desespero na vizinhança.
De boa qualidade, bem preparadas, macias, com adequados temperos.
Em especial o carré de carneiro.
Aproveitei como se estivesse cursando o segundo grau.
Pedí então uma jarra de limonada (R$ 7.00).
Uma água mineral com gás, pequena ( R$ 2.20).
Um refrigerante pequeno ( R$ 3.00).
Parei por aí por motivos óbvios.
Sorte a minha que as carnes não estavam salgadas.
Pela janela lateral observei as mães aflitas em busca de seus filhos.
Jovens se empurrando, correndo e muitos com olhares rapidos em busca da origem daqueles aromas...
- ?
- Vou defender a tese desse conflito com a administração municipal. Pensei.
E concluí:
-Dessa maneira evitaria crises e confusões que não nos dizem respeito mas que afetam a coletividade e o trânsito.
Distanciá-los (as churrascarias) para aproximá-los (os estudantes) ainda mais.
Estamos distantes ainda de resoluções subjetivas.
Enquanto isso os conflitos continuam.

Serviço:
Giro Máximo Grill
Rua Gonçalves Dias, 313, Batel.
Fone: 41- 3343-1011
De segunda a sábado, das 11:30h às 24h
Domingo, das 11:30h às 16:30h