Cheguei no final da tarde ao centro financeiro da
Alemanha.
Frankfurt am Main, ou simplesmente Frankfurt estava
gelada.
Quase sete graus negativos, mas havia sol.
Depois de suprir as curiosidades várias fui atender
aos reclamos de meu estômago.
Antes, porém,
curioso (a) leitor (a),vou-lhes dar algumas e breves informações sobre essa
cidade.
Frankfurt é considerada uma cidade global.
Alfa.
Possui mais de 240 instituições bancarias e outras dezenas de agências de
publicidade, além de toda a gama de segmentos para suportar esse volume de
negócios, tais como, bolsa de valores, infraestrutura avançada de comunicações,
um transporte público eficiente e um dos maiores aeroportos do mundo em
movimentação. Além do excelente índice de qualidade de vida, universidades e
número de bilionários. Há um dinamismo exagerado, mas silencioso. A cidade foi
reconstruída depois de 1945. O centro histórico medieval, na época, o maior da
Alemanha, foi quase totalmente destruído. E, reconstruído (uma parte).
Hoje, não há vestígios de guerras.
Somente temores
contra atos terroristas.
Existe sim uma cidade moderna e dinâmica.
Alegre e
jovem. Muitas pessoas transitando nas duas margens do rio Meno.
O centro
geográfico se localiza no distrito da cidade de Bockenhein, próximo da estação
central (hauptbahnhof).
Já se passava das 19 horas, e, com alguma indicação
cheguei a Taverna 12 Apóstolos, ou ( Zu den Zwölf Apostel).
Estava intacta.
Instalada num prédio de 140 anos, este restaurante
atrai pelas comidas e pela cerveja artesanal ali produzida.
Adentrei pela estreita porta me deparei com o
encanto do lugar.
Iluminação turva deixava transparecer as mesas em madeira
rústica combinando com o assoalho. Todas ocupadas naquele horário.
O gentil
atendente me recomendou o subsolo.
Desci por uma estreita escada.
Outras surpresas.
Alguns fardos
de feno encostados nas paredes, bem como rodas e barris de madeira expostos
entre as mesas. E, um velho balcão sinalizava toda a ambientação. O odor era característico
das velhas estrebarias. Limpas.
Me acomodei
numa mesa ao lado de uma janela interna onde pude observar os tonéis e
equipamentos de produção da cerveja.
O cansaço da viagem desde o Brasil não foi suficiente
para alterar o ânimo e alegria em estar naquele ambiente. Bem como o de Mme. M.
L., que demonstrava sorriso de felicidade. Afinal, estávamos em Frankfurt.
Uma jovem alemã nos atendeu com um largo sorriso.
Pedi dois chopp –que eles entendem por van fass - um pilsen e um weiss, e o prato mais
tradicional que consiste num joelho de porco defumado e crocante, deitado sobre
uma cama de chucrute e batatas levemente
grelhadas. E, bratwurst original.
Consumi aquela iguaria como se houvera retrocedido
no tempo.
Mme. M. L.
descreveu o pedido como correto, macio e
temperos adequados.
Ocupantes das mesas
ao lado conversavam alegremente em um dialeto indecifrável.
E, eu continuei
dialogando com aquele joelho com delicadeza, porque a carne estava macia e levemente defumada. Consumi numa
parceria perfeita até os últimos nacos daquela iguaria. Em seguida, mais alguns “fass”, entremeados pelas conversas
agradáveis da viagem e pelas primeiras impressões sobre a cidade gelada e
moderna.
Solicitei à gentil garçonete que trouxesse o cardápio
de sobremesas.
Numa rápida leitura - sem compreender quase nada – identifiquei: “apfelstrudel”.
Alegremente requisitei duas porções.
Vieram.
Acompanhados com um suave molho de baunilha, semelhante ao creme brûllee
líquido.
Foram devorados.
O strudel como é mais conhecido e originário da Áustria,
é recheado e cozido no forno. A tradição sugere que seja servido ainda quente,
com açúcar a gosto, apesar do gelado de baunilha e do chantili. Outra forma agradável de o comer consiste em
regá-lo com molho de baunilha, conhecido por Kanarienvogelmilch, na Áustria.
Estava corretíssimo.
Por fim, nos
foi servido uma dose de Jägermeister, original, suficiente para suportar a baixa temperatura
naquela hora da noite.
SERVIÇO
Taverna 12 Apóstolos (Zu den Zwölf Apostel)
Rosenbergerstrasse 1
60313 Frankfurt am Main
Telefone +4969-28 86 68
Alemanha