Um país extremamente simpático e se reinventando a cada período, com uma exemplar organização social, econômica e política. Assim é o Uruguai, que possui quase mil quilômetros de fronteira com o Brasil onde faz divisa com o estado do Rio Grande do Sul. Se caracteriza por uma enorme diversidade de paisagens, clima equilibrado e um dos melhores produtores de alimentos de alta qualidade da América.
Uruguai produziu 13,5 TWh – TWh é uma unidade de
medida da energia equivalente a 1000 GWh, ou seja, um bilhão de kWh. Sendo 40% de
energia eólica, 30% de hidrelétrica, 20% de biomassa, 6% de combustíveis
fósseis e 4% de energia solar. Estes dados são do inicio da década, e até hoje
sem alteração significativa.
Portanto, um país estável, com energia abundante, parque
industrial sólido e em crescimento, infraestrutura disponível, com áreas
urbanas com alta porcentagem de água potável e esgotamento sanitário plenamente
suficiente para evitar surtos de dengue, por exemplo...
E, um dado interessante: não há favelas na capital, Montevidéu. Quem me explicou de forma pedagógica foi uma
motorista de taxi. “O Governo identifica casas e prédios abandonados. Recupera-os
e deixa em condições de habitação. Acolhe famílias previamente cadastradas e
acomoda nestas unidades urbanas, com uma condição. Num prazo de 180 meses o
chefe da família deve apresentar comprovante de contrato de trabalho, assumindo
assim um compromisso de pagamento – muitas vezes simbólico -, mas necessário
para a inserção social.”
Montevidéu está há duas horas de distância de Curitiba,
capital do Paraná, via aérea. A
companhia Azul faz a ligação com confortáveis aeronaves Embraer 190-E.
Já se passava das 15 horas e decidi ouvir os apelos de meus
instintos. Onde poderia suprir minha curiosidade sobre as famosas parrilhas, a
está hora, questionei para mim mesmo. Alguém me falou sobre um restaurante que
funciona desde 1962, na rua San José, 1080, lembrei.
Caminhando, cheguei ao
local, acompanhado alegremente com Mme M.L..
Adentrei e fui
recepcionado por uma voz grave:
- Sejam Bem Vindos.
Perguntei se ainda estavam atendendo, pois que de imediato o
recepcionista (que depois vim a saber, tratava-se de um dos sócios) me assegurou:
- Trabalhamos do meio dia até meia noite.
Me senti entre amigos.
Já na mesa 13, sala principal, recebi uma simpática taça de espumante, da
mesma forma que Mme M.L.
Levantamos um brinde aos países irmãos.
O cardápio é extenso. Abre com parrilha, segue com frutos do
mar e encerra com massas artesanais, além de entradas e sobremesas. Há também mais
de quatrocentos rótulos de vinhos produzidos nas excelentes caves do Uruguai,
bem como de vinhos produzidos nos países vizinhos.
O pedido para dois veio no tempo certo.
O entrecot com batatas fritas estava correto, na textura, no
suave tempero e levemente assado quase ao ponto. Da mesma forma que as fritas.
Acompanhadas com uma taça de vinho da casa. E, por fim, uma deliciosa torta
gelada com amêndoas.
O restaurante El Fogón fica no centro da capital, com mais de
sessenta anos de existência. E traduz o que há de melhor da gastronomia do
Uruguai. Tem capacidade para atender até 280 pessoas nos quatro salões, mais um
espaço na adega. As massas do cardápio são elaboradas de forma artesanal. Os
cortes especiais das carnes pertencem a uma reserva exclusiva. Há também uma
filial do restaurante El Fogón na praça
de alimentação do Shopping Punta Carretas.
Após nos despedirmos dos funcionários do El Fogón, apressamos
o passo para chegarmos até a bilheteria do Teatro Sólis, na praça
Independência. Mas está imponente atração será objeto de outro texto, proximamente.
SERVIÇO
Restaurante El Fogón (centro)
Rua San José, 1080
Fone (+587)290 0900
elfogon.com.uy