Era para ser um sábado de encontro familiar, com horário marcado para iniciar a deglutição e sem hora para encerrar.
Não foi o que aconteceu.
O maldito trânsito de veículos me impediu de estar no horário programado.
E, por causa do "buffet por quilo" tão atraente quanto ilusório, as pessoas que haviam me formulado o convite simplesmente se alimentaram e se retiraram.
Me confortei com a companhia de Mme M. e de M L,.
E, compreensivelmente, me consolei com as ausências de tão importantes e familiares companhias.
Bem sei que quando se depara com um "buffet" atraente aliado aos apelos insistentes do estômago, não há "cristo" que suporte tal protesto.
Ah!
Buffets bem arranjados são coloridos e mágicos como as peças do Circle du Soleil.
Encantam os olhos e a imaginação.
Remetem a um saudosismo e magia.
Mas quando acaba, fica apenas a lembrança do que era...
Psicodélico e alegórico (como uma escola de samba).
Com tempo cronometrado para iniciar e terminar.
Como tenho aperfeiçoado algum senso de detalhes, fui à mesa de ofertas e me servi de folhas verdes, uma pequena quantidade de paella valenciana e frango grelhado.
Escapei das 18 ofertas de pratos quentes e 15 de saladas.
- Acreditem!
E, desviei da travessa de feijoada.
Sim, carissimo(a) leitor(a).
Uma atraente e atribulada feijoada, para meu espanto.
E, incrivel!!!
Em algumas travessas ainda havia oferta de "sushis".
?
Mme M., se limitou à saladas e fatias de carnes grelhadas.
M L., um pouco mais empolgado, se serviu de empadas e outros complementos.
E, asim, prosseguimos naquele tão breve quanto rápido convívio.
Perguntei para Mme M.:
- Essa crise está mudando o hábito das pessoas?
Ela me respondeu:
- Penso que são os novos tempos.
?!
- É, parece que sim.
Restaurante Casal Garcia, Massas, Carnes e Cia.
Avenida Anita Garibaldi, 606/614, Cabral.
Fone 41-3254-4433
http://www.casalgarcia.com.br/
Ah!
O astro rei tem andado timido por essas altitudes e latitudes.
Tanto é assim que me lembro do ultimo dia de céu azul aqui na ex-terra dos pinheirais.
Foi num sábado. Em outubro.
Os restaurantes com mesas nas calçadas estavam lotados.
- !!!
Eu não me importo.
Até porque não gosto de mesas ao ar livre.
E também porque muito sol provoca doenças de pele, segundo os fabricantes de bloqueadores solares.
Prefiro o equlibrio.
Pensando assim fui ao encontro do sol.
Onde?
No litoral. Mais precisamente em Guaratuba.
Temperatura amena. Brisa do mar. Sossego em plena quarta-feira, e... muito sol.
Finalmente lá estava ele. Radiante. Iluminando e aquecendo.
Estética da natureza.
Mas, somos frágeis e sucumbi diante dos reclamos do estômago.
- Onde encontrar um bom restaurante, fora da "temporada"?
- Será que existe algum lugar civilizado neste dia da semana, me questionei.
M. J., que me acompanhava, concordou em conhecer naquele local, num breve balançar de cabeça.
Me acomodei na mesa dois, de frente para o mar.
Alguns barcos ancorados onde o sol refletia seus raios sobre água cristalina.
O atencioso atendente nos ofertou o cardápio recomendando peixes.
Pedi um congrio rosa grelhado com camarões e legumes.
M.J. pediu uma salada de palmitos. E, suco de laranja e de limão.
Antes, me foi servido fatias de pão tostadas passadas na manteiga com molho tártaro.
- Estas torradas estão deliciosas, exclamou M.J.
Concordei, ainda apreensivo pelo que viria a seguir.
Vieram os palmitos, em porção bem generosa.
Em seguida o peixe e seus complementos.
(...)
???
Olhar de contemplação.
Me lembrei, em fração de segundos, de um pacto feito na infância naquele mesmo local.
-Quando crescer irei comprar um barco e viajar pelo mundo...
Ainda não adquiri um barco suficiente grande para dar uma volta ao redor da Terra.
Mas já viajei muito.
E, poucas vezes saboreei um peixe tão correto quanto ao que me foi oferecido naquele momento.
Estava tenro. Fresco. Levemente temperado e crocante.
E seus complementos corretos.
O preço?
A crise ainda não deu as caras por lá.
Depois das comidas e da boa conversa voltei a me expor ao sol.
Mais feliz.
Serviço:
Restaurante Dom Pedrotti (anexo ao Iate Clube de Guaratuba).
Fone (41) 3442-1490
Atende de terça a domingo.
http://www.restaurantedompedrotti.com.br/
Chegamos num estágio de nossa existência que não mais temos acesso aos legumes, frutas, verduras e carnes diversas de origem natural. Quase tudo que consumimos tem a supervisão do Homem.
Os peixes, por exemplo: o desejado salmão vem das águas frias da costa chilena do pacífico sob os cuidados e orientações dos eximios psicultores noruegueses.
Pela região Oeste do nosso Estado os nórdicos estão produzindo filetes de tilápia em escala industrial.
Os peixes são assépticos, é verdade.
Mas também, recebem ração balançeada.
- (??!!!)
Os camarões aqui consumidos vem de Santa Catarina.
As bananas do Vale do Ribeira (SP) tem selo de qualidade.
Carnes bovinas tem aquele carimbo azul de metileno do Serviço de Inspeção Federal.
Não sei o que é pior para a nossa fragil saúde. A carne ou a tintura impressa.
- .
Colhi, dia desses alguns limões que brotaram livremente nos confins de uma trilha na Serra do Mar.
Bebí água cristalina escondida entre morros.
Visão exuberante da mata atlântica, mas impiedosamente devastada pelo Homem, por pelo menos, nestes últimos cinquenta anos.
A convite de M. J., fui conhecer o Restaurante Empório do Largo, na pequenina cidade de Morretes, que abriga grande parte da Serra do Mar em seu território.
Na casa onde funciona o restaurante viveu um dos fundadores, chamado João de Almeida, no século XVIII.
Defronte à praça.
Nos fundos corre o rio Nhundiaquara.
Tem uma frondosa seringueira e duas palmeiras Jiçara (certamente esquecidas pelos palmiteiros da região). E, pássaros. Muitos pássaros. Contei alguns sabiás, corroiras, bicos-de-lacre, andorinhas, biguás, canários-da-terra, beija-flor.
Após o breve reconhecimento do local, me acomodei na mesa 26, no patio, debaixo da seringueira.
Com o cardápio à mão decidi por um Duetto de camarões com risoto de palmito.
M. J., pediu um barreado - que é o prato típico da região do Litoral.
Como o dia estava quente pedí cerveja long neck.
Veio, em seguida quase à temperatura ambiente.
- Tivemos um probleminha no freezer e as garrafas não estão geladas, justificou o preocupado atendente.
- Farei o possível para gelar outras, disse o "pobre" rapaz.
-Não sei como, pensei, mas vou insistir.
Vieram os pedidos.
Bem apresentados, combinando com a beleza do local.
Avançei no camarão crocante. Macio, delicado e saboroso. No fundo da terrine havia um creme de gengibre com gotas de limão. Combinação adequada.
Em seguida espetei um naco de pescada empanada, que estava "quase" ao ponto.
M. J., se serviu de risoto de palmito.
Na primeira garfada, recuou.
- Como está esse risoto, perguntei?
- Vou pedir ao garçon para aquecer um pouco mais, disse ele, com um ar de contrariedade.
- Chefe de cozinha inexperiente, pensei...
Você sabia que Morretes possui um Iate Club? E, que este rio deságua na baia de Antonina, perguntei.
- Sim, respondeu ele. Alberto Franco Ferreira da Costa recebeu o título de sócio benemérito, na década de 60.
- É. Parece que nada mudou por aqui, desde aquela época...
Somente os alimentos, por interferência do homem.
Deu-me a nítida impressão de que o tempo kairós se fez mais intensamente naquele ambiente.
Mesmo pequena, Morretes tem história de desbravadores, combatentes e políticos. Uma das cidades mais antigas do Estado. Tem economia de subsistência mas falta a presença do Estado em seu extenso território.
Depois do almoço caminhei pelas estreitas ruas com pouco movimento.
- M. J., como estava seu barreado, perguntei.
- Estava assim, meio.....
Serviço:
Restaurante Empório do Largo
Largo Dr. José Pereira, 152
Fone ( 41) 3462-1190
Morretes - Paraná
Ou impedir o funcionamento de colégios próximos de churrascarias.
Não combinam...
São opostos.
- (...)
- Porque digo isso?
Por que alunos em idade púbere consomem muito. Tem os sentidos do corpo dinâmicos e incontroláveis.
E também porque churrascarias fazem muita fumaça.
Imaginem vocês o drama dos petizes sentindo os aromas de uma costela assada, ou o de uma picanha ao ponto, ou um carré de carneiro na grelha perto das 12 horas, ou ainda ao cair da tarde?
Verdadeira tortura para as indefesas crianças.
Angustia para os pais.
Todos os dias, então...
Fui a um desses pontos de "conflito", a convite de Mme.M., e M.L..
Denominado Giro Máximo Grill, o atraente estabelecimento tem, para agravar tal conflito, uma vistosa vitrine com... costelas giratórias (foto).
Não há estudante que resista a qualquer hora do dia ou da noite.
Entrei e me ocupei da mesa 2, espaço para Não fumantes.
O atencioso garçon, objetivamente nos ofertou as bebidas.
- Mais tarde, argumentei.
Vieram, em seguida, as saladas.
Maionese, folhas coloridas, legumes conservados em salmoura, bananinhas à milanesa, e outros complementos mais.
Depois, as carnes.
Aquelas... que provocam desespero na vizinhança.
De boa qualidade, bem preparadas, macias, com adequados temperos.
Em especial o carré de carneiro.
Aproveitei como se estivesse cursando o segundo grau.
Pedí então uma jarra de limonada (R$ 7.00).
Uma água mineral com gás, pequena ( R$ 2.20).
Um refrigerante pequeno ( R$ 3.00).
Parei por aí por motivos óbvios.
Sorte a minha que as carnes não estavam salgadas.
Pela janela lateral observei as mães aflitas em busca de seus filhos.
Jovens se empurrando, correndo e muitos com olhares rapidos em busca da origem daqueles aromas...
- ?
- Vou defender a tese desse conflito com a administração municipal. Pensei.
E concluí:
-Dessa maneira evitaria crises e confusões que não nos dizem respeito mas que afetam a coletividade e o trânsito.
Distanciá-los (as churrascarias) para aproximá-los (os estudantes) ainda mais.
Estamos distantes ainda de resoluções subjetivas.
Enquanto isso os conflitos continuam.
Serviço:
Giro Máximo Grill
Rua Gonçalves Dias, 313, Batel.
Fone: 41- 3343-1011
De segunda a sábado, das 11:30h às 24h
Domingo, das 11:30h às 16:30h
- (...)
- Vamos sim. Pode passar agora?
- (...)
- Tchau. Te espero...
Era Mme. L., me convidando para dar uma volta em seu carro novo e jantar em algum lugar dessa cidade.
- Mais um automóvel novo em Curitiba?
- ?
- Não há espaço para mais nada nessas ruas congestionadas, pensei.
E nos restaurantes também. Concluí.
Deixei de lado as diversas indagações e pré-julgamentos e fui ao encontro marcado.
Decidimos, em fração de segundos, visitar o Schwarzwald - Bar do Alemão, depois de um rápido elogio ao possante e luxuoso veículo.
Chegamos.
Aguardamos poucos minutos.
Nos acomodamos na mesa 03, piso superior, em ambiente reservados para não fumantes.
Com um cardápio bem distribuído escolhemos nossos pedidos:
Batatas fritas, hapckpetter, e bratwurst.
Para beber, chopp submarino, e capirinha de vodka.
Conversa animada sobre o frio da cidade, sobre o afluxo de pessoas no restaurante escolhido e sobre o agradável e alegre ambiente.
(...)
Vieram os pratos.
Bem apresentados, e adequados no quesito "visual".
As bebidas, da mesma forma, corretas.
O chopp submarino é uma saudavel criação do Bar do Alemão. É composto por um caneco de 475 ml., e em seu interior é adicionado um mini copo de chopp com uma dose de stanheger.
Potencializa o teor alcoolico do chopp mas não interefere no sabor.
Aproveitamos aquele bom momento para rememorar fatos marcantes da juventude, até porque o ambiente é familiar e nos remete a lembranças de idades meio irresponsáveis.
O Bar do Alemão foi inaugurado em 1979, durante a realização da primeira Feira Anual do Largo da Ordem (criada e organizada por um dos grandes festeiros da cidade que é Rafael Greca de Macedo.)
Há 29 anos serve comidas alemãs adaptadas ao paladar dos curitibanos.
Cresceu, se expandiu, mas o clima de descontração permanece o mesmo.
Público jovem mesclado com outros já de cabelos grisalhos, dividem espaços de forma harmônica, alegre, e racional.
É bom ir no "schwartz" .
Serviço:
Bar do Alemão (Schwarzwald)
Endereço: Dr. Claudino dos Santos, 63, Centro
Telefone: (41) 3223-2585
Foi a 16 mil pés do nível do mar que ouvi a Ária para a Rainha Negra, passagem da magistral "A Flauta Mágica".
Um momento sublime!!!
Nesta tarde de sexta-feira o céu estava azul com as nuvens à meus pés.
A gentil chefe das comissárias de bordo da TAM, Mme. Raquel Jardim me ofertou o cardápio (triligüe) da classe Business.
Na página três as explicações iniciais sobre o azeite mediterrâneo e sua utilização na confecção dos pratos oferecidos a bordo, com a supervisão do restauranteur Issac Azar, responsável pela harmonização dos azeites monovarietais. Issac é o primeiro brasileiro a receber o titulo de "assaggiatore", concedido apenas aos maiores profissionais de azeite do mundo.
O segundo obstáculo a que me referi acima ocorreu à saída do restaurante.
SERVIÇO:
Bráz Pizzaria Artesanal - Moema
Rua Graúna, 125
tel: (11) 5561.1736
Em domicilio: (11) 5561.0905
Horário de funcionamento: 18h30 até 0h30 (sex. e sáb. até 1h30).
Em domicílio: das 18h às 24h.
Formas de Pagamento: Dinheiro, cheque.
Cartões de débito: Redeshop, VisaElectron.
Cartões de crédito: Visa, MasterCard, Diners, American Express.
Estacionamento: Valet
Telefone 41-3024-2032
Shopping Design Center entre a R. Francisco Rocha e a pracinha do Batel
Belíssima, limpa e com ar aristocrática por causa de suas construções, esta cidade balnearia leva esse nome por causa das rochas de argila que se encontram em seu sub-solo conhecidas como piçarra ou piçarro.
Limita-se ao norte com Barra Velha, ao sul com Penha, a oeste com Luiz Alves e Navegantes e a leste com o oceano Atlântico e faz parte da AMFRI, Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí.
No inverno a cidade cai para menos de 10 mil habitantes.
E, em função disso, poucos locais para comer.
(!!!)
Circulando sem rumo encontrei numa rua tranquila, no centro, há duas quadras da praia a Choperia General Küster.
- Aqui parece bem simpático, comentei com Mme.M., que imediatamente concordou com um balançar de cabeça.
Vi algumas mesas ocupadas na varanda.
Já no interior da "casa" me assentei na mesa 3, estratégica para observar melhor as pessoas, seus respectivos pedidos.
Na minha frente um belíssimo aquário com peixes ornamentais da espécie yellow tang e corais , propiciando uma sensação de calma e tranquilidade.
Ao meu lado esquerdo a atração do restaurante...
O gentil atendente, Sr. Márcio, me ofertou um cardápio eclético, de carnes, peixes e algumas opções da tradicional cozinha alemã.
Nos limitamos a um "Congrio grelhado com molho de camarões e alcaparras", ( R$ 44.80, serve duas pessoas) e dois chopp cristal, da Brahma, ( R$ 3.90, cada).
Enquanto esperávamos, ouvia-se ao fundo uma suave música de origem germânica e algumas conversas indescritíveis.
-Meu sexto sentido me diz que deveriamos pedir qualquer prato da cozinha alemã, disse para Mme.M.
-Estamos em viagem e a melhor opção é uma comida leve, que não provoque sono, emendou a educada senhora.
O atencioso garçon levou até uma mesa próxima à nossa um prato de "hackpeter" que me deixou atento. Com extrema habilidade ele promoveu a mistura do mignon moido com as especiarias, o azeite de oliva e mais o ovo cru, numa combinação extraordinária, mas ao mesmo tempo inoportuna para nós, pobres viajantes.
Numa outra mesa, "eisbein pururuca", que me fez estremecer. Numa outra ainda, "kassler"... enfim, era mesmo o reduto germânico.
Veio em seguida o nosso pedido:
- (?!)
No visual a quantidade seria suficiente.
Serví Mme. M., e em seguida me apossei de uma boa quantidade.
Nas primeiras garfadas pude perceber a delicadeza dos temperos e da manteiga. Pequenas alcaparras davam o tom, sem, no entanto, retirar o sabor do congrio e dos camarões em grande quantidade. Salsa e cebolinhas bem cortadas em tiras cobriam o arroz e as batatas cozidas no vapor.
-É uma combinação perfeita, comentei.
-Sim, afirmou Mme.M., com um leve soriso, com ar de aprovação.
E, assim prosseguimos, degustando, conversando e apreciando aquele ambiente aconchegante e familiar.
De sobremesa, nos foi ofertado fatias de Torta Alemã (R$ 5.80).
Pedi uma fatia e dois garfos dado o tamanho desproporcional do doce.
Também muito delicada na combinação de sabores e na expessa camada de chocolate.
Na saída, uma pequena vitrine com produtos da marca Küster.
Comprei um boné, (R$ 12.00) lembrando nosso "popular" presidente que manifesta satisfação pelos seus iguais.
Foi a maneira de agradecer tão gentil e acolhedor restaurante.
Serviço:
Choperia General Küster
Rua Vereador Ludgero Figueiredo, 40
CEP 88.380-000
Balneário Piçarras - SC
Fone: (47) 3345 1009
choperia@generalkuster.com.br
A película a que me refiro é "O advogado do diabo".
Retrata a carreira de um promotor bem sucedido que jamais perdeu um caso. Um jovem com uma carreira brilhante, casado com uma linda mulher que, aparentemente, tinha tudo para ser feliz. No entanto, no meio do caminho, ele recebe uma proposta para trabalhar em um escritório de advocacia. E, sem perceber, estava entrando em uma grande armadilha em que sua vida profissional e seus anseios pessoais seriam colocados em xeque.
A vaidade - esse flagelo humano - fala mais alto e muda radicalmente a carreira desse promissor advogado, colocando-o frente à frente com o mal.
Não contarei o final do filme , caríssimo leitor, para não ser, também amaldiçoado mas, é um filme imperdivel, e deve ser assistido mais de uma vez.
Falando de filmes e vaidades, cheguei nesta sexta-feira de sol, ao Paraguassu Grelhados, por várias vezes recomendado por diversos conhecidos e frequentadores do local.
Simples, com mesas bem dispostas em três ambientes e algumas inclusive instaladas no lado externo da "casa", dando assim um ar... digamos, "light".
Me acomodei na mesa 02.
Um jovem e rápido atendente me trouxe não um, mas três distintas cartas, a saber:
uma contendo as opções das comidas;
outra com breve carta de vinhos; e, a terceira, uma atraente opção de cervejas importadas com descrição sucinta das qualidades e sabores.
Havia três ofertas do dia:
As jovens Mle.H. e Mle. A., pediram Bife à rolê com talharim(R$ 12:30 cada).
Voltei a falar sobre um dos sete pecados capitais que é a vaidade humana.
Percebi que estava derivando para temas inadequados para aquele ambiente descontraído.
Mudei o tema das conversas até a chegada dos pedidos.
Primeiro, veio até nós uma salada de repolhos (roxo e branco) e cenoura ralados sobre folhas de alface. À nossa disposição, vinagre balsâmico (acetato balsâmico) e azeite de oliva, corretos.
Em seguida os pratos solicitados.
O meu prato - virado à paulista - estava bem apresentado, quentinho, com aroma provocante. O visual bem disposto, da mesma forma que o bife à rolê com talharim das minhas acompanhantes.
Perguntei de forma impulsiva para Mme. M.:
- Virado à paulista acompanha ovo frito e bananinha à milaneza?
Antes dela responder e, de passagem, uma atenciosa atendente ouviu minha inquisição e também de pronto me questionou:
- O Senhor quer um ovo frito como acompanhamento?
Recusei - gesticulando com a cabeça - prontamente, pois, em fração de segundos percebi que o complemento seria acrescido ao preço inicial.
Mle H., falou baixinho:
- A massa está boa, da mesma forma que o bife. Mas, a quantidade é insuficiente...
Entendi que para jovens ainda em processo de crescimento, realmente a quantidade de alimentos é diminuta.
- Mas para adultos também, conclui.
- (?!)
Depois de algumas garfadas pedi mais uma bisteca grelhada (R$ 6.00), pois a primeira estava deliciosa mas também insuficiente para acompanhar o tutu e o arroz.
A gula - outro dos sete pecados capitais - também é condenável.
Mas, não era o caso para ser questionado naquele momento.
Ninguém, ali, naquele local, estava cometendo qualquer pecado. E, nem seria possível, já que os alimentos estava apenas suficientes.
Mle. H, pediu, de sobremesa, um correto pudim de leite (R$ 5.00). E Mle. A., um strogonoff de nozes, (R$ 5.00), que veio acondicionado em um copinho.
Paguei a conta e sai em silencio, pensativo...
SERVIÇO:
Restaurante Paraguassu Grelhados.
Endereço: Rua Machado de Assis, 525, Juvevê.
Horário: de 3ª a 6ª, das 11h30 às 15 horas; das 18 às 23 horas; sábado, das 11h30 às 23 horas; das 18 às 23 horas; domingo, das 11h30 às 16 horas. Reservas: (41) 3029-1020
Site: http://www.paraguassugrelhados.com.br/
Tenho pouca admiração pelos movimentos que antecedem a uma partida de futebol. Não que eu não goste de futebol.
SERVIÇO:
Coeur Douce Confeitaria
Avenida Souza Naves esquina com rua Atilio Bório
Fone (41) 3262-5611
http://www.coeurdouce.com.br/
Preocupa, porque afeta o bolso do pobre consumidor.
E, naturalmente, se reduz a frequência nos restaurantes.
Pior.
O susto quando vem a conta ativa a surpresa dos mais pacatos.
É uma pena, mas o nosso presidente-profeta já alertava para isso.
Não atento, fui nesse domingo à noite ao Waldo X-Picanha, do Alto da XV.
Estabelecimento bem conhecido e muito frequentado principalmente entre os mais jovens.
Ocupei uma mesinha proximo do balcão e da chapa onde se confecciona os diversos sanduiches e petiscos. Mesmo o mais eficiente sistema de exaustão não conseguiria impedir a impregnação do aroma das frituras nas roupas e nas partes expostas do corpo.
Pedi ao garçon um sanduiche denominado Waldo Chesse Burguer (R$ 6.00), composto por um pão redondo, um hamburguer, e uma fatia de queijo mozzarela. E também um chopp da Brahma de 300 ml (R$ 3.20).
Ao meu lado, Mme.M., optou por um Chesse Picanha (R$ 10.00) que consiste em um pão redondo, duas fatias de picanha cortadas em tiras, mais uma fatia de queijo mozzarela, molho de maionese, tomate e cebola picados e uma coca-cola(R$ 2.50).
O ambiente estava calmo e pude contar e rememorar locais agradáveis que estive em algumas viagens por este lindo país.
O chopp estava em temperatura ideal e dei sinal ao garçon para vir outro.
O cheiro de fritura estava incomodando, por causa do afluxo de novos pedidos.
Convidei Mml.M., para irmos a outros lugares, para, disfarçadamente, nos retirarmos.
Pedi a conta:
R$ 24.90, mais 10 por cento.
Paguei, acreditando pela primeira vez nas palavras do presidente.
Serviço:
Waldo X Picanha
Praça das Nações, 845. Alto da XV.
Fone (41) 3264-1772
De domingo à quarta-feira, das 11h até as 03h
De quinta-feira a sábado, das 11h até as 05h.
www.waldoxpicanha.com.br
Avenida Sete de Setembro, 1865, Box 40, Loja 07.
Fone: (41) 3362-9065
e-mail:
maiabox@pop.com.br
Horário de atendimento:
De terça a sábado, das 8h às 18h.
Caso afirmativo, vou-lhe fazer outra pergunta:
Sabe, obsequioso(a) leitor(a), onde fica a capital da América do Sul?
Se respondeu Buenos Aires, acertou.
Isso mesmo, atento(a) e assíduo(a) expectador(a). A tocha olípica vai circular pelos quatro cantos do planeta Terra, mas não irá passar pelo nosso querido Brasil.
Revoltado com esse lamentável acontecimento, aceitei o gentil convide de Mml. H, e seus colegas de profissão, M.P. e M.C., para comer no restaurante Tun Fang, que tem o mandarim como lingua mater.
O senhor Fang diz que o restaurante Tun Fang é "o melhor sabor da comida tipica chinesa", conforme consta em seu "folder".
Bem localizado no tradicional bairro das Mercês, o restaurante tem instalações que chamam a atenção pela beleza arquitetônica, em dois pavimentos. Clara e bem arejada, com acesso para deficientes.
Me acomodei numa das mesas do andar térreo, sem numeração, e partí para o buffet.
Apanhei um prato e em seguida dos talheres.
Me serví de arroz shop-suey, tempura de legumes, carne com brócolis e peixe empanado e dois rolinhos primavera.
A garçonete me ofereceu bebidas. Pedí uma água aromatizada.
Passado alguns minutos ela colocou à minha frente uma gelada coca-cola.
Não reclamei, pois estava sedendo.
Pensei:
-Tem algo de estranho nesse restaurante... presentí.
- (???)
Iniciei o processo de deglutição e... opa!
O garfo que apanhara estava completamente irregular, quase causando um perigoso acidente em minha delicada boca (vide foto).
Meus acompanhantes ficaram assustados.
Não reclamei como bom e educado comensal. Troquei o talher e prossegui.
Os alimentos estavam suaves. Corretos em essência.
Conversei sobre bons rótulos de vinhos chilenos, neozeolandeses, australianos, argentinos. Sobre ostras, marinados,e pizzas italianas.
Sobre mignons ao ponto e sobre o acrescimo de gotas de limão e laranja em molhos complementares.
Falei de sobremesas e sorbets...
Cai na realidade e decidi finalizar a refeição oriental com bananas caramelizadas.
Vieram ainda quentes com o caramelo em ponto de "puxa-puxa".
Concluí que se esperasse por alguns minutos mais, a tal sobremesa estaria adequada para consumo.
Paguei a conta (R$ 7.50, por pessoa, com buffet livre) e saí com a nítida impressão que os orientais de lá certamente não passarão por aqui por alguns motivos.
Serviço:
Restaurante Tun Fang
Alameda Prudente de Moraes, 175
Mercês
Fone:
O sol brilhava intensamente neste ultimo domingo.
Pensei: À essa hora da tarde onde poderia comer um bom assado?
(...)
Concluí: Na Churrascaria Ervin!!!
Comuniquei minha decisão para Mme. M., para Mml. H., e para M. L..
- Iremos hoje na Churrascaria Ervin, avisei, alegre.
Vieram as reações:
- Teremos que esperar muito para sermos atendidos, e, de mais a mais, estou com meu estômago reclamando por qualquer alimento, declinou Mml. H.
- Domingo a fila é grande e não vai dar tempo de ir ao jogo de futebol por causa do horário... pontuou irritado M.L..
Pairou um silêncio avassalador.
- ...
- Mas irei com Mme.M. sentenciei, já que até aquele momento ela não havia esboçado qualquer reação em contrário.
- Quem quiser ir ao Ervin, que me siga, falei de forma terminativa.
Cheguei, ainda irritado pelas contradições e com uma "baixa".
Fui à recepção. Recebí a ficha número 55.
- QUARENTA E UM , falou o gerente com a voz já alterada...
- ?
Fiz alguns cálculos em silêncio.
-É. Pensei:
Vai demorar muito para sermos atendidos...
-Vou ficar, concluí teimosamente.
Para passar o tempo oferecí naquinhos de pepino azedo e uma "batida" de maracujá para Mme. M e para M.L., que até aquele momento haviam economizado palavras por causa da discutível decisão.
Passadas as divergências, decidí relaxar e observar as pessoas que aguardavam pacientemente seus respectivos chamados, as crianças correndo alegremente...
- CINQUENTA E CINCO, ouví!!!
- Somos nós, cutuquei Mme.M.
Caminhamos a passos largos para a mesa 11, à nossa disposição.
Nos acomodamos e veio o cardápio.
Rapidamente pedí uma alcatra ao ponto e seus complementos (R$ 43,00, para até três pessoas).
Antes, porém, a gentil garçonete trouxe uma terrina com mais pepinos em conserva e pães.
Observei que as demais mesas à nossa volta estavam ocupadas.
Intensa movimentação das garçonetes, criava um ambiente alegre, barulhento mas salutar, num vai-e-vem, em atendimento aos pedidos de comidas, bebidas, sobremesas, contas, etc.
Chegou enfim nosso aguardado pedido depois de alguns minutos mais de espera.
E a carne veio ao ponto, quente, suculenta, saborosa... a maionese delicada. A salada de cebola ainda pecando por muita acidez. E, os tomates complementavam a perfeita combinação.
A aprovação foi unanime.
A Churrascaria Ervin tem tradição de mais de 57 anos na arte de servir assados. Mantém o mesmo padrão há muito tempo, com a qualidade dos produtos e preço de acordo com a exigente clientela, principalmente aos domingos.
Tem padrão de eficiencia e atende as expectativas.
Conversamos amenidades e em paz.
Paguei a conta satisfeito e alegre torçendo para que o time de M.L., (que usa uma camisa com as cores vermelha e preta) ganhasse mais uma partida.
Serviço:
Churrascaria Ervin
Rua Mateus Leme, 2746
Centro Cívico - 82200-000
Fone (41) 3252-5347
Curitiba - Paraná
http://www.churrascariaervin.com.br/
-Mas pelo menos eu atendí bem, disse o garçon...
O prato denominado "escondidinho" estava suave e saboroso. Foi elaborado com muito cuidado por Mme. M..
Outro, tradicional feito por Mme. E., desfiado, também estava delicado, mas com um leve acrescimo de sal, o que fez com que eu consumisse líquidos além do normal.
Outro ainda, com creme e em postas, elaborado por Mme.R., foi considerado "dos deuses" pelos convidados.
Todas estas distintas senhoras acima citadas fazem parte do meu estrito circulo de amizades e afinidades, numa clara alusão e demonstração de que sou uma pessoa de sorte.
Para consolidar de vez essa simples conclusão (de que sou uma pessoa de sorte), recebí, na ultima sexta-feira uma ligação telefônica no final da tarde:
- Simm! - Assim me expressei ao atender o celular.
-Quero convidar você e Mme. M., para - logo mais - comer uns bolinhos de bacalhau na Cantina Açores, e tomar cerveja Bohemia, disse do outro lado da linha Mml. A.
-Aceitamos sim, me adiantei e respondí.
Marcamos para as 19 h.
Nos encontramos, em seguida, no local e horários marcados.
Mml. A., me explicou que como jurada do concurso Boteco Bohemia, tinha a "dificil" tarefa de dar notas para petiscos inscritos na referida competição. E, a Cantina Açores havia inscrito os tais bolinhos de bacalhau.
Discretamente, como convém para essas ocasiões, pedí cerveja Bohemia (R$ 4,50) que veio correta na temperatura e servida como deve ser.
Em seguida os bolinhos de bacalhau (R$ 16.00, doze unidades).
Vieram nove quentinhos, crocantes, secos por fora e macios por dentro. Corretos, em essência. Mais três vieram em seguida.
Nosso comportamento chamou a atenção do proprietário, M. J.R., que se auto-apresentou e sentou-se entre nós.
Contou muitas histórias de vida, chegando inclusive a atrasar nossa séria avaliação.
E, falou algumas verdades...
- Se descobre as virtudes de um bom bar, pelo azeite de oliva e pelo molho de pimenta ofertados, disse.
-Concordei, pois estava diante de uma verdade...
Ele soube em seguida que estavamos avaliando seus petiscos. Nos deixou com longos agradecimentos, como bom português.
Nossa conversa voltou a girar em torno da competição.
Mml. A., me explicou que em cada um dos estabelecimentos participantes o público pode provar os petiscos concorrentes e conferir notas, que variam de 1 a 10, às categorias Melhor Petisco, Melhor Atendimento, Melhor Ritual de Servir Bohemia. As cédulas - que são distribuídas à entrada do bar também têm espaço para o público incluir o nome do seu garçom preferido. Os quatro itens serão avaliados por um júri secreto composto por especialistas e formadores de opinião em gastronomia ao longo do período de votação (13 de março a 1º de abril). Todo o processo é controlado pelo instituto Vox Populi e, ao final, ganha aquele que tiver a maior soma de pontos.
Antes de concluirmos a votação, Mme. A., me fez convite para apreciar o petisco concorrente dos bolinhos que é um sanduiche de pernil, na Sandwicheria República.
Marcamos para o dia seguinte, confirmando mais uma vez o que falei no inicio.
Cantina Açores
Rua Euzébio da Mota, 306. Juvevê.
Fone (41) 3027-3614
Comentei com M.J., que esse aparente sossego poderá em breve ser rompido por causa de uma construção que irá sediar a primeira mega loja do Burgger King, na cidade,em frente ao tradicional pub.
- Esta aparente tranquilidade vai mudar logo, logo, comentei, profetizando...
- No que concordou M. J., com um leve balançar de cabeça que, em seguida, aconselhou um chopp leve.
- ...
Segui o sábio conselho e pedí chopp Sol, mais leve e com quase nenhuma reação orgânica no dia seguinte.
Resisti bravamente em pedir um Old Speckled Hem, ou o fortíssimo Guinness original, um Heineken ou até um Newcastle Brown Ale, ou ainda o Sheridan's, produzido com exclusividade.
O Sheridan's Pub possui a mais completa e diversificada opção de bebidas de Curitiba. Os garçons são atenciosos mas ainda mantem o hábito de servir chopp nas mãos, sem os anteparos, conhecidos como "bolachas".
O "chef de cuisine" circula de tempos em tempos para observar seus ávidos consumidores.
Enfim, uma rotina que propicia um ambiente alegre, descontraído, mas ao mesmo tempo introspecto.
Telões exibem cenas antológicas de "monstros sagrados" do Rock, num salutar estímulo e reverência ao que melhor foi produzido nas ultimas décadas.
O grupo Jimmi Renda-se faz sua parte com correção, evoluindo constantemente. Passam por magistrais sons de Jimmy Hendrix, Rolling Stones,The Beatles, Pear Jamm, Deep Purple, Iron Maiden...
- ???
- Me acorde, M.J., exclamei !!!
- Sabe quem eu ví passar ao meu lado, nesse instante? Disse aturdido...
- JANICK GERS e NICKO McBRAIN, dois IRON MAIDEN !!!.
- POR SAINT PATRICK, o que está acontecendo nesse pub ???
- Garçon!!!
Passado o susto, confirmei.
Iron Maiden, no Sheridan's...
Nem acreditei, de inicio, porque conversava com M.J., sobre a qualidade das batatas servidas e a quantidade de pimentas num tipo de linguiça assada que foi nos servidas. E eis que surge na minha frente dois monstros sagrados do rock mundial. Eles se acomodaram num ambiente reservado no andar superior e lá conversaram descontraidamente com alguns poucos frequentadores da casa naquela noite de terça-feira.
A noticia correu rapidamente e pude perceber, na porta de entrada, o aglomerado de fãs tentando a todo custo chegar perto dos astros.
E, eu, alí, a uma sala de distancia do Iron Maiden.
Só em Curitiba, mesmo...
Serviço:
Sheridan's Irish Pub
Avenida Bispo Dom José,2315
Fone 41-3343-7779