Blog do Edson

Comentários sobre comidas, bebidas e afins.

É certo que vivemos em outros tempos.
Mas ainda assim nos foi impregnada a idéia de que a foiçe e o martelo eram simbolos de algo mau, controvertido, fora da lei, etc.. Sem ao menos nos dar a chance de questionar tal ideal.
Pois bem.
Como os tempos são outros e a distenção foi pra valer, fui conhecer o Soviet Vodka Bar, nesta sexta-feira de final de ano.
Liguei, reservei uma mesa para quatro pessoas.
Entrei na internet e conheci parcialmente a casa.

Cheguei no horário combinado e usei o serviço de estacionamento ao lado (R$ 10,00, com pagamento antecipado) .

Fui recebido gentilmente pela hostess que me encaminhou a uma mesa reservada no salão principal. Me acomodei, tendo ao meu lado Mme. M..

Espaço arejado, musica ambiente e poucas mesas ocupadas, nos deram a sensação inicial extremamente agradável.

Pedí batatas moscovitas, servidas com casca e molho de linguiça, enquanto aguardavamos a chegada de Mme. L. e M. A..

E, para acompanhar um French Martini, que consiste em um coktail com vodka Smirnoff 21, suco de abacaxi e licor de frutas vermelhas, para Mme.M., e uma vodka russa Stolichinaya.
Vieram os pedidos servidos com atenção e cortesia.

Comentei com Mme.M. que muitos bares e restaurantes de Curitiba seguem a linha da profissionalização com funcionários se esmerando na arte de bem servir.

Evidentemente que isto tem um custo.

Mas é exigência de mercado.

Da mesma forma que os novos investimentos em infra-estrutura, tornando os espaços adequados aos diversos públicos.

Na verdade, uma distenção economica e social.

Com a chegada de Mme.L. e M. A., pedi Roleta Russa, que é um mix para degustação de todas as entradas ofertadas. Canudos soviet, norvigen (iscas de peixe servidas com molho tártaro) salmão laminado na cura de ervas e sal grosso marinados no azeite de oliva, alho e limão, croquetes pravda, roastbeef oblomov, mignon do boris, cubos de entrecôte com molho de queijo e mostarda dijon e blinis que são as mini panquecas russas.

À medida em que nos serviamos, pude perceber que as nossas conversas passaram de um tom ameno e agradável para voz alta.

Pensei:
-Será que já bebi demais?
Conclui de imediato.
- Não. A música ambiente está muito alta e desconexa.
Alívio momentâneo.
M.A. me explicou que a música exerce uma função estimulante quando executada acima do nível normal de audição. Estimula a que se consuma em grande quantidade comidas e bebidas.
Me senti, portanto, em meio a uma aplicação racional de técnicas de consumo.
Verdadeira tortura soviética.
Como estava alegre, relevei tal experiência, até porque, as comidas, as bebidas e o ambiente estavam satisfatórios.

- Vamos encerrar nossas despesas e nos retirarmos? perguntei.
- O QUÊ??? respondeu Mme.M..
-VAMOS EMBORA? disse.
- AH!!! SIM, SIM, respondeu ela.
Serviço:
Soviet Vodka Bar
Avenida Bispo Dom José, 2277
Fone (41) 3022-2042

Neste sábado ensolarado, mas com muitas nuvens no céu, acatei amável convite de Mme R., Mlle V., e M N., para conhecer as diversas comidas do restaurante Casal Garcia, Massas, Carnes & Cia..
Era para ser um sábado de encontro familiar, com horário marcado para iniciar a deglutição e sem hora para encerrar.
Não foi o que aconteceu.
O maldito trânsito de veículos me impediu de estar no horário programado.
E, por causa do "buffet por quilo" tão atraente quanto ilusório, as pessoas que haviam me formulado o convite simplesmente se alimentaram e se retiraram.
Me confortei com a companhia de Mme M. e de M L,.
E, compreensivelmente, me consolei com as ausências de tão importantes e familiares companhias.
Bem sei que quando se depara com um "buffet" atraente aliado aos apelos insistentes do estômago, não há "cristo" que suporte tal protesto.
Ah!
Buffets bem arranjados são coloridos e mágicos como as peças do Circle du Soleil.
Encantam os olhos e a imaginação.
Remetem a um saudosismo e magia.
Mas quando acaba, fica apenas a lembrança do que era...
Psicodélico e alegórico (como uma escola de samba).
Com tempo cronometrado para iniciar e terminar.
Como tenho aperfeiçoado algum senso de detalhes, fui à mesa de ofertas e me servi de folhas verdes, uma pequena quantidade de paella valenciana e frango grelhado.
Escapei das 18 ofertas de pratos quentes e 15 de saladas.
- Acreditem!
E, desviei da travessa de feijoada.
Sim, carissimo(a) leitor(a).
Uma atraente e atribulada feijoada, para meu espanto.
E, incrivel!!!
Em algumas travessas ainda havia oferta de "sushis".
?
Mme M., se limitou à saladas e fatias de carnes grelhadas.
M L., um pouco mais empolgado, se serviu de empadas e outros complementos.
E, asim, prosseguimos naquele tão breve quanto rápido convívio.

Perguntei para Mme M.:
- Essa crise está mudando o hábito das pessoas?
Ela me respondeu:
- Penso que são os novos tempos.
?!
- É, parece que sim.
SERVIÇO:
Restaurante Casal Garcia, Massas, Carnes e Cia.
Avenida Anita Garibaldi, 606/614, Cabral.
Fone 41-3254-4433
http://www.casalgarcia.com.br/











O Sol.
Ah!
O astro rei tem andado timido por essas altitudes e latitudes.
Tanto é assim que me lembro do ultimo dia de céu azul aqui na ex-terra dos pinheirais.
Foi num sábado. Em outubro.
Os restaurantes com mesas nas calçadas estavam lotados.
- !!!
Eu não me importo.
Até porque não gosto de mesas ao ar livre.
E também porque muito sol provoca doenças de pele, segundo os fabricantes de bloqueadores solares.
Prefiro o equlibrio.
Pensando assim fui ao encontro do sol.
Onde?
No litoral. Mais precisamente em Guaratuba.
Temperatura amena. Brisa do mar. Sossego em plena quarta-feira, e... muito sol.
Finalmente lá estava ele. Radiante. Iluminando e aquecendo.
Estética da natureza.
Mas, somos frágeis e sucumbi diante dos reclamos do estômago.
- Onde encontrar um bom restaurante, fora da "temporada"?
- Será que existe algum lugar civilizado neste dia da semana, me questionei.
Meu instito me conduziu ao Iate Clube. E, por sorte encontramos aberto o Restaurante Dom Pedrotti.
M. J., que me acompanhava, concordou em conhecer naquele local, num breve balançar de cabeça.
Me acomodei na mesa dois, de frente para o mar.
Alguns barcos ancorados onde o sol refletia seus raios sobre água cristalina.
O atencioso atendente nos ofertou o cardápio recomendando peixes.
Pedi um congrio rosa grelhado com camarões e legumes.
M.J. pediu uma salada de palmitos. E, suco de laranja e de limão.
Antes, me foi servido fatias de pão tostadas passadas na manteiga com molho tártaro.
- Estas torradas estão deliciosas, exclamou M.J.
Concordei, ainda apreensivo pelo que viria a seguir.
Vieram os palmitos, em porção bem generosa.
Em seguida o peixe e seus complementos.
(...)
???
Olhar de contemplação.
Me lembrei, em fração de segundos, de um pacto feito na infância naquele mesmo local.
-Quando crescer irei comprar um barco e viajar pelo mundo...
Ainda não adquiri um barco suficiente grande para dar uma volta ao redor da Terra.
Mas já viajei muito.
E, poucas vezes saboreei um peixe tão correto quanto ao que me foi oferecido naquele momento.
Estava tenro. Fresco. Levemente temperado e crocante.
E seus complementos corretos.
O preço?
A crise ainda não deu as caras por lá.
Depois das comidas e da boa conversa voltei a me expor ao sol.
Mais feliz.

Serviço:
Restaurante Dom Pedrotti (anexo ao Iate Clube de Guaratuba).
Fone (41) 3442-1490
Atende de terça a domingo.
http://www.restaurantedompedrotti.com.br/

Chegamos num estágio de nossa existência que não mais temos acesso aos legumes, frutas, verduras e carnes diversas de origem natural. Quase tudo que consumimos tem a supervisão do Homem.
Os peixes, por exemplo: o desejado salmão vem das águas frias da costa chilena do pacífico sob os cuidados e orientações dos eximios psicultores noruegueses.
Pela região Oeste do nosso Estado os nórdicos estão produzindo filetes de tilápia em escala industrial.
Os peixes são assépticos, é verdade.
Mas também, recebem ração balançeada.
- (??!!!)
Os camarões aqui consumidos vem de Santa Catarina.
As bananas do Vale do Ribeira (SP) tem selo de qualidade.
Carnes bovinas tem aquele carimbo azul de metileno do Serviço de Inspeção Federal.
Não sei o que é pior para a nossa fragil saúde. A carne ou a tintura impressa.
- .
Colhi, dia desses alguns limões que brotaram livremente nos confins de uma trilha na Serra do Mar.
Bebí água cristalina escondida entre morros.
Visão exuberante da mata atlântica, mas impiedosamente devastada pelo Homem, por pelo menos, nestes últimos cinquenta anos.
A convite de M. J., fui conhecer o Restaurante Empório do Largo, na pequenina cidade de Morretes, que abriga grande parte da Serra do Mar em seu território.
Na casa onde funciona o restaurante viveu um dos fundadores, chamado João de Almeida, no século XVIII.
Defronte à praça.
Nos fundos corre o rio Nhundiaquara.
Tem uma frondosa seringueira e duas palmeiras Jiçara (certamente esquecidas pelos palmiteiros da região). E, pássaros. Muitos pássaros. Contei alguns sabiás, corroiras, bicos-de-lacre, andorinhas, biguás, canários-da-terra, beija-flor.
Após o breve reconhecimento do local, me acomodei na mesa 26, no patio, debaixo da seringueira.
Com o cardápio à mão decidi por um Duetto de camarões com risoto de palmito.
M. J., pediu um barreado - que é o prato típico da região do Litoral.
Como o dia estava quente pedí cerveja long neck.
Veio, em seguida quase à temperatura ambiente.
- Tivemos um probleminha no freezer e as garrafas não estão geladas, justificou o preocupado atendente.
- Farei o possível para gelar outras, disse o "pobre" rapaz.
-Não sei como, pensei, mas vou insistir.
Vieram os pedidos.
Bem apresentados, combinando com a beleza do local.
Avançei no camarão crocante. Macio, delicado e saboroso. No fundo da terrine havia um creme de gengibre com gotas de limão. Combinação adequada.
Em seguida espetei um naco de pescada empanada, que estava "quase" ao ponto.
M. J., se serviu de risoto de palmito.
Na primeira garfada, recuou.
- Como está esse risoto, perguntei?
- Vou pedir ao garçon para aquecer um pouco mais, disse ele, com um ar de contrariedade.
- Chefe de cozinha inexperiente, pensei...

Você sabia que Morretes possui um Iate Club? E, que este rio deságua na baia de Antonina, perguntei.
- Sim, respondeu ele. Alberto Franco Ferreira da Costa recebeu o título de sócio benemérito, na década de 60.
- É. Parece que nada mudou por aqui, desde aquela época...
Somente os alimentos, por interferência do homem.
Deu-me a nítida impressão de que o tempo kairós se fez mais intensamente naquele ambiente.
Mesmo pequena, Morretes tem história de desbravadores, combatentes e políticos. Uma das cidades mais antigas do Estado. Tem economia de subsistência mas falta a presença do Estado em seu extenso território.
Depois do almoço caminhei pelas estreitas ruas com pouco movimento.
- M. J., como estava seu barreado, perguntei.
- Estava assim, meio.....


Serviço:
Restaurante Empório do Largo
Largo Dr. José Pereira, 152
Fone ( 41) 3462-1190
Morretes - Paraná
Penso, caríssimo(a) leitor(a), que o Código de Posturas da cidade deveria proibir churrascarias próximas de colégios.
Ou impedir o funcionamento de colégios próximos de churrascarias.
Não combinam...
São opostos.
- (...)
- Porque digo isso?
Por que alunos em idade púbere consomem muito. Tem os sentidos do corpo dinâmicos e incontroláveis.
E também porque churrascarias fazem muita fumaça.
Imaginem vocês o drama dos petizes sentindo os aromas de uma costela assada, ou o de uma picanha ao ponto, ou um carré de carneiro na grelha perto das 12 horas, ou ainda ao cair da tarde?
Verdadeira tortura para as indefesas crianças.
Angustia para os pais.
Todos os dias, então...
Fui a um desses pontos de "conflito", a convite de Mme.M., e M.L..
Denominado Giro Máximo Grill, o atraente estabelecimento tem, para agravar tal conflito, uma vistosa vitrine com... costelas giratórias (foto).
Não há estudante que resista a qualquer hora do dia ou da noite.
Entrei e me ocupei da mesa 2, espaço para Não fumantes.
O atencioso garçon, objetivamente nos ofertou as bebidas.
- Mais tarde, argumentei.
Vieram, em seguida, as saladas.
Maionese, folhas coloridas, legumes conservados em salmoura, bananinhas à milanesa, e outros complementos mais.
Depois, as carnes.
Aquelas... que provocam desespero na vizinhança.
De boa qualidade, bem preparadas, macias, com adequados temperos.
Em especial o carré de carneiro.
Aproveitei como se estivesse cursando o segundo grau.
Pedí então uma jarra de limonada (R$ 7.00).
Uma água mineral com gás, pequena ( R$ 2.20).
Um refrigerante pequeno ( R$ 3.00).
Parei por aí por motivos óbvios.
Sorte a minha que as carnes não estavam salgadas.
Pela janela lateral observei as mães aflitas em busca de seus filhos.
Jovens se empurrando, correndo e muitos com olhares rapidos em busca da origem daqueles aromas...
- ?
- Vou defender a tese desse conflito com a administração municipal. Pensei.
E concluí:
-Dessa maneira evitaria crises e confusões que não nos dizem respeito mas que afetam a coletividade e o trânsito.
Distanciá-los (as churrascarias) para aproximá-los (os estudantes) ainda mais.
Estamos distantes ainda de resoluções subjetivas.
Enquanto isso os conflitos continuam.

Serviço:
Giro Máximo Grill
Rua Gonçalves Dias, 313, Batel.
Fone: 41- 3343-1011
De segunda a sábado, das 11:30h às 24h
Domingo, das 11:30h às 16:30h
- Alô?
- (...)
- Vamos sim. Pode passar agora?
- (...)
- Tchau. Te espero...

Era Mme. L., me convidando para dar uma volta em seu carro novo e jantar em algum lugar dessa cidade.
- Mais um automóvel novo em Curitiba?
- ?
- Não há espaço para mais nada nessas ruas congestionadas, pensei.
E nos restaurantes também. Concluí.
Deixei de lado as diversas indagações e pré-julgamentos e fui ao encontro marcado.
Decidimos, em fração de segundos, visitar o Schwarzwald - Bar do Alemão, depois de um rápido elogio ao possante e luxuoso veículo.
Chegamos.
Aguardamos poucos minutos.
Nos acomodamos na mesa 03, piso superior, em ambiente reservados para não fumantes.
Com um cardápio bem distribuído escolhemos nossos pedidos:
Batatas fritas, hapckpetter, e bratwurst.
Para beber, chopp submarino, e capirinha de vodka.
Conversa animada sobre o frio da cidade, sobre o afluxo de pessoas no restaurante escolhido e sobre o agradável e alegre ambiente.
(...)
Vieram os pratos.
Bem apresentados, e adequados no quesito "visual".
As bebidas, da mesma forma, corretas.
O chopp submarino é uma saudavel criação do Bar do Alemão. É composto por um caneco de 475 ml., e em seu interior é adicionado um mini copo de chopp com uma dose de stanheger.

Potencializa o teor alcoolico do chopp mas não interefere no sabor.
Aproveitamos aquele bom momento para rememorar fatos marcantes da juventude, até porque o ambiente é familiar e nos remete a lembranças de idades meio irresponsáveis.
O Bar do Alemão foi inaugurado em 1979, durante a realização da primeira Feira Anual do Largo da Ordem (criada e organizada por um dos grandes festeiros da cidade que é Rafael Greca de Macedo.)
Há 29 anos serve comidas alemãs adaptadas ao paladar dos curitibanos.
Cresceu, se expandiu, mas o clima de descontração permanece o mesmo.
Público jovem mesclado com outros já de cabelos grisalhos, dividem espaços de forma harmônica, alegre, e racional.

É bom ir no "schwartz" .

Serviço:
Bar do Alemão (Schwarzwald)
Endereço: Dr. Claudino dos Santos, 63, Centro
Telefone: (41) 3223-2585


Wolfgang Amadeus Mozart (Salzburgo, 27 de Janeiro de 1756 — Viena, 5 de Dezembro de 1791) foi um dos maiores compositores de música erudita de todos os tempos. Seu estilo inconfundível se destaca como o melhor desse segmento. Autodidata, começou aos 5 anos a escrever pequenos duetos e composições para piano. Mozart mergulhou todo o seu talento na vastidão desse mundo tão exigente que é o erudismo. Atingiu o limite do ser humano na arte da criação, através da música. E embala e encanta com sua obra, no céu e na terra.

Foi a 16 mil pés do nível do mar que ouvi a Ária para a Rainha Negra, passagem da magistral "A Flauta Mágica".


Um momento sublime!!!


Nesta tarde de sexta-feira o céu estava azul com as nuvens à meus pés.


A gentil chefe das comissárias de bordo da TAM, Mme. Raquel Jardim me ofertou o cardápio (triligüe) da classe Business.


Na página três as explicações iniciais sobre o azeite mediterrâneo e sua utilização na confecção dos pratos oferecidos a bordo, com a supervisão do restauranteur Issac Azar, responsável pela harmonização dos azeites monovarietais. Issac é o primeiro brasileiro a receber o titulo de "assaggiatore", concedido apenas aos maiores profissionais de azeite do mundo.


Depois de uma rápida leitura optei pelo seguinte:

Folhas verdes servidas com queijo de ovelha, tomates cereja e alcachofra acompanhados com azeite de oliva extra virgem frutado, de entrada;

Salmão ao molho de vinho branco acompanhado de arroz com açafrão e abobrinha grelhada, como prato principal e;

Torta de banana e chocolate ao molho de baunilha, de sobremesa.

Para acompanhar um Jacob's Creek Shiraz Reserve, produzido na Austrália.

A carta de vinhos da TAM é reduzida, mas criteriosamente selecionada para uma combinação harmônica com a refinada gastronomia ofertada. A seleção de vinhos é elaborada por Arthur Azevedo, consultor de vinhos da TAM e presidente da Associação Brasileira de Sommeliers, além de editor da revista Wine Style.

Expressada minha opção gastronômica, voltei a ouvir Mozart, agora com a passagem " A vingança do inferno cozinha no meu coração", numa magistral execução em violino pelo Grupo Uakiti, de Minas Gerais.

No tempo certo vieram, pela ordem: a entrada ( que estava delicada, suave e em perfeita combinação, incluindo uns pãezinhos aquecidos) ; o prato principal (com o salmão grelhado, em temperatura correta, aroma e tempero harmoniosos, com toque ao final de vinho branco combinando adequadamente com as abobrinhas), e por fim a torta de bananas com chocolate (dando um toque alegremente adocicado), seguido com a oferta de água gaseificada Perrier.

A deglutição típica foi célere.

Menor evidentemente do que a velocidade alcançada naquele momento (680 km/h).

A TAM dá mostras de competência e dedicação com seus clientes.

A eficiência e treinamento de seu corpo funcional - com mais de 23 mil pessoas - se traduz no atendimento.

Depois do pouso suave, aplausos, como se a plateia estivesse aplaudindo o final da execução de uma música de Wolfgang Amadeus Mozart.


SERVIÇO:

TAM - Transporte Aéreo Marilia


Qual o melhor lugar para se comemorar com correção o Dia da Pizza?
Resposta rápida:

- Em São Paulo!!!

Fui para lá nesta quinta-feira decidido a conhecer uma das melhores pizzas fora de Nápoles e Roma.

Não demorei muito para encontrar um local, no bairro Moema, onde a fama de boas massas já me haviam recomendado.

-É aqui, disse M. J., apontando para a Bráz Pizza Artesanal.
- ( ?!).
- Vamos conhecer, então, decidiu Mml. S., com ar de alegria.
Encontrei o primeiro obstáculo (foram dois) já à porta daquele "templo".
Os senhores fizeram reserva, perguntou o maitrê?
- Não!
-Mas viemos de longe para comer pizza, disse M. J..
- Aguardem alguns minutos que os conduzirei à uma mesa, disse ele, nos oferecendo o cardápio de entradas.
Nos acomodamos numa pequena e simpática mesa no jardim e M. J. pediu corniccione primo, que consiste em uma massa fina, com molho de tomates, alho, azeite e parmesão. Para acompanhar, três chopp "garotinho".

Veio o pedido.
- (?!)
Foi rapidamente consumido, provocando assim uma agradável euforia por causa da temperatura daquela noite, pela boa conversa e também pela delicadeza da massa.
O atencioso "maitrê", nos acomodou, em seguida, a uma das mesas internas.
Com os cardápios à mão, houve uma breve, mas intensa discussão... por causa das trinta e três opções de pizzas.

Por unanimidade foi pedido:

- Pizza Bráz ( recheada com fatias de abobrinha refogadas em alho e azeite de oliva, salpicadas de mussarela especial, gratinada com parmesão ralado) e Pizza Contadino ( recheada com mussarela especial com linguiça artesanal moída e sementes de erva doce). E, para acompanhar, vinho Terrazas de Los Andes, syrah, safra 2006, e água mineral São Lourenço.
Vieram... pelas mãos do garçon que de forma descontraída se apresentou como "sindico" da "casa".
- (...)
Levantamos um brinde à amizade, e avançamos objetivamente aos pedaços delicadamente acomodados em nossos pratos.
A massa e os complementos estavam harmoniosos, combinações perfeitas, com produtos pouco usuais como a abobrinha e a erva-doce.
Mesmo numa cantina paulistana tradicional o barulho das conversas, dos brindes levantados em outras mesas e os inevitáveis "parabéns à você", criam um ambiente familiar, descontraído, impedindo em alguns momentos diálogos mais sérios.

Mml.S., pediu, em seguida, mousse de chocolate e três colheres. Da mesma forma, foi consumido rapidamente, por causa da delicadeza e cremosidade.
Foi o encerramento solene de um jantar típico e alegre.
Desde que abriu sua primeira unidade, em 1998, a Bráz Pizza Artesanal busca resgatar as raízes da pizza. A massa tem 450 gramas e formato de círculo rústico com 35 centímetros de diâmetro, com centro mais afinado. A combinação é levada ao forno à lenha na temperatura de 400 graus. Atualmente, a Bráz tem três unidades em São Paulo e filiais em Campinas e no Rio de Janeiro.

O segundo obstáculo a que me referi acima ocorreu à saída do restaurante.
Uma viatura da Policia fazia plantão na rua, próximo dos restaurantes da região.

De forma até engraçada muitos comensais evitaram dirigir e se agruparam nas calçadas até a viatura se distanciar da frente do restaurante (por certo, para evitar o teste do bafômetro).

SERVIÇO:
Bráz Pizzaria Artesanal - Moema
Rua Graúna, 125
tel: (11) 5561.1736
Em domicilio: (11) 5561.0905
Horário de funcionamento: 18h30 até 0h30 (sex. e sáb. até 1h30).
Em domicílio: das 18h às 24h.
Formas de Pagamento: Dinheiro, cheque.
Cartões de débito: Redeshop, VisaElectron.
Cartões de crédito: Visa, MasterCard, Diners, American Express.
Estacionamento: Valet


Fui ao Design Center, nesta quinta-feira, ensolarada de inverno. Mais precisamente ao Spring Restaurante.

Já no estacionamento o gentil atendente me disse que havia um grupo de franceses acomodados nas mesas internas da "casa'.

Pensei em recuar, mas a minha intuição estava mais forte naquele horário do dia.

Segui a passos largos e me acomodei na mesa 01, bem próxima do espaço reservado ao buffet.

Ao meu lado direito, Mme. M, e ao meu lado esquerdo M.L..

O ambiente estava alegre, agradável, com quase todas as mesas ocupadas mas sem tumulto, ou muito menos barulhento ( como tem sido habitual na maioria dos restaurantes).

Convidei Mme. M. e M. L., para aproveitarmos o buffet.

Surpresa!!!
De antipasto: queijos roquefort, gouda, brie, e croissants, e pãezinhos....
No balcão, diversas saladas, caldos, massas, carnes, peixes e aves.
Todos os pratos ofertados, delicadamente confeccionados e com as devidas indicações. Corretos na apresentação.

Me servi de salada verde com tomates e alguns nacos de figos, abacaxi e a exótica carambola, além de salmão frio com molho de maracujá. Depois um raviole de frutos do mar ao molho de herbs du provence, e por fim um confit de canard.
M.L., se serviu de um risoto de frutos do mar, e legumes ao vapor e folhas verdes.
Mme. M., optou por também um risoto de frutos do mar, raviole de camarões e ... confit de canard.
Satisfeitos pelas generosas ofertas, nos acomodamos e aproveitamos aqueles alimentos.
- (!!!)
- Sabe porque há tantos franceses hoje, aqui?
- Alguma data especial, disse Mme.M.
- É. Faltam quatro dias para a data nacional deles, que revolucionou o mundo... disse, com ar pensativo.
E, conclui:
A queda da Bastilha, no dia 14 de julho de 1789, marca o início do movimento revolucionário pelo qual a burguesia francesa, consciente de seu papel preponderante na vida econômica, tirou do poder a aristocracia e a monarquia absolutista.
Poderia avançar mais.
Mas a massa e o pato estavam tão delicados que decidi interromper por aí mesmo.
M.L. me olhou com ar de indignação e me convidou para a sobremesa.
Avançei no crema catalana, (quase perfeito, se não fosse a ausência do crocante). Mme. M., se serviu de uma torta de maçã (descrita como correta) e M.L., um brownie com calda de chocolate quente.
O Spring Restaurante está localizado no andar térreo do Design Center, no coração do bairro Batel. É um local extremamente agradável, correto nos serviços e muda o cardápio a cada dia.
Serviço:
Spring Restaurante
Av. Batel, 1750
Telefone 41-3024-2032
Shopping Design Center entre a R. Francisco Rocha e a pracinha do Batel

Visitei Piçarras, no litoral de Santa Catarina, neste domingo.
Belíssima, limpa e com ar aristocrática por causa de suas construções, esta cidade balnearia leva esse nome por causa das rochas de argila que se encontram em seu sub-solo conhecidas como piçarra ou piçarro.
Limita-se ao norte com Barra Velha, ao sul com Penha, a oeste com Luiz Alves e Navegantes e a leste com o oceano Atlântico e faz parte da AMFRI, Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí.
No inverno a cidade cai para menos de 10 mil habitantes.
E, em função disso, poucos locais para comer.
(!!!)
Circulando sem rumo encontrei numa rua tranquila, no centro, há duas quadras da praia a Choperia General Küster.

- Aqui parece bem simpático, comentei com Mme.M., que imediatamente concordou com um balançar de cabeça.

Vi algumas mesas ocupadas na varanda.

Já no interior da "casa" me assentei na mesa 3, estratégica para observar melhor as pessoas, seus respectivos pedidos.

Na minha frente um belíssimo aquário com peixes ornamentais da espécie yellow tang e corais , propiciando uma sensação de calma e tranquilidade.

Ao meu lado esquerdo a atração do restaurante...
Uma vistosa chopeira, levemente "suada" como convém.

O gentil atendente, Sr. Márcio, me ofertou um cardápio eclético, de carnes, peixes e algumas opções da tradicional cozinha alemã.

Nos limitamos a um "Congrio grelhado com molho de camarões e alcaparras", ( R$ 44.80, serve duas pessoas) e dois chopp cristal, da Brahma, ( R$ 3.90, cada).

Enquanto esperávamos, ouvia-se ao fundo uma suave música de origem germânica e algumas conversas indescritíveis.

-Meu sexto sentido me diz que deveriamos pedir qualquer prato da cozinha alemã, disse para Mme.M.

-Estamos em viagem e a melhor opção é uma comida leve, que não provoque sono, emendou a educada senhora.

O atencioso garçon levou até uma mesa próxima à nossa um prato de "hackpeter" que me deixou atento. Com extrema habilidade ele promoveu a mistura do mignon moido com as especiarias, o azeite de oliva e mais o ovo cru, numa combinação extraordinária, mas ao mesmo tempo inoportuna para nós, pobres viajantes.

Numa outra mesa, "eisbein pururuca", que me fez estremecer. Numa outra ainda, "kassler"... enfim, era mesmo o reduto germânico.
Veio em seguida o nosso pedido:
- (?!)
No visual a quantidade seria suficiente.
Serví Mme. M., e em seguida me apossei de uma boa quantidade.
Nas primeiras garfadas pude perceber a delicadeza dos temperos e da manteiga. Pequenas alcaparras davam o tom, sem, no entanto, retirar o sabor do congrio e dos camarões em grande quantidade. Salsa e cebolinhas bem cortadas em tiras cobriam o arroz e as batatas cozidas no vapor.
-É uma combinação perfeita, comentei.
-Sim, afirmou Mme.M., com um leve soriso, com ar de aprovação.
E, assim prosseguimos, degustando, conversando e apreciando aquele ambiente aconchegante e familiar.
De sobremesa, nos foi ofertado fatias de Torta Alemã (R$ 5.80).
Pedi uma fatia e dois garfos dado o tamanho desproporcional do doce.
Também muito delicada na combinação de sabores e na expessa camada de chocolate.
Na saída, uma pequena vitrine com produtos da marca Küster.
Comprei um boné, (R$ 12.00) lembrando nosso "popular" presidente que manifesta satisfação pelos seus iguais.
Foi a maneira de agradecer tão gentil e acolhedor restaurante.

Serviço:
Choperia General Küster
Rua Vereador Ludgero Figueiredo, 40
CEP 88.380-000
Balneário Piçarras - SC
Fone: (47) 3345 1009
choperia@generalkuster.com.br

Os atores de Hollywood, Al Pacino e Keanu Reaves, fazem eficiente dupla em um dos filmes mais impressionantes sobre o comportamento humano.
A película a que me refiro é "O advogado do diabo".
Retrata a carreira de um promotor bem sucedido que jamais perdeu um caso. Um jovem com uma carreira brilhante, casado com uma linda mulher que, aparentemente, tinha tudo para ser feliz. No entanto, no meio do caminho, ele recebe uma proposta para trabalhar em um escritório de advocacia. E, sem perceber, estava entrando em uma grande armadilha em que sua vida profissional e seus anseios pessoais seriam colocados em xeque.
A vaidade - esse flagelo humano - fala mais alto e muda radicalmente a carreira desse promissor advogado, colocando-o frente à frente com o mal.
Não contarei o final do filme , caríssimo leitor, para não ser, também amaldiçoado mas, é um filme imperdivel, e deve ser assistido mais de uma vez.
Falando de filmes e vaidades, cheguei nesta sexta-feira de sol, ao Paraguassu Grelhados, por várias vezes recomendado por diversos conhecidos e frequentadores do local.
Simples, com mesas bem dispostas em três ambientes e algumas inclusive instaladas no lado externo da "casa", dando assim um ar... digamos, "light".
Me acomodei na mesa 02.
Pedi o cardápio.
Um jovem e rápido atendente me trouxe não um, mas três distintas cartas, a saber:
uma contendo as opções das comidas;
outra com breve carta de vinhos; e, a terceira, uma atraente opção de cervejas importadas com descrição sucinta das qualidades e sabores.
Havia três ofertas do dia:
Bife à rolê comTalharim; Virado à Paulista e, Fetuttine.
Optei por um Virado à Paulista (R$ 12.60).
Meu pedido foi seguido por M. L., e por Mme. M..
As jovens Mle.H. e Mle. A., pediram Bife à rolê com talharim(R$ 12:30 cada).
Voltei a falar sobre um dos sete pecados capitais que é a vaidade humana.
Percebi que estava derivando para temas inadequados para aquele ambiente descontraído.
Mudei o tema das conversas até a chegada dos pedidos.
Primeiro, veio até nós uma salada de repolhos (roxo e branco) e cenoura ralados sobre folhas de alface. À nossa disposição, vinagre balsâmico (acetato balsâmico) e azeite de oliva, corretos.
Em seguida os pratos solicitados.
O meu prato - virado à paulista - estava bem apresentado, quentinho, com aroma provocante. O visual bem disposto, da mesma forma que o bife à rolê com talharim das minhas acompanhantes.
Perguntei de forma impulsiva para Mme. M.:
- Virado à paulista acompanha ovo frito e bananinha à milaneza?
Antes dela responder e, de passagem, uma atenciosa atendente ouviu minha inquisição e também de pronto me questionou:
- O Senhor quer um ovo frito como acompanhamento?
Recusei - gesticulando com a cabeça - prontamente, pois, em fração de segundos percebi que o complemento seria acrescido ao preço inicial.
Mle H., falou baixinho:
- A massa está boa, da mesma forma que o bife. Mas, a quantidade é insuficiente...
Entendi que para jovens ainda em processo de crescimento, realmente a quantidade de alimentos é diminuta.
- Mas para adultos também, conclui.
- (?!)
Depois de algumas garfadas pedi mais uma bisteca grelhada (R$ 6.00), pois a primeira estava deliciosa mas também insuficiente para acompanhar o tutu e o arroz.
A gula - outro dos sete pecados capitais - também é condenável.
Mas, não era o caso para ser questionado naquele momento.
Ninguém, ali, naquele local, estava cometendo qualquer pecado. E, nem seria possível, já que os alimentos estava apenas suficientes.
Mle. H, pediu, de sobremesa, um correto pudim de leite (R$ 5.00). E Mle. A., um strogonoff de nozes, (R$ 5.00), que veio acondicionado em um copinho.
Paguei a conta e sai em silencio, pensativo...

SERVIÇO:
Restaurante Paraguassu Grelhados.
Endereço: Rua Machado de Assis, 525, Juvevê.
Horário: de 3ª a 6ª, das 11h30 às 15 horas; das 18 às 23 horas; sábado, das 11h30 às 23 horas; das 18 às 23 horas; domingo, das 11h30 às 16 horas. Reservas: (41) 3029-1020
Site: http://www.paraguassugrelhados.com.br/

Tenho pouca admiração pelos movimentos que antecedem a uma partida de futebol. Não que eu não goste de futebol.
Até gosto.
Mas o que me deprime são aquelas infindáveis discussões sobre a qualidade dos jogadores em campo, muitos "pernas de pau", alguns poucos criativos.
São discussões intermináveis, irracionais, que instigam paixões descontroladas e muitas vezes a agressões físicas.
- (???!!!)
Como sou radicalmente contra a violência - aquela irracional -, decidí visitar neste domingo de clássico do futebol daquí, algum local onde se busque de forma civilizada um mesmo objetivo:
prazer para os cinco sentidos.
Encontrei na Confeitaria Coeur Doulce, o que esperava nesta cidade de shoppings lotados.
Logo na entrada, de corredor estreito, uma vitrine com diversas tortas... vistosas, coloridas, altas, cobertas e recheadas.
Já no salão, ocupei a mesa 11, simpática, com vistas para a praça arborizada.

Antes porém passei ao lado de uma longa exposição de produtos que depois vim a saber tratar-se de buffet de "café colonial".
-?
Ao todo, a Coeur Douce oferece 18 tipos de tortas, além de "quindão", pudins, stroganoff de nozes, bolos de noiva e bolos infantis com tabuleiros decorados. Oferece também doces miudos, bombons de diversos tipos, salgados miudos fritos e assados.
A atendente me ofereceu o cardápio.
Diverso, variado com detalhes dos produtos oferecidos e seus preços correspondentes.
Pedí uma panqueca doce com morangos frescos e em calda, com nata e merengue (R$ 11.00).
Mme. M. ao meu lado, pediu panqueca de maçã aquecida com calda, canela e nata (R$7.50).

Depois de alguns minutos chegaram as encomendas acompanhadas com água gaseificada (R$ 2.80).
As panquecas foram apresentadas bem acondicionadas, decoradas e com visual extremamente atraente.
- Como está a sua panqueca? Perguntei à Mme. M., logo após as primeiras mordidas.
- Está delicada, quentinha, bem correta, exclamou ela.
- !!!
- E a sua, me perguntou Mme. M.?
- A minha panqueca parece mais uma taça de morangos com nata e merengue, disse. E, a massa está salgada.
- Você está muito critico, disse Mme. M., com ar de censura.
Não discordei dessa dura afirmação, até porque quase tudo estava correto. O diálogo, a temperatura ambiente, a musica suave ao fundo, o visual e o verde da praça onde se poderia observar a beleza e o encanto da cibipiruna e da quaresmeira.
- É. Concordei.
Fiz mea culpa e pedi a conta, apertando um botão afixado no meio da mesa, denominado call-service.
Demorou.
Levantei e paguei no caixa.

SERVIÇO:
Coeur Douce Confeitaria
Avenida Souza Naves esquina com rua Atilio Bório
Fone (41) 3262-5611
http://www.coeurdouce.com.br/
A inflação começou a dar o ar de sua graça por essas bandas!
Preocupa, porque afeta o bolso do pobre consumidor.
E, naturalmente, se reduz a frequência nos restaurantes.
Pior.
O susto quando vem a conta ativa a surpresa dos mais pacatos.
É uma pena, mas o nosso presidente-profeta já alertava para isso.
Não atento, fui nesse domingo à noite ao Waldo X-Picanha, do Alto da XV.
Estabelecimento bem conhecido e muito frequentado principalmente entre os mais jovens.
Ocupei uma mesinha proximo do balcão e da chapa onde se confecciona os diversos sanduiches e petiscos. Mesmo o mais eficiente sistema de exaustão não conseguiria impedir a impregnação do aroma das frituras nas roupas e nas partes expostas do corpo.
Pedi ao garçon um sanduiche denominado Waldo Chesse Burguer (R$ 6.00), composto por um pão redondo, um hamburguer, e uma fatia de queijo mozzarela. E também um chopp da Brahma de 300 ml (R$ 3.20).
Ao meu lado, Mme.M., optou por um Chesse Picanha (R$ 10.00) que consiste em um pão redondo, duas fatias de picanha cortadas em tiras, mais uma fatia de queijo mozzarela, molho de maionese, tomate e cebola picados e uma coca-cola(R$ 2.50).
O ambiente estava calmo e pude contar e rememorar locais agradáveis que estive em algumas viagens por este lindo país.
O chopp estava em temperatura ideal e dei sinal ao garçon para vir outro.
O cheiro de fritura estava incomodando, por causa do afluxo de novos pedidos.
Convidei Mml.M., para irmos a outros lugares, para, disfarçadamente, nos retirarmos.
Pedi a conta:
R$ 24.90, mais 10 por cento.
Paguei, acreditando pela primeira vez nas palavras do presidente.

Serviço:
Waldo X Picanha
Praça das Nações, 845. Alto da XV.
Fone (41) 3264-1772
De domingo à quarta-feira, das 11h até as 03h
De quinta-feira a sábado, das 11h até as 05h.
www.waldoxpicanha.com.br
Tenho uma informação bastante interessante para você atento(a)leitor(a).
A mortadela - aquele produto embutido que a maioria dos brasileiros não sabe exatamente o que contém- é um dos alimentos mais consumidos no Brasil.
Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), foram consumidas 300 mil toneladas do produto em 2006. Ano passado não deve ter havido redução. Pelo contrário. Segundo o nosso presidente aumentou o consumo de alimento e por isso pode haver inflação.
Bem, como a política não é o meu objetivo nesse espaço, vou-lhes contar que nesse domingo, fui ao Mercado Municipal, no Maia Box, para saber como se faz, ou se transforma um produto popular em um alimento requintado.
Cheguei às 10h com Mml. H., M.M.. e M. L.. Havia uma mesa especial, que me chamou a atenção.
-Essa está reservada para um grupo de alemães , disse o fiel garçon.
Nos acomodamos em outra bem na frente do balcão de atendimento.
Um outro gentil garçon nos atendeu com simpatia.
Pedimos: Um sanduiche de mortadela especial, que acompanha raiz forte e rúcula (R$ 7,00), um sanduiche de mortadela com queijo (R$ 7.00) e um sanduiche de mortadela com 150gr. ( a R$ 6.00). E mais, café com leite (R$ 3.00), suco de laranja (R$.3.00) e refrigerante (R$ 2.00), tudo isso por causa da hora do dia.

Antes de vir o meu pedido, chegaram os alemães. O primeiro, vestido de rei, com uma coroa na cabeça. Logo atrás, dois asseclas, devidamente paramentados. Mais um com chapéu de um dos Três Mosqueteiros. Enfim, um grupo muito alegre que se reune todos os domingos naquele mesmo local para beber, comer e se divertir.

- Fantasiados !!!
Acreditem.
Vieram os sanduiches.
- (?).
Aquecidos, ao ponto, com sabor e aroma inconfundíveis.
Os pães crocantes e macios.
Os recheios de mortadela Ceratti estavam quentinhos e os queijos derretendo.
Nas primeiras mordidas, alegria generalizada. E, outras mais. E, mais outras...
E foi assim até o consumo final, em poucos minutos.
O Maia Box, é um daqueles lugares que se pode encontrar produtos de boa qualidade, corretos na confecção e bebidas em temperatura ideal. Se oferece também um prato de resistência, diariamente, no almoço.
Paguei a conta e saí olhando para tráz para aquele grupo de senhores, com suas bochechas vermelhas, fantasiados em animadas conversas brindando alegremente a amizade e a vida.

Endereço:
Avenida Sete de Setembro, 1865, Box 40, Loja 07.
Fone: (41) 3362-9065
e-mail:
maiabox@pop.com.br
Horário de atendimento:
De terça a sábado, das 8h às 18h.
Domingo, das 8h às 13h.

- Tudo bem! Tudo bem!

- Me rendo a vossos apelos e concordo em ir à Festa da Saideira, disse de forma conclusiva para Mml. A, que havia me convidado, com certa insistência.

Combinei com Mme.M. e me toquei em direção a antiga estação de bondes de Curitiba, na avenida Visconde de Guarapuava esquina com a Barão do Rio Branco.

Local adequado com espaço suficiente para abrigar confortavelmente pelo menos duas mil pessoas. Os vinte bares concorrentes ao melhor petisco Bohemia, de Curitiba estavam lá representados em quiosques, com oferta dos respectivos produtos.

Entrei e recebí de uma gentil recepcionista um folder para pendurar no pescoço em forma de "bolacha" (daquelas que adequadamente devem ser colocadas como aparador de copos de chopp ou cerveja), contendo um mapa do local com explicações sobre a relação e localização dos bares concorrentes do concurso do melhor petisco, além da citação de toda a programação da festa.

Procurei um espaço para me acomodar, mas naquele horário de chegada, 19h, todas as mesas já estavam devidamente ocupadas pelos convidados.

Consegui cadeiras e me acomodei ao lado de Mme.M, Mml. A, e alguns convidados.

Em seguida fui em busca de uma cerveja sem antes passar pelo caixa onde troquei alguns reais pela moeda corrente - uma espécie de tarjeta com valores definidos (um, dois, e cinco).

Pedi uma Bohemia Confraria (R$ 6.00) que foi dividida em dois copos. Fria e adequada para a festa.
Fui em direção a um dos concorrentes - o Bar do Edmundo que inscreveu "bolinhos de camarão" (R$ 2,00 a unidade). Quentinhos, macios, delicados com aroma, sabor e alguns camarões. Foi, assim, consumido rapidamente por mim e por Mme. M.
Mme. E., me recomendou em seguida o "bolinho de mandioca com carne seca" do bar Casa Velha.
Não dei muita importância - de forma indelicada até - a sua recomendação porque estava mais interessado em outras ofertas.

No palco, o Trio Mocotó (Nereu "Gargalo", João Parahyba, e o multi-instrumentista Skowa) alegravam o público com suas canções.

Não satisfeito com o bolinho de camarão, me apressei em busca de alguns "bolinhos de carne" (R$ 1,00, a unidade) do Bar do Dante. Depois das primeiras mordidas descobri que com acréscimo de algumas gotas de molho de pimenta o tal petisco ganharia mais consistência em sabor. Fiz.
A partir daí ficou melhor, mas fui obrigado a sorver mais uma cerveja Bohemia, agora da qualidade Weiss (R$ 6,00), mais encorpada e sabor mais acentuado.

Por causa de grande afluxo de pessoas, decidí mudar de lugar, distante do palco onde se apresentavam os artistas.
Na mesa, Mml. A., nos apresentou mais um petisco: o do bar Paraguassú, que concorria com "ciranda de linguiça". Delicado e bem apresentado. Veio com rodelas de linguiça frita, alguns temperos e pimenta comari.

Perguntei para Mme.M:

- Quer provar outros petiscos?

- Sim, respondeu.

Tentei os tais bolinhos de mandioca com carne seca.

Não conseguí chegar perto do Bar Casa Velha por causa do aglomerado de pessoas, alegres ouvintes do Trio Mocotó.

Cheguei ao espaço do Bar Jacobina que se apresentou com "costelinhas de Adão" (R$ 7.00, quatro unidades). Tenras, saborosas, com uma espécie de molho barbecue, e sequinhas. São costelinhas de porco fritas com cobertura de côco ralado. Para mim, uma das fortes concorrentes.

Antes de apreciar os demais petiscos, o mestre de cerimônias anunciou a premiação:

Em primeiro lugar: Casa Velha, com "bolinho de mandioca com carne seca".

Pelos aplausos houve unanimidade na escolha.
Pensei:
-Porque não insistí em comer esses tais bolinhos campeões?!
Passada a cerimônia de premiação, subiu ao palco o grupo Mart'nália., que fez a festa.

Aquele espaço virou uma apoteose com todos os presentes dançando ao ritmo de sambas-canções, samba de raíz, vigorosa música brasileira da melhor qualidade. A filha do grande compositor Martinho da Vila (Isabel), completou com muita harmonia a festa do Boteco Bohemia.

Foi muito bem-vinda e encantou a todos com o ritmo que mais identifica e integra o povo brasileiro que é o samba. Grande intérprete, fez o público dançar até a meia noite.

Comi ainda, "testículos de touro", petisco do Bar do Ligeirinho, e por fim, mais umas "costeletas de Adão", do Jacobina.
Alegre e satisfeito tomei a saideira e fui embora, cantando "Cabide".
Serviço:
Bar do Edmundo
Avenida Erasto Gaertner, 1764, Bacacheri.
De segunda s sábado das 18h ás 24h. Fecha aos domingos.
Bar do Dante
Rua Conselheiro Carrão, 194, Juvevê
De segunda a sábado, das 07h às 23h. Fecha aos domingos.
Casa Velha
Rua Mateus Leme, 5981, Abranches
De segunda a sábado, das 10:30h às 02h.
Fecha aos domingos
Jacobina
Rua Almirante Tamandaré, 1365 - Alto da XV
De segunbda a sábado, das 11h´às 01h
Fecha aos domingos
Paraguassu
Rua Machado de Assis, 525 - Juvevê
De terça a sexta-feira, das 11:30h às 15h; das 18h às 23h; Sábado, das 11:30h às 23h. Domingo das 11:30h às 16h
Bar do Ligeirinho
Rua Carlos de Carvalho 120 - Centro
De segunda a sexta-feira, das 12h às 24h; sábado, das 11h às 24h.
Fecha aos domingos.












Você sabia, carissimo(a) leitor(a), que a tocha olímpica dos jogos da China, vai passar pela capital da América do Sul?
Caso afirmativo, vou-lhe fazer outra pergunta:
Sabe, obsequioso(a) leitor(a), onde fica a capital da América do Sul?
Se respondeu Buenos Aires, acertou.
Isso mesmo, atento(a) e assíduo(a) expectador(a). A tocha olípica vai circular pelos quatro cantos do planeta Terra, mas não irá passar pelo nosso querido Brasil.
Revoltado com esse lamentável acontecimento, aceitei o gentil convide de Mml. H, e seus colegas de profissão, M.P. e M.C., para comer no restaurante Tun Fang, que tem o mandarim como lingua mater.
O senhor Fang diz que o restaurante Tun Fang é "o melhor sabor da comida tipica chinesa", conforme consta em seu "folder".
Bem localizado no tradicional bairro das Mercês, o restaurante tem instalações que chamam a atenção pela beleza arquitetônica, em dois pavimentos. Clara e bem arejada, com acesso para deficientes.
Me acomodei numa das mesas do andar térreo, sem numeração, e partí para o buffet.
Apanhei um prato e em seguida dos talheres.
Me serví de arroz shop-suey, tempura de legumes, carne com brócolis e peixe empanado e dois rolinhos primavera.
A garçonete me ofereceu bebidas. Pedí uma água aromatizada.
Passado alguns minutos ela colocou à minha frente uma gelada coca-cola.
Não reclamei, pois estava sedendo.
Pensei:
-Tem algo de estranho nesse restaurante... presentí.
- (???)
Iniciei o processo de deglutição e... opa!
O garfo que apanhara estava completamente irregular, quase causando um perigoso acidente em minha delicada boca (vide foto).
Meus acompanhantes ficaram assustados.
Não reclamei como bom e educado comensal. Troquei o talher e prossegui.
Os alimentos estavam suaves. Corretos em essência.
Conversei sobre bons rótulos de vinhos chilenos, neozeolandeses, australianos, argentinos. Sobre ostras, marinados,e pizzas italianas.
Sobre mignons ao ponto e sobre o acrescimo de gotas de limão e laranja em molhos complementares.
Falei de sobremesas e sorbets...
Cai na realidade e decidi finalizar a refeição oriental com bananas caramelizadas.
Vieram ainda quentes com o caramelo em ponto de "puxa-puxa".
Concluí que se esperasse por alguns minutos mais, a tal sobremesa estaria adequada para consumo.
Paguei a conta (R$ 7.50, por pessoa, com buffet livre) e saí com a nítida impressão que os orientais de lá certamente não passarão por aqui por alguns motivos.

Serviço:
Restaurante Tun Fang
Alameda Prudente de Moraes, 175
Mercês
Fone: (41) 3353-9399

O sol brilhava intensamente neste ultimo domingo.
Pensei: À essa hora da tarde onde poderia comer um bom assado?
(...)
Concluí: Na Churrascaria Ervin!!!
Comuniquei minha decisão para Mme. M., para Mml. H., e para M. L..
- Iremos hoje na Churrascaria Ervin, avisei, alegre.
Vieram as reações:
- Teremos que esperar muito para sermos atendidos, e, de mais a mais, estou com meu estômago reclamando por qualquer alimento, declinou Mml. H.
- Domingo a fila é grande e não vai dar tempo de ir ao jogo de futebol por causa do horário... pontuou irritado M.L..
Pairou um silêncio avassalador.
- ...
- Mas irei com Mme.M. sentenciei, já que até aquele momento ela não havia esboçado qualquer reação em contrário.
- Quem quiser ir ao Ervin, que me siga, falei de forma terminativa.
Cheguei, ainda irritado pelas contradições e com uma "baixa".
Fui à recepção. Recebí a ficha número 55.

- QUARENTA E UM , falou o gerente com a voz já alterada...
- ?
Fiz alguns cálculos em silêncio.
-É. Pensei:
Vai demorar muito para sermos atendidos...
-Vou ficar, concluí teimosamente.

Para passar o tempo oferecí naquinhos de pepino azedo e uma "batida" de maracujá para Mme. M e para M.L., que até aquele momento haviam economizado palavras por causa da discutível decisão.

Passadas as divergências, decidí relaxar e observar as pessoas que aguardavam pacientemente seus respectivos chamados, as crianças correndo alegremente...
- CINQUENTA E CINCO, ouví!!!
- Somos nós, cutuquei Mme.M.
Caminhamos a passos largos para a mesa 11, à nossa disposição.
Nos acomodamos e veio o cardápio.
Rapidamente pedí uma alcatra ao ponto e seus complementos (R$ 43,00, para até três pessoas).
Antes, porém, a gentil garçonete trouxe uma terrina com mais pepinos em conserva e pães.
Observei que as demais mesas à nossa volta estavam ocupadas.
Intensa movimentação das garçonetes, criava um ambiente alegre, barulhento mas salutar, num vai-e-vem, em atendimento aos pedidos de comidas, bebidas, sobremesas, contas, etc.
Chegou enfim nosso aguardado pedido depois de alguns minutos mais de espera.
E a carne veio ao ponto, quente, suculenta, saborosa... a maionese delicada. A salada de cebola ainda pecando por muita acidez. E, os tomates complementavam a perfeita combinação.
A aprovação foi unanime.
A Churrascaria Ervin tem tradição de mais de 57 anos na arte de servir assados. Mantém o mesmo padrão há muito tempo, com a qualidade dos produtos e preço de acordo com a exigente clientela, principalmente aos domingos.
Tem padrão de eficiencia e atende as expectativas.
Conversamos amenidades e em paz.
Paguei a conta satisfeito e alegre torçendo para que o time de M.L., (que usa uma camisa com as cores vermelha e preta) ganhasse mais uma partida.

Serviço:
Churrascaria Ervin
Rua Mateus Leme, 2746
Centro Cívico - 82200-000
Fone (41) 3252-5347
Curitiba - Paraná
http://www.churrascariaervin.com.br/
Prossegui com a maratona de visita aos bares que estão concorrendo ao melhor petisco, promovido pelo Boteco Bohemia, a convite de Mml. A.
Segui pela conhecida avenida República Argentina e parei em frente ao número 1.300.
-É aqui?, perguntei para Mme. M..
-Sim, me respondeu com voz de surpresa.
Passada a primeira impressão, entramos na Sandwicheria República, juntamente com Mml. A., Mml. H., e Mme. L., que chegou em seguida.
Observei as fotos de uma Curitiba antiga afixadas nas paredes, alguns objetos ainda do século passado, a enorme coifa que aspira as fumaças dos assados e o movimento dos garçons.
Pedi uma cerveja Bohemia (R$ 4,80) que foi servida adequadamente pelo Sr. C. Em seguida o petisco concorrente: sanduiche de pernil,(R$ 7.50) para quatro, pois Mml. H., havia solicitado um sanduiche de picanha(R$ 7.50).
Vieram os petiscos.
- ...
-???
- Qual sua impressão, perguntei para Mml. A?
- Está bom, mas... disse, olhando para o pão d'água recheado com pernil.
-?
-Faltou sal, afirmei com pouca convicção!
-Sim, disse Mml. A, com a concordância das demais senhoras que me acompanhavam.
-Poderiam aquecer o pão antes de servir, emendou Mme. M.!
- ...
Pensei...
As criticas senhoras estão com os sentidos mais aguçados hoje.
Sobrou para o petisco concorrente da Sandwicheria República.
Votamos, pagamos e nos despedimos sem antes ouvir uma breve discussão entre o garçon que nos atendeu e o gerente:
- Não sabia que eram eles, disse o gerente.
-Mas pelo menos eu atendí bem, disse o garçon...
-???


Serviço:
Sandwicheria República
Endereço: Avenida República Argentina, 1300
Fone (41) 3029-2930
Atendimento de segunda a sábado das 11:30h até o ultimo cliente.
Sábado e domingo das 08:00 as 20:00h




Tive a oportunidade de apreciar alguns pratos feitos com bacalhau nestes dias que antecederam a festa que se comemora a saída dos Hebreus do Egito, e principalmente a festa da Ressureição.
O prato denominado "escondidinho" estava suave e saboroso. Foi elaborado com muito cuidado por Mme. M..
Outro, tradicional feito por Mme. E., desfiado, também estava delicado, mas com um leve acrescimo de sal, o que fez com que eu consumisse líquidos além do normal.
Outro ainda, com creme e em postas, elaborado por Mme.R., foi considerado "dos deuses" pelos convidados.
Todas estas distintas senhoras acima citadas fazem parte do meu estrito circulo de amizades e afinidades, numa clara alusão e demonstração de que sou uma pessoa de sorte.
Para consolidar de vez essa simples conclusão (de que sou uma pessoa de sorte), recebí, na ultima sexta-feira uma ligação telefônica no final da tarde:

- Simm! - Assim me expressei ao atender o celular.
-Quero convidar você e Mme. M., para - logo mais - comer uns bolinhos de bacalhau na Cantina Açores, e tomar cerveja Bohemia, disse do outro lado da linha Mml. A.
-Aceitamos sim, me adiantei e respondí.
Marcamos para as 19 h.
Nos encontramos, em seguida, no local e horários marcados.
Mml. A., me explicou que como jurada do concurso Boteco Bohemia, tinha a "dificil" tarefa de dar notas para petiscos inscritos na referida competição. E, a Cantina Açores havia inscrito os tais bolinhos de bacalhau.
Discretamente, como convém para essas ocasiões, pedí cerveja Bohemia (R$ 4,50) que veio correta na temperatura e servida como deve ser.

Em seguida os bolinhos de bacalhau (R$ 16.00, doze unidades).
Vieram nove quentinhos, crocantes, secos por fora e macios por dentro. Corretos, em essência. Mais três vieram em seguida.
Nosso comportamento chamou a atenção do proprietário, M. J.R., que se auto-apresentou e sentou-se entre nós.
Contou muitas histórias de vida, chegando inclusive a atrasar nossa séria avaliação.
E, falou algumas verdades...
- Se descobre as virtudes de um bom bar, pelo azeite de oliva e pelo molho de pimenta ofertados, disse.
-Concordei, pois estava diante de uma verdade...
Ele soube em seguida que estavamos avaliando seus petiscos. Nos deixou com longos agradecimentos, como bom português.
Nossa conversa voltou a girar em torno da competição.
Mml. A., me explicou que em cada um dos estabelecimentos participantes o público pode provar os petiscos concorrentes e conferir notas, que variam de 1 a 10, às categorias Melhor Petisco, Melhor Atendimento, Melhor Ritual de Servir Bohemia. As cédulas - que são distribuídas à entrada do bar também têm espaço para o público incluir o nome do seu garçom preferido. Os quatro itens serão avaliados por um júri secreto composto por especialistas e formadores de opinião em gastronomia ao longo do período de votação (13 de março a 1º de abril). Todo o processo é controlado pelo instituto Vox Populi e, ao final, ganha aquele que tiver a maior soma de pontos.
Antes de concluirmos a votação, Mme. A., me fez convite para apreciar o petisco concorrente dos bolinhos que é um sanduiche de pernil, na Sandwicheria República.
Marcamos para o dia seguinte, confirmando mais uma vez o que falei no inicio.
Serviço:
Cantina Açores
Rua Euzébio da Mota, 306. Juvevê.
Fone (41) 3027-3614

Fui ao Sheridan's Irish Pub, o mais tradicional bar irlandês de Curitiba, nesta terça-feira, para ouvir o grupo de rock'n'roll Jimmi Renda-se (Felipe, Henrique, Thiago e Paulo) tomar chopp, comer umas batatas irlandesas e algumas linguiças apimentadas. Noite atipica, pois havia um céu estrelado, mesas disponíveis no deck, pouco barulho, enfim, adequado.
Comentei com M.J., que esse aparente sossego poderá em breve ser rompido por causa de uma construção que irá sediar a primeira mega loja do Burgger King, na cidade,em frente ao tradicional pub.
- Esta aparente tranquilidade vai mudar logo, logo, comentei, profetizando...
- No que concordou M. J., com um leve balançar de cabeça que, em seguida, aconselhou um chopp leve.
- ...
Segui o sábio conselho e pedí chopp Sol, mais leve e com quase nenhuma reação orgânica no dia seguinte.
Resisti bravamente em pedir um Old Speckled Hem, ou o fortíssimo Guinness original, um Heineken ou até um Newcastle Brown Ale, ou ainda o Sheridan's, produzido com exclusividade.
O Sheridan's Pub possui a mais completa e diversificada opção de bebidas de Curitiba. Os garçons são atenciosos mas ainda mantem o hábito de servir chopp nas mãos, sem os anteparos, conhecidos como "bolachas".
O "chef de cuisine" circula de tempos em tempos para observar seus ávidos consumidores.
Enfim, uma rotina que propicia um ambiente alegre, descontraído, mas ao mesmo tempo introspecto.
Telões exibem cenas antológicas de "monstros sagrados" do Rock, num salutar estímulo e reverência ao que melhor foi produzido nas ultimas décadas.
O grupo Jimmi Renda-se faz sua parte com correção, evoluindo constantemente. Passam por magistrais sons de Jimmy Hendrix, Rolling Stones,The Beatles, Pear Jamm, Deep Purple, Iron Maiden...
- ???
- Me acorde, M.J., exclamei !!!
- Sabe quem eu ví passar ao meu lado, nesse instante? Disse aturdido...
- JANICK GERS e NICKO McBRAIN, dois IRON MAIDEN !!!.
- POR SAINT PATRICK, o que está acontecendo nesse pub ???
- Garçon!!!
- Corte de vez, meu chopp Sol, porque estou tendo delírios!!!
(...)
Passado o susto, confirmei.
Eram eles mesmos. Em carne e ossos, e cabelos muito compridos.
Iron Maiden, no Sheridan's...
Só em Curitiba, mesmo.
Nem acreditei, de inicio, porque conversava com M.J., sobre a qualidade das batatas servidas e a quantidade de pimentas num tipo de linguiça assada que foi nos servidas. E eis que surge na minha frente dois monstros sagrados do rock mundial. Eles se acomodaram num ambiente reservado no andar superior e lá conversaram descontraidamente com alguns poucos frequentadores da casa naquela noite de terça-feira.
A noticia correu rapidamente e pude perceber, na porta de entrada, o aglomerado de fãs tentando a todo custo chegar perto dos astros.
E, eu, alí, a uma sala de distancia do Iron Maiden.
Só em Curitiba, mesmo...

Serviço:
Sheridan's Irish Pub
Avenida Bispo Dom José,2315
Fone 41-3343-7779