Blog do Edson

Comentários sobre comidas, bebidas e afins.


Visitei Piçarras, no litoral de Santa Catarina, neste domingo.
Belíssima, limpa e com ar aristocrática por causa de suas construções, esta cidade balnearia leva esse nome por causa das rochas de argila que se encontram em seu sub-solo conhecidas como piçarra ou piçarro.
Limita-se ao norte com Barra Velha, ao sul com Penha, a oeste com Luiz Alves e Navegantes e a leste com o oceano Atlântico e faz parte da AMFRI, Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí.
No inverno a cidade cai para menos de 10 mil habitantes.
E, em função disso, poucos locais para comer.
(!!!)
Circulando sem rumo encontrei numa rua tranquila, no centro, há duas quadras da praia a Choperia General Küster.

- Aqui parece bem simpático, comentei com Mme.M., que imediatamente concordou com um balançar de cabeça.

Vi algumas mesas ocupadas na varanda.

Já no interior da "casa" me assentei na mesa 3, estratégica para observar melhor as pessoas, seus respectivos pedidos.

Na minha frente um belíssimo aquário com peixes ornamentais da espécie yellow tang e corais , propiciando uma sensação de calma e tranquilidade.

Ao meu lado esquerdo a atração do restaurante...
Uma vistosa chopeira, levemente "suada" como convém.

O gentil atendente, Sr. Márcio, me ofertou um cardápio eclético, de carnes, peixes e algumas opções da tradicional cozinha alemã.

Nos limitamos a um "Congrio grelhado com molho de camarões e alcaparras", ( R$ 44.80, serve duas pessoas) e dois chopp cristal, da Brahma, ( R$ 3.90, cada).

Enquanto esperávamos, ouvia-se ao fundo uma suave música de origem germânica e algumas conversas indescritíveis.

-Meu sexto sentido me diz que deveriamos pedir qualquer prato da cozinha alemã, disse para Mme.M.

-Estamos em viagem e a melhor opção é uma comida leve, que não provoque sono, emendou a educada senhora.

O atencioso garçon levou até uma mesa próxima à nossa um prato de "hackpeter" que me deixou atento. Com extrema habilidade ele promoveu a mistura do mignon moido com as especiarias, o azeite de oliva e mais o ovo cru, numa combinação extraordinária, mas ao mesmo tempo inoportuna para nós, pobres viajantes.

Numa outra mesa, "eisbein pururuca", que me fez estremecer. Numa outra ainda, "kassler"... enfim, era mesmo o reduto germânico.
Veio em seguida o nosso pedido:
- (?!)
No visual a quantidade seria suficiente.
Serví Mme. M., e em seguida me apossei de uma boa quantidade.
Nas primeiras garfadas pude perceber a delicadeza dos temperos e da manteiga. Pequenas alcaparras davam o tom, sem, no entanto, retirar o sabor do congrio e dos camarões em grande quantidade. Salsa e cebolinhas bem cortadas em tiras cobriam o arroz e as batatas cozidas no vapor.
-É uma combinação perfeita, comentei.
-Sim, afirmou Mme.M., com um leve soriso, com ar de aprovação.
E, assim prosseguimos, degustando, conversando e apreciando aquele ambiente aconchegante e familiar.
De sobremesa, nos foi ofertado fatias de Torta Alemã (R$ 5.80).
Pedi uma fatia e dois garfos dado o tamanho desproporcional do doce.
Também muito delicada na combinação de sabores e na expessa camada de chocolate.
Na saída, uma pequena vitrine com produtos da marca Küster.
Comprei um boné, (R$ 12.00) lembrando nosso "popular" presidente que manifesta satisfação pelos seus iguais.
Foi a maneira de agradecer tão gentil e acolhedor restaurante.

Serviço:
Choperia General Küster
Rua Vereador Ludgero Figueiredo, 40
CEP 88.380-000
Balneário Piçarras - SC
Fone: (47) 3345 1009
choperia@generalkuster.com.br

Os atores de Hollywood, Al Pacino e Keanu Reaves, fazem eficiente dupla em um dos filmes mais impressionantes sobre o comportamento humano.
A película a que me refiro é "O advogado do diabo".
Retrata a carreira de um promotor bem sucedido que jamais perdeu um caso. Um jovem com uma carreira brilhante, casado com uma linda mulher que, aparentemente, tinha tudo para ser feliz. No entanto, no meio do caminho, ele recebe uma proposta para trabalhar em um escritório de advocacia. E, sem perceber, estava entrando em uma grande armadilha em que sua vida profissional e seus anseios pessoais seriam colocados em xeque.
A vaidade - esse flagelo humano - fala mais alto e muda radicalmente a carreira desse promissor advogado, colocando-o frente à frente com o mal.
Não contarei o final do filme , caríssimo leitor, para não ser, também amaldiçoado mas, é um filme imperdivel, e deve ser assistido mais de uma vez.
Falando de filmes e vaidades, cheguei nesta sexta-feira de sol, ao Paraguassu Grelhados, por várias vezes recomendado por diversos conhecidos e frequentadores do local.
Simples, com mesas bem dispostas em três ambientes e algumas inclusive instaladas no lado externo da "casa", dando assim um ar... digamos, "light".
Me acomodei na mesa 02.
Pedi o cardápio.
Um jovem e rápido atendente me trouxe não um, mas três distintas cartas, a saber:
uma contendo as opções das comidas;
outra com breve carta de vinhos; e, a terceira, uma atraente opção de cervejas importadas com descrição sucinta das qualidades e sabores.
Havia três ofertas do dia:
Bife à rolê comTalharim; Virado à Paulista e, Fetuttine.
Optei por um Virado à Paulista (R$ 12.60).
Meu pedido foi seguido por M. L., e por Mme. M..
As jovens Mle.H. e Mle. A., pediram Bife à rolê com talharim(R$ 12:30 cada).
Voltei a falar sobre um dos sete pecados capitais que é a vaidade humana.
Percebi que estava derivando para temas inadequados para aquele ambiente descontraído.
Mudei o tema das conversas até a chegada dos pedidos.
Primeiro, veio até nós uma salada de repolhos (roxo e branco) e cenoura ralados sobre folhas de alface. À nossa disposição, vinagre balsâmico (acetato balsâmico) e azeite de oliva, corretos.
Em seguida os pratos solicitados.
O meu prato - virado à paulista - estava bem apresentado, quentinho, com aroma provocante. O visual bem disposto, da mesma forma que o bife à rolê com talharim das minhas acompanhantes.
Perguntei de forma impulsiva para Mme. M.:
- Virado à paulista acompanha ovo frito e bananinha à milaneza?
Antes dela responder e, de passagem, uma atenciosa atendente ouviu minha inquisição e também de pronto me questionou:
- O Senhor quer um ovo frito como acompanhamento?
Recusei - gesticulando com a cabeça - prontamente, pois, em fração de segundos percebi que o complemento seria acrescido ao preço inicial.
Mle H., falou baixinho:
- A massa está boa, da mesma forma que o bife. Mas, a quantidade é insuficiente...
Entendi que para jovens ainda em processo de crescimento, realmente a quantidade de alimentos é diminuta.
- Mas para adultos também, conclui.
- (?!)
Depois de algumas garfadas pedi mais uma bisteca grelhada (R$ 6.00), pois a primeira estava deliciosa mas também insuficiente para acompanhar o tutu e o arroz.
A gula - outro dos sete pecados capitais - também é condenável.
Mas, não era o caso para ser questionado naquele momento.
Ninguém, ali, naquele local, estava cometendo qualquer pecado. E, nem seria possível, já que os alimentos estava apenas suficientes.
Mle. H, pediu, de sobremesa, um correto pudim de leite (R$ 5.00). E Mle. A., um strogonoff de nozes, (R$ 5.00), que veio acondicionado em um copinho.
Paguei a conta e sai em silencio, pensativo...

SERVIÇO:
Restaurante Paraguassu Grelhados.
Endereço: Rua Machado de Assis, 525, Juvevê.
Horário: de 3ª a 6ª, das 11h30 às 15 horas; das 18 às 23 horas; sábado, das 11h30 às 23 horas; das 18 às 23 horas; domingo, das 11h30 às 16 horas. Reservas: (41) 3029-1020
Site: http://www.paraguassugrelhados.com.br/

Tenho pouca admiração pelos movimentos que antecedem a uma partida de futebol. Não que eu não goste de futebol.
Até gosto.
Mas o que me deprime são aquelas infindáveis discussões sobre a qualidade dos jogadores em campo, muitos "pernas de pau", alguns poucos criativos.
São discussões intermináveis, irracionais, que instigam paixões descontroladas e muitas vezes a agressões físicas.
- (???!!!)
Como sou radicalmente contra a violência - aquela irracional -, decidí visitar neste domingo de clássico do futebol daquí, algum local onde se busque de forma civilizada um mesmo objetivo:
prazer para os cinco sentidos.
Encontrei na Confeitaria Coeur Doulce, o que esperava nesta cidade de shoppings lotados.
Logo na entrada, de corredor estreito, uma vitrine com diversas tortas... vistosas, coloridas, altas, cobertas e recheadas.
Já no salão, ocupei a mesa 11, simpática, com vistas para a praça arborizada.

Antes porém passei ao lado de uma longa exposição de produtos que depois vim a saber tratar-se de buffet de "café colonial".
-?
Ao todo, a Coeur Douce oferece 18 tipos de tortas, além de "quindão", pudins, stroganoff de nozes, bolos de noiva e bolos infantis com tabuleiros decorados. Oferece também doces miudos, bombons de diversos tipos, salgados miudos fritos e assados.
A atendente me ofereceu o cardápio.
Diverso, variado com detalhes dos produtos oferecidos e seus preços correspondentes.
Pedí uma panqueca doce com morangos frescos e em calda, com nata e merengue (R$ 11.00).
Mme. M. ao meu lado, pediu panqueca de maçã aquecida com calda, canela e nata (R$7.50).

Depois de alguns minutos chegaram as encomendas acompanhadas com água gaseificada (R$ 2.80).
As panquecas foram apresentadas bem acondicionadas, decoradas e com visual extremamente atraente.
- Como está a sua panqueca? Perguntei à Mme. M., logo após as primeiras mordidas.
- Está delicada, quentinha, bem correta, exclamou ela.
- !!!
- E a sua, me perguntou Mme. M.?
- A minha panqueca parece mais uma taça de morangos com nata e merengue, disse. E, a massa está salgada.
- Você está muito critico, disse Mme. M., com ar de censura.
Não discordei dessa dura afirmação, até porque quase tudo estava correto. O diálogo, a temperatura ambiente, a musica suave ao fundo, o visual e o verde da praça onde se poderia observar a beleza e o encanto da cibipiruna e da quaresmeira.
- É. Concordei.
Fiz mea culpa e pedi a conta, apertando um botão afixado no meio da mesa, denominado call-service.
Demorou.
Levantei e paguei no caixa.

SERVIÇO:
Coeur Douce Confeitaria
Avenida Souza Naves esquina com rua Atilio Bório
Fone (41) 3262-5611
http://www.coeurdouce.com.br/
A inflação começou a dar o ar de sua graça por essas bandas!
Preocupa, porque afeta o bolso do pobre consumidor.
E, naturalmente, se reduz a frequência nos restaurantes.
Pior.
O susto quando vem a conta ativa a surpresa dos mais pacatos.
É uma pena, mas o nosso presidente-profeta já alertava para isso.
Não atento, fui nesse domingo à noite ao Waldo X-Picanha, do Alto da XV.
Estabelecimento bem conhecido e muito frequentado principalmente entre os mais jovens.
Ocupei uma mesinha proximo do balcão e da chapa onde se confecciona os diversos sanduiches e petiscos. Mesmo o mais eficiente sistema de exaustão não conseguiria impedir a impregnação do aroma das frituras nas roupas e nas partes expostas do corpo.
Pedi ao garçon um sanduiche denominado Waldo Chesse Burguer (R$ 6.00), composto por um pão redondo, um hamburguer, e uma fatia de queijo mozzarela. E também um chopp da Brahma de 300 ml (R$ 3.20).
Ao meu lado, Mme.M., optou por um Chesse Picanha (R$ 10.00) que consiste em um pão redondo, duas fatias de picanha cortadas em tiras, mais uma fatia de queijo mozzarela, molho de maionese, tomate e cebola picados e uma coca-cola(R$ 2.50).
O ambiente estava calmo e pude contar e rememorar locais agradáveis que estive em algumas viagens por este lindo país.
O chopp estava em temperatura ideal e dei sinal ao garçon para vir outro.
O cheiro de fritura estava incomodando, por causa do afluxo de novos pedidos.
Convidei Mml.M., para irmos a outros lugares, para, disfarçadamente, nos retirarmos.
Pedi a conta:
R$ 24.90, mais 10 por cento.
Paguei, acreditando pela primeira vez nas palavras do presidente.

Serviço:
Waldo X Picanha
Praça das Nações, 845. Alto da XV.
Fone (41) 3264-1772
De domingo à quarta-feira, das 11h até as 03h
De quinta-feira a sábado, das 11h até as 05h.
www.waldoxpicanha.com.br
Tenho uma informação bastante interessante para você atento(a)leitor(a).
A mortadela - aquele produto embutido que a maioria dos brasileiros não sabe exatamente o que contém- é um dos alimentos mais consumidos no Brasil.
Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), foram consumidas 300 mil toneladas do produto em 2006. Ano passado não deve ter havido redução. Pelo contrário. Segundo o nosso presidente aumentou o consumo de alimento e por isso pode haver inflação.
Bem, como a política não é o meu objetivo nesse espaço, vou-lhes contar que nesse domingo, fui ao Mercado Municipal, no Maia Box, para saber como se faz, ou se transforma um produto popular em um alimento requintado.
Cheguei às 10h com Mml. H., M.M.. e M. L.. Havia uma mesa especial, que me chamou a atenção.
-Essa está reservada para um grupo de alemães , disse o fiel garçon.
Nos acomodamos em outra bem na frente do balcão de atendimento.
Um outro gentil garçon nos atendeu com simpatia.
Pedimos: Um sanduiche de mortadela especial, que acompanha raiz forte e rúcula (R$ 7,00), um sanduiche de mortadela com queijo (R$ 7.00) e um sanduiche de mortadela com 150gr. ( a R$ 6.00). E mais, café com leite (R$ 3.00), suco de laranja (R$.3.00) e refrigerante (R$ 2.00), tudo isso por causa da hora do dia.

Antes de vir o meu pedido, chegaram os alemães. O primeiro, vestido de rei, com uma coroa na cabeça. Logo atrás, dois asseclas, devidamente paramentados. Mais um com chapéu de um dos Três Mosqueteiros. Enfim, um grupo muito alegre que se reune todos os domingos naquele mesmo local para beber, comer e se divertir.

- Fantasiados !!!
Acreditem.
Vieram os sanduiches.
- (?).
Aquecidos, ao ponto, com sabor e aroma inconfundíveis.
Os pães crocantes e macios.
Os recheios de mortadela Ceratti estavam quentinhos e os queijos derretendo.
Nas primeiras mordidas, alegria generalizada. E, outras mais. E, mais outras...
E foi assim até o consumo final, em poucos minutos.
O Maia Box, é um daqueles lugares que se pode encontrar produtos de boa qualidade, corretos na confecção e bebidas em temperatura ideal. Se oferece também um prato de resistência, diariamente, no almoço.
Paguei a conta e saí olhando para tráz para aquele grupo de senhores, com suas bochechas vermelhas, fantasiados em animadas conversas brindando alegremente a amizade e a vida.

Endereço:
Avenida Sete de Setembro, 1865, Box 40, Loja 07.
Fone: (41) 3362-9065
e-mail:
maiabox@pop.com.br
Horário de atendimento:
De terça a sábado, das 8h às 18h.
Domingo, das 8h às 13h.

- Tudo bem! Tudo bem!

- Me rendo a vossos apelos e concordo em ir à Festa da Saideira, disse de forma conclusiva para Mml. A, que havia me convidado, com certa insistência.

Combinei com Mme.M. e me toquei em direção a antiga estação de bondes de Curitiba, na avenida Visconde de Guarapuava esquina com a Barão do Rio Branco.

Local adequado com espaço suficiente para abrigar confortavelmente pelo menos duas mil pessoas. Os vinte bares concorrentes ao melhor petisco Bohemia, de Curitiba estavam lá representados em quiosques, com oferta dos respectivos produtos.

Entrei e recebí de uma gentil recepcionista um folder para pendurar no pescoço em forma de "bolacha" (daquelas que adequadamente devem ser colocadas como aparador de copos de chopp ou cerveja), contendo um mapa do local com explicações sobre a relação e localização dos bares concorrentes do concurso do melhor petisco, além da citação de toda a programação da festa.

Procurei um espaço para me acomodar, mas naquele horário de chegada, 19h, todas as mesas já estavam devidamente ocupadas pelos convidados.

Consegui cadeiras e me acomodei ao lado de Mme.M, Mml. A, e alguns convidados.

Em seguida fui em busca de uma cerveja sem antes passar pelo caixa onde troquei alguns reais pela moeda corrente - uma espécie de tarjeta com valores definidos (um, dois, e cinco).

Pedi uma Bohemia Confraria (R$ 6.00) que foi dividida em dois copos. Fria e adequada para a festa.
Fui em direção a um dos concorrentes - o Bar do Edmundo que inscreveu "bolinhos de camarão" (R$ 2,00 a unidade). Quentinhos, macios, delicados com aroma, sabor e alguns camarões. Foi, assim, consumido rapidamente por mim e por Mme. M.
Mme. E., me recomendou em seguida o "bolinho de mandioca com carne seca" do bar Casa Velha.
Não dei muita importância - de forma indelicada até - a sua recomendação porque estava mais interessado em outras ofertas.

No palco, o Trio Mocotó (Nereu "Gargalo", João Parahyba, e o multi-instrumentista Skowa) alegravam o público com suas canções.

Não satisfeito com o bolinho de camarão, me apressei em busca de alguns "bolinhos de carne" (R$ 1,00, a unidade) do Bar do Dante. Depois das primeiras mordidas descobri que com acréscimo de algumas gotas de molho de pimenta o tal petisco ganharia mais consistência em sabor. Fiz.
A partir daí ficou melhor, mas fui obrigado a sorver mais uma cerveja Bohemia, agora da qualidade Weiss (R$ 6,00), mais encorpada e sabor mais acentuado.

Por causa de grande afluxo de pessoas, decidí mudar de lugar, distante do palco onde se apresentavam os artistas.
Na mesa, Mml. A., nos apresentou mais um petisco: o do bar Paraguassú, que concorria com "ciranda de linguiça". Delicado e bem apresentado. Veio com rodelas de linguiça frita, alguns temperos e pimenta comari.

Perguntei para Mme.M:

- Quer provar outros petiscos?

- Sim, respondeu.

Tentei os tais bolinhos de mandioca com carne seca.

Não conseguí chegar perto do Bar Casa Velha por causa do aglomerado de pessoas, alegres ouvintes do Trio Mocotó.

Cheguei ao espaço do Bar Jacobina que se apresentou com "costelinhas de Adão" (R$ 7.00, quatro unidades). Tenras, saborosas, com uma espécie de molho barbecue, e sequinhas. São costelinhas de porco fritas com cobertura de côco ralado. Para mim, uma das fortes concorrentes.

Antes de apreciar os demais petiscos, o mestre de cerimônias anunciou a premiação:

Em primeiro lugar: Casa Velha, com "bolinho de mandioca com carne seca".

Pelos aplausos houve unanimidade na escolha.
Pensei:
-Porque não insistí em comer esses tais bolinhos campeões?!
Passada a cerimônia de premiação, subiu ao palco o grupo Mart'nália., que fez a festa.

Aquele espaço virou uma apoteose com todos os presentes dançando ao ritmo de sambas-canções, samba de raíz, vigorosa música brasileira da melhor qualidade. A filha do grande compositor Martinho da Vila (Isabel), completou com muita harmonia a festa do Boteco Bohemia.

Foi muito bem-vinda e encantou a todos com o ritmo que mais identifica e integra o povo brasileiro que é o samba. Grande intérprete, fez o público dançar até a meia noite.

Comi ainda, "testículos de touro", petisco do Bar do Ligeirinho, e por fim, mais umas "costeletas de Adão", do Jacobina.
Alegre e satisfeito tomei a saideira e fui embora, cantando "Cabide".
Serviço:
Bar do Edmundo
Avenida Erasto Gaertner, 1764, Bacacheri.
De segunda s sábado das 18h ás 24h. Fecha aos domingos.
Bar do Dante
Rua Conselheiro Carrão, 194, Juvevê
De segunda a sábado, das 07h às 23h. Fecha aos domingos.
Casa Velha
Rua Mateus Leme, 5981, Abranches
De segunda a sábado, das 10:30h às 02h.
Fecha aos domingos
Jacobina
Rua Almirante Tamandaré, 1365 - Alto da XV
De segunbda a sábado, das 11h´às 01h
Fecha aos domingos
Paraguassu
Rua Machado de Assis, 525 - Juvevê
De terça a sexta-feira, das 11:30h às 15h; das 18h às 23h; Sábado, das 11:30h às 23h. Domingo das 11:30h às 16h
Bar do Ligeirinho
Rua Carlos de Carvalho 120 - Centro
De segunda a sexta-feira, das 12h às 24h; sábado, das 11h às 24h.
Fecha aos domingos.












Você sabia, carissimo(a) leitor(a), que a tocha olímpica dos jogos da China, vai passar pela capital da América do Sul?
Caso afirmativo, vou-lhe fazer outra pergunta:
Sabe, obsequioso(a) leitor(a), onde fica a capital da América do Sul?
Se respondeu Buenos Aires, acertou.
Isso mesmo, atento(a) e assíduo(a) expectador(a). A tocha olípica vai circular pelos quatro cantos do planeta Terra, mas não irá passar pelo nosso querido Brasil.
Revoltado com esse lamentável acontecimento, aceitei o gentil convide de Mml. H, e seus colegas de profissão, M.P. e M.C., para comer no restaurante Tun Fang, que tem o mandarim como lingua mater.
O senhor Fang diz que o restaurante Tun Fang é "o melhor sabor da comida tipica chinesa", conforme consta em seu "folder".
Bem localizado no tradicional bairro das Mercês, o restaurante tem instalações que chamam a atenção pela beleza arquitetônica, em dois pavimentos. Clara e bem arejada, com acesso para deficientes.
Me acomodei numa das mesas do andar térreo, sem numeração, e partí para o buffet.
Apanhei um prato e em seguida dos talheres.
Me serví de arroz shop-suey, tempura de legumes, carne com brócolis e peixe empanado e dois rolinhos primavera.
A garçonete me ofereceu bebidas. Pedí uma água aromatizada.
Passado alguns minutos ela colocou à minha frente uma gelada coca-cola.
Não reclamei, pois estava sedendo.
Pensei:
-Tem algo de estranho nesse restaurante... presentí.
- (???)
Iniciei o processo de deglutição e... opa!
O garfo que apanhara estava completamente irregular, quase causando um perigoso acidente em minha delicada boca (vide foto).
Meus acompanhantes ficaram assustados.
Não reclamei como bom e educado comensal. Troquei o talher e prossegui.
Os alimentos estavam suaves. Corretos em essência.
Conversei sobre bons rótulos de vinhos chilenos, neozeolandeses, australianos, argentinos. Sobre ostras, marinados,e pizzas italianas.
Sobre mignons ao ponto e sobre o acrescimo de gotas de limão e laranja em molhos complementares.
Falei de sobremesas e sorbets...
Cai na realidade e decidi finalizar a refeição oriental com bananas caramelizadas.
Vieram ainda quentes com o caramelo em ponto de "puxa-puxa".
Concluí que se esperasse por alguns minutos mais, a tal sobremesa estaria adequada para consumo.
Paguei a conta (R$ 7.50, por pessoa, com buffet livre) e saí com a nítida impressão que os orientais de lá certamente não passarão por aqui por alguns motivos.

Serviço:
Restaurante Tun Fang
Alameda Prudente de Moraes, 175
Mercês
Fone: (41) 3353-9399

O sol brilhava intensamente neste ultimo domingo.
Pensei: À essa hora da tarde onde poderia comer um bom assado?
(...)
Concluí: Na Churrascaria Ervin!!!
Comuniquei minha decisão para Mme. M., para Mml. H., e para M. L..
- Iremos hoje na Churrascaria Ervin, avisei, alegre.
Vieram as reações:
- Teremos que esperar muito para sermos atendidos, e, de mais a mais, estou com meu estômago reclamando por qualquer alimento, declinou Mml. H.
- Domingo a fila é grande e não vai dar tempo de ir ao jogo de futebol por causa do horário... pontuou irritado M.L..
Pairou um silêncio avassalador.
- ...
- Mas irei com Mme.M. sentenciei, já que até aquele momento ela não havia esboçado qualquer reação em contrário.
- Quem quiser ir ao Ervin, que me siga, falei de forma terminativa.
Cheguei, ainda irritado pelas contradições e com uma "baixa".
Fui à recepção. Recebí a ficha número 55.

- QUARENTA E UM , falou o gerente com a voz já alterada...
- ?
Fiz alguns cálculos em silêncio.
-É. Pensei:
Vai demorar muito para sermos atendidos...
-Vou ficar, concluí teimosamente.

Para passar o tempo oferecí naquinhos de pepino azedo e uma "batida" de maracujá para Mme. M e para M.L., que até aquele momento haviam economizado palavras por causa da discutível decisão.

Passadas as divergências, decidí relaxar e observar as pessoas que aguardavam pacientemente seus respectivos chamados, as crianças correndo alegremente...
- CINQUENTA E CINCO, ouví!!!
- Somos nós, cutuquei Mme.M.
Caminhamos a passos largos para a mesa 11, à nossa disposição.
Nos acomodamos e veio o cardápio.
Rapidamente pedí uma alcatra ao ponto e seus complementos (R$ 43,00, para até três pessoas).
Antes, porém, a gentil garçonete trouxe uma terrina com mais pepinos em conserva e pães.
Observei que as demais mesas à nossa volta estavam ocupadas.
Intensa movimentação das garçonetes, criava um ambiente alegre, barulhento mas salutar, num vai-e-vem, em atendimento aos pedidos de comidas, bebidas, sobremesas, contas, etc.
Chegou enfim nosso aguardado pedido depois de alguns minutos mais de espera.
E a carne veio ao ponto, quente, suculenta, saborosa... a maionese delicada. A salada de cebola ainda pecando por muita acidez. E, os tomates complementavam a perfeita combinação.
A aprovação foi unanime.
A Churrascaria Ervin tem tradição de mais de 57 anos na arte de servir assados. Mantém o mesmo padrão há muito tempo, com a qualidade dos produtos e preço de acordo com a exigente clientela, principalmente aos domingos.
Tem padrão de eficiencia e atende as expectativas.
Conversamos amenidades e em paz.
Paguei a conta satisfeito e alegre torçendo para que o time de M.L., (que usa uma camisa com as cores vermelha e preta) ganhasse mais uma partida.

Serviço:
Churrascaria Ervin
Rua Mateus Leme, 2746
Centro Cívico - 82200-000
Fone (41) 3252-5347
Curitiba - Paraná
http://www.churrascariaervin.com.br/
Prossegui com a maratona de visita aos bares que estão concorrendo ao melhor petisco, promovido pelo Boteco Bohemia, a convite de Mml. A.
Segui pela conhecida avenida República Argentina e parei em frente ao número 1.300.
-É aqui?, perguntei para Mme. M..
-Sim, me respondeu com voz de surpresa.
Passada a primeira impressão, entramos na Sandwicheria República, juntamente com Mml. A., Mml. H., e Mme. L., que chegou em seguida.
Observei as fotos de uma Curitiba antiga afixadas nas paredes, alguns objetos ainda do século passado, a enorme coifa que aspira as fumaças dos assados e o movimento dos garçons.
Pedi uma cerveja Bohemia (R$ 4,80) que foi servida adequadamente pelo Sr. C. Em seguida o petisco concorrente: sanduiche de pernil,(R$ 7.50) para quatro, pois Mml. H., havia solicitado um sanduiche de picanha(R$ 7.50).
Vieram os petiscos.
- ...
-???
- Qual sua impressão, perguntei para Mml. A?
- Está bom, mas... disse, olhando para o pão d'água recheado com pernil.
-?
-Faltou sal, afirmei com pouca convicção!
-Sim, disse Mml. A, com a concordância das demais senhoras que me acompanhavam.
-Poderiam aquecer o pão antes de servir, emendou Mme. M.!
- ...
Pensei...
As criticas senhoras estão com os sentidos mais aguçados hoje.
Sobrou para o petisco concorrente da Sandwicheria República.
Votamos, pagamos e nos despedimos sem antes ouvir uma breve discussão entre o garçon que nos atendeu e o gerente:
- Não sabia que eram eles, disse o gerente.
-Mas pelo menos eu atendí bem, disse o garçon...
-???


Serviço:
Sandwicheria República
Endereço: Avenida República Argentina, 1300
Fone (41) 3029-2930
Atendimento de segunda a sábado das 11:30h até o ultimo cliente.
Sábado e domingo das 08:00 as 20:00h




Tive a oportunidade de apreciar alguns pratos feitos com bacalhau nestes dias que antecederam a festa que se comemora a saída dos Hebreus do Egito, e principalmente a festa da Ressureição.
O prato denominado "escondidinho" estava suave e saboroso. Foi elaborado com muito cuidado por Mme. M..
Outro, tradicional feito por Mme. E., desfiado, também estava delicado, mas com um leve acrescimo de sal, o que fez com que eu consumisse líquidos além do normal.
Outro ainda, com creme e em postas, elaborado por Mme.R., foi considerado "dos deuses" pelos convidados.
Todas estas distintas senhoras acima citadas fazem parte do meu estrito circulo de amizades e afinidades, numa clara alusão e demonstração de que sou uma pessoa de sorte.
Para consolidar de vez essa simples conclusão (de que sou uma pessoa de sorte), recebí, na ultima sexta-feira uma ligação telefônica no final da tarde:

- Simm! - Assim me expressei ao atender o celular.
-Quero convidar você e Mme. M., para - logo mais - comer uns bolinhos de bacalhau na Cantina Açores, e tomar cerveja Bohemia, disse do outro lado da linha Mml. A.
-Aceitamos sim, me adiantei e respondí.
Marcamos para as 19 h.
Nos encontramos, em seguida, no local e horários marcados.
Mml. A., me explicou que como jurada do concurso Boteco Bohemia, tinha a "dificil" tarefa de dar notas para petiscos inscritos na referida competição. E, a Cantina Açores havia inscrito os tais bolinhos de bacalhau.
Discretamente, como convém para essas ocasiões, pedí cerveja Bohemia (R$ 4,50) que veio correta na temperatura e servida como deve ser.

Em seguida os bolinhos de bacalhau (R$ 16.00, doze unidades).
Vieram nove quentinhos, crocantes, secos por fora e macios por dentro. Corretos, em essência. Mais três vieram em seguida.
Nosso comportamento chamou a atenção do proprietário, M. J.R., que se auto-apresentou e sentou-se entre nós.
Contou muitas histórias de vida, chegando inclusive a atrasar nossa séria avaliação.
E, falou algumas verdades...
- Se descobre as virtudes de um bom bar, pelo azeite de oliva e pelo molho de pimenta ofertados, disse.
-Concordei, pois estava diante de uma verdade...
Ele soube em seguida que estavamos avaliando seus petiscos. Nos deixou com longos agradecimentos, como bom português.
Nossa conversa voltou a girar em torno da competição.
Mml. A., me explicou que em cada um dos estabelecimentos participantes o público pode provar os petiscos concorrentes e conferir notas, que variam de 1 a 10, às categorias Melhor Petisco, Melhor Atendimento, Melhor Ritual de Servir Bohemia. As cédulas - que são distribuídas à entrada do bar também têm espaço para o público incluir o nome do seu garçom preferido. Os quatro itens serão avaliados por um júri secreto composto por especialistas e formadores de opinião em gastronomia ao longo do período de votação (13 de março a 1º de abril). Todo o processo é controlado pelo instituto Vox Populi e, ao final, ganha aquele que tiver a maior soma de pontos.
Antes de concluirmos a votação, Mme. A., me fez convite para apreciar o petisco concorrente dos bolinhos que é um sanduiche de pernil, na Sandwicheria República.
Marcamos para o dia seguinte, confirmando mais uma vez o que falei no inicio.
Serviço:
Cantina Açores
Rua Euzébio da Mota, 306. Juvevê.
Fone (41) 3027-3614

Fui ao Sheridan's Irish Pub, o mais tradicional bar irlandês de Curitiba, nesta terça-feira, para ouvir o grupo de rock'n'roll Jimmi Renda-se (Felipe, Henrique, Thiago e Paulo) tomar chopp, comer umas batatas irlandesas e algumas linguiças apimentadas. Noite atipica, pois havia um céu estrelado, mesas disponíveis no deck, pouco barulho, enfim, adequado.
Comentei com M.J., que esse aparente sossego poderá em breve ser rompido por causa de uma construção que irá sediar a primeira mega loja do Burgger King, na cidade,em frente ao tradicional pub.
- Esta aparente tranquilidade vai mudar logo, logo, comentei, profetizando...
- No que concordou M. J., com um leve balançar de cabeça que, em seguida, aconselhou um chopp leve.
- ...
Segui o sábio conselho e pedí chopp Sol, mais leve e com quase nenhuma reação orgânica no dia seguinte.
Resisti bravamente em pedir um Old Speckled Hem, ou o fortíssimo Guinness original, um Heineken ou até um Newcastle Brown Ale, ou ainda o Sheridan's, produzido com exclusividade.
O Sheridan's Pub possui a mais completa e diversificada opção de bebidas de Curitiba. Os garçons são atenciosos mas ainda mantem o hábito de servir chopp nas mãos, sem os anteparos, conhecidos como "bolachas".
O "chef de cuisine" circula de tempos em tempos para observar seus ávidos consumidores.
Enfim, uma rotina que propicia um ambiente alegre, descontraído, mas ao mesmo tempo introspecto.
Telões exibem cenas antológicas de "monstros sagrados" do Rock, num salutar estímulo e reverência ao que melhor foi produzido nas ultimas décadas.
O grupo Jimmi Renda-se faz sua parte com correção, evoluindo constantemente. Passam por magistrais sons de Jimmy Hendrix, Rolling Stones,The Beatles, Pear Jamm, Deep Purple, Iron Maiden...
- ???
- Me acorde, M.J., exclamei !!!
- Sabe quem eu ví passar ao meu lado, nesse instante? Disse aturdido...
- JANICK GERS e NICKO McBRAIN, dois IRON MAIDEN !!!.
- POR SAINT PATRICK, o que está acontecendo nesse pub ???
- Garçon!!!
- Corte de vez, meu chopp Sol, porque estou tendo delírios!!!
(...)
Passado o susto, confirmei.
Eram eles mesmos. Em carne e ossos, e cabelos muito compridos.
Iron Maiden, no Sheridan's...
Só em Curitiba, mesmo.
Nem acreditei, de inicio, porque conversava com M.J., sobre a qualidade das batatas servidas e a quantidade de pimentas num tipo de linguiça assada que foi nos servidas. E eis que surge na minha frente dois monstros sagrados do rock mundial. Eles se acomodaram num ambiente reservado no andar superior e lá conversaram descontraidamente com alguns poucos frequentadores da casa naquela noite de terça-feira.
A noticia correu rapidamente e pude perceber, na porta de entrada, o aglomerado de fãs tentando a todo custo chegar perto dos astros.
E, eu, alí, a uma sala de distancia do Iron Maiden.
Só em Curitiba, mesmo...

Serviço:
Sheridan's Irish Pub
Avenida Bispo Dom José,2315
Fone 41-3343-7779
Fazer um gostoso fuzzili é uma tarefa que requer certos cuidados. Primeiro, com a própria massa que deve ser tratada com carinho e ser composta por ingredientes selecionados. Segundo, porque exige um acompanhamento adequado, com molho suave - tipo rose -. E, ainda, como convém, deve ser servido com filet mignon empanado (ou à milaneza).
Seguindo esses passos bastante simples, decidi procurar algo parecido nesta cidade, com trânsito caótico!.
Lembrei que o Restaurante Fornão, oferece pratos corretos, bem apresentados e uma cozinha eficiente há pelo menos 34 anos.
Antes de me aventurar, telefonei e questionei o atendente sobre a disponibilidade de tal iguaria.
Solicitei a reserva de uma mesa e informei o horário que estaria presente.
Tudo combinado, cheguei acompanhado por M. L., e M.F., que devido a frequência assídua a restaurantes exibem saudaveis bochechas e apetites acima da média.
O ambiente estava sóbrio, com boa musica e toalhas de linho impecáveis. Havia também sobre as mesas diversas garrafas de vinho expostas e ofertadas aos comensais.
Nos acomodamos e nos foi servido crostinis, pães, creme de beringelas, umas torradas amanteigadas e bolinhas de manteiga. Bem apresentadas, que nos fizeram deliciar pelo visual e qualidade.
Em seguida, o prato encomendado!
"Fuzzili com mignon ao molho rosé" (R$ 57.00 bem servido para três pessoas) que veio acompanhado com arroz (?).
Os olhares fulminaram o prato antes mesmo de ser devidamente acomodado à mesa.
- (?!!!).
- Que tal? Perguntei ainda em dúvida quanto a combinação de sabores.
- Humm, balbuciou M.F, aflito aguardando a sua vez de ser servido.
- ...
O silêncio durou alguns minutos, rompido apenas por uma breve explanação de M.L., após as primeiras garfadas...
- Gostaria de morar na Itália para apreciar com mais frequência essas delicias !
- Concordei, de forma terminativa
E assim prosseguimos analisando as coisas boas dos países e que encontramos em Curitiba com alguma competência.
Pedimos creme de papaia com licor de cassis ( R$ 7.00), que veio correto e equilibrado.
Pagamos e retornamos quase "voando" para as atividades profissionais pelo tempo dispensado a esse almoço.

Serviço:
Endereço: Rua João Gualberto, 1697 Juvevê
Telefone: (41)3254-7724 / (41)3252-6272
Capacidade: 400 pessoas
Estacionamento: Próprio
Serviços: A la carte
Taxa de Serviço Área para Fumantes Acesso para Deficientes Reserva para Eventos Delivery
Funcionamento:
Diariamente das 11 às 14h30 e 18 às 23h30.

Quarta-feira, 6 de Fevereiro de 2008


Postado por Edson Vieira às 2:38 PM

"Na vida de um homem não há dois momentos de prazer parecidos, tal como não há duas folhas na mesma árvore exatamente iguais." Honoré de Balzac.

Nesses dias de carnaval oficial, aceitei o convite de M. J e Mml. S., para visitar novamente a charmosa e agitada Ilha de Florianópolis.
Seria algo como se eu buscasse alguma tranquilidade, alguma paz, tão rara em nossos dias.
Imaginar enorme congestionamento de veículos na pacata Ponta das Canas, por exemplo, poderia me fazer desistir de tão simpático convite.
Ou quem sabe, enfrentar uma longa fila de gordos banhistas avidos em degustar alguns camarões banhados em azeite.
(...???)
Mas, nada disso me demoveu da idéia de ir em frente.
Até porque "o homem começa a morrer na idade em que perde o entusiasmo." (Balzac).
- Vou levar vocês ao Restaurante Ostradamus Ribeirão - a casa das ostras -, disse M. J., com o qual concordamos de imediato.
Afinal, nem eu nem Mme. M, haviamos, até aquela hora do dia ingerido qualquer alimento por força e pressa do motorista que - saindo de Curitiba às pressas, parou em frente ao mercado municipal de Florianópolis, num ato até, digamos, incomum.
Alguns minutos depois já estavamos passeando e admirando as fachadas dos antigos casebres e construções portuguesas do século passado, do bairro Freguesia do Ribeirão da Ilha. Essa comunidade é um conjunto de edificações coloniais até hoje muto bem conservados pelos moradores do lado sul da Ilha.
A localidade - com forte vocação para a pesca - se tornou grande produtora de ostras do Pacífico cultivadas com alta tecnologia.
Na entrada do restaurante Ostradamus pude observar um enorme aquário contendo diversas ostras do Pacífico em estado de depuração em água cristalina e oxigenada por força das tubulações indutoras de ar.
Garçons experientes usando quepes, modelo capitão da marinha, nos deram as boas vindas e um deles nos conduziu para a mesa 29 que tem vista de frente para a lagoa e para a espaçosa cozinha.
Todas as mesas com tampo de vidro tem arranjos temáticos em seus interiores. A que nos acomodamos tinha a temática das diversas espécies de conchas marinhas nominadas pelas espécies cientificas por uma placa de identificação. O cardápio bilingue é apresentado em forma de pergaminho.
Para a entrada pedimos ostras in natura ( R$ 22.00 a duzia) e gratinadas com molho béchamel ( R$23.00), além de uma porção de pastéizinhos de camarão (R$ 15.00, com 10 unidades). As ostras in natura frescas - apresentadas em cuba com gelo - estavam corretas no sabor, temperatura e textura.
Acrescentei gotas de tabasco, cometendo uma heresia. Mas o pecado foi perdoado pela perfeição do produto. As gratinadas foram muito bem apresentadas provocando semblantes de alegria e, logo em seguida, de prazer, superando inclusive a temperatura excessivamente alta entregue à mesa. Os pasteizinhos de camarão foram insufucientes. Delicados, saborosos, mas reduzidos em tamanho. Em seguida pedimos filé de linguado grelhado com camarões grandes grelhados e champignon , acompanhado com arroz, pirão e batatas noisette (R$ 85.00, generoso em quantidade). Veio numa longa travessa com os produtos dispostos de maneira a que pudemos nos servir sem atrapalhos.
Àquela hora do dia o restaurante já estava com todas as mesas ocupadas, inclusive algumas dispostas no trapiche alí existente, utilizado pelos que chegam com embarcações.
Nossa conversa girou em torno da vida do grande escritor francês Honoré de Balzac e seus estranhos hábitos. Um deles era o de consumir dúzias e dúzias de ostras diariamente, no horário matinal.
- Nunca teve problemas de gota ou reumatismo, afirmei, sem muita convicção.
(...)
Pedimos cerveja por causa da hora e temperatura externa. Havia somente duas marcas, Bavária e Sol.
M. J., pronunciou... "Sol", ainda em dúvida por causa da pouca oferta.
A primeira não fez espuma. O garçon retornou com outra em temperatura e condições adequadas de consumo.
Menos inseguros consumimos outras sem muito entusiasmo.
Sobremesas não constam no cardápio.
Mas Mml. S., pediu um pedaço de pudim de leite, que tinha avistado no freezer de tampo transparente.
Pedimos café, pagamos a conta e voltamos a passear pelas estreitas ruas de Ribeirão da Ilha, lugar onde o tempo acompanha as suaves batidas das asas das gaivotas.
Homenageio Balzac pelas suas infindáveis virtudes e por sua grande espirituosidade com um rico diálogo que transcrevo abaixo:

Lady Astor: - Se você fosse meu marido, Winston, eu envenenaria o seu chá.
Winston Churchill: - Se eu fosse o seu marido, Nancy, eu tomaria esse chá.
Honoré de Balzac

Serviço: Restaurante Ostradamus Ribeirão
Rodovia Baldicero Filomeno 7640 - Ribeirão da ilha
De terça a sábado das 12 as 23 h
Domingo das 12 as 18 h
Fone - (48) 3337-5711
Site - http://www.ostradamus.com.br/
Florianópolis - S.Catarina
Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2008


Postado por Edson Vieira às 11:07 AM

Nestes tempos de calor e chuvas de verão nada melhor do que reunir pessoas que nos fazem bem e, em torno de uma mesa, ouvir relatos animados sobre as coisas da vida.
Pensando assim, fui para o Tartaruga Bar e Restaurante, endereço conhecido por toda a vizinhança do bairro Itupava e Alto da XV, e por todas as pessoas bem informadas.
Porque?
Por que lá se reunem jornalistas, empresários, trabalhadores, engenheiros, médicos, familias, casais etc., para comer, beber e falar amenidades.
Minha missão, além dessas, era outra, a saber:
Apreciar com ânimo uma "Matambre" que me havia sido confidenciada ser a melhor de Curitiba. Me contaram de forma sutil, balbuciada ao pé do ouvido, quase inaudível.
Me aguardavam numa apertada mesinha na entrada, M. J., M. E., Mml. M., e Mml. L..
Pedí uma cerveja e um copo.
Passado alguns minutos, sem observar qualquer movimento a favor do meu pedido, olhei para o frondoso balcão e lá estavam. À minha espera?!!
Entendí que alí não há formalidades.
Melhor assim.
Como o previsto, muita animação, conversas alegres, sorridentes, principalmente sobre política e suas trapalhadas.
Não havia reserva de mesa, portanto, tivemos que esperar até vagar uma no salão principal.
Nos acomodamos depois de algum tempo numa próximo da janela e fizemos os pedidos do jantar. - Matambre, disse Mr. J., dirigindo-se ao garçom, com olhos de extrema expectativa e testa franzida.
- Hoje não temos - disse a voz lacônica do atendente...
- ???
Em questão de segundos - olhares trocados - semblantes reduzidos, houve despontamento geral.
Recompostos depois daquela dura informação partimos para outras opções de assados.
Picanha, mignon com bacon, com os tradicionais complementos de saladas e um espeto de coração especialmente preparado para Mml. L.. Havia mais opções, inclusive costelinha borboleta, mas nos limitamos a tal decisão.
Porções adequadas, preparo, tempo e temperos na medida dos paladares. Repetimos a salada de feijão - que compete em qualidade com os demais pedidos.
As conversas voltaram mais animadas ainda, até porque a acústica do ambiente estimula uma tonalidade de voz acima do normal.
De repente um breve tumulto com pessoas aproximando-se da nossa janela nos chamando a atenção. Lá fora uma relusente GM Hummer acabava de estacionar causando vivo interesse para alguns.
Restabelecidos voltamos à rotina das nossas conversas esquecidos inclusive da ausência da Matambre.
Concordamos em retornar no inicio da semana ( e mais cedo) para apreciar tal iguaria.
Bar e Restaurante Tartaruga: Rua Itupava, 828. Telefone: 41 3262 0301
Horário: Segunda a sexta das 11 h às 14 h e a partir das 17h30. Sábado das 11h até 16h
Capacidade: 140 lugares
Quinta-feira, 22 de Novembro de 2007


Postado por Edson Vieira às 4:05 PM

Buenos Aires - Argentina.

O destino não poderia ser melhor nesse feriado da Proclamação da República.
Passear pelos pontos turísticos da capital mais europeia da América do Sul foi uma das melhores coisas registradas nesse período em que vivemos.
As praças muito arborizadas, os bairros tranquilos, os monumentos cuidadosamente limpos e suas fontes de água, as antigas fachadas dos prédios públicos. Nomes tão familiares como Recoleta, Belgrano, Saavedra, San Isidro, Palermo, 9 de julho, Tigre, Florida... E palavras tão suaves e gostosas que nos remetem a outros estímulos mentais e palatares como "media luna", viños, postres, empanadas, parrilla, jamon, e... bife de chorizo.
- !!!
Foi aí que, em frente a Casa Rosada decidí apreciar um autêntico assado argentino.
Onde?
No restaurante Las Lilas, em Puerto Madero, um dos pontos mais prósperos da capital.
Docas abandonadas deram lugar a um dos bairros portenhos mais aprazíveis e badalados. E onde estão reunidas amostras do que há de melhor da culinária platina.
Acompanhado por Mme. M., Mml T., e M. C., nos acomodamos na varanda (climatizada) do concorrido restaurante, com agradável vista para um dos canais despoluídos do Rio da Prata.
O couvert já nos surpreendeu pela correção: tomates secos, pimentões braseados, muzzarela, mantequilla e variedades de pães caseiros, aquecidos, parecendo sair do forno, com molhos ao pesto e vinagrete suave.
Pedimos de entrada: Ensalada Caprese com delicadas folhas de agrião e Ensalada Fría de Salmón Marinado.
Até esse momento, ainda surpresos pela atenção, correção e qualidade dos produtos servidos, pedimos o principal:
- Bife de chorizo, exclamei!
Veio "a punto", acompanhado por um bibelô afixado em uma das extremidades (uma vaquinha anunciando "estoy a punto"), muito espirituoso para aquele momento tão aguardado e solene. E papas fritas "estufadas", uma rara especialidade.
Ouvia-se um suave resmungar dos comensais ao meu lado.
- Humm.... hummm...
E, nesse espaço de tempo que parecia infinito agradeci aos céus pela generosidade em estar naquele espaço, naquele momento, enfim... de tudo de bom que estávamos apreciando.
Voltando à realidade, mas ainda inebriados pelo prazer, pedimos a sugestão de sobremesas, sabedores que os argentinos são grandes mestres também nesse segmento.
Meus acompanhantes pediram um "Festival da Casa", bem servido para duas pessoas que consiste em frutas da estação ao forno com sorvete de vanilla.
Pedi um "Crema Catalana", que é uma versão platina do creme brulée numa quantidade suficiente para dividir com Mme. M.
Fomos novamente aos céus, dessa vez ajoelhados, reverenciando aqueles manjares.
Refeitos novamente pedimos cafézinho e a conta.
Outra surpresa!!!
Trufas, lascas de cítricos açucarados, folhas crocantes de avelãs acompanhavam um autêntico café colombiano. Um verdadeiro festival para agradar os olhos e o paladar.
Pagamos e saímos caminhando como se estivéssemos flutuando pelo Rio da Prata.
Serviço:
Para realizar reservas:
Tel.: (54 11) 4313-1336
restaurant@restlaslilas.com.ar
Av. Alicia Moreau de Justo 516.
Puerto Madero.
Capital Federal.
Argentina
Quinta-feira, 4 de Outubro de 2007

Postado por Edson Vieira às 1:47 PM
Há lugares em Curitiba que recebem olhares mais atentos da divindade.
Cuidados especiais que se tornam templos até, onde deuses se reunem incólumes e alí praticam seus rituais mais secretos em pról dos mortais.
Um desses templos - o da gastronomia - atende pelo nome de restaurante Ile de France.
Comentei com Mme. M. e com M. J., que é dificil e de extrema responsabilidade escrever sobre as virtudes de lugares como o "Ile".
- Extrapola o conhecimento mediano e nos remete para o sentido da admiração, do silêncio e da meditação, pensei...
Fui na ultima quarta-feira a convite de M. J.
Dispensamos o serviço de recepção e nos acomodamos numa das poucas mesas disponíveis naquele dia, pois alí estava ocorrendo um winne dinner promovido por um grupo de enólogos de um clube da cidade.
Havia sentido a falta de meu óculos de leitura, mas, o olhar atento do garçon resolveu o pequeno incomodo me oferecendo um com as mesmas caracteristicas, facilitando, assim, a leitura do cardápio.
Coincidência?
- Não!
Há um preparo até para esses imprevistos.
Se não souber falar francês, não há problemas.
O cardápio é bilingue.
E, a música suave ouvida ao fundo, é universal.
Pedimos de entrada uma salada verde com coração de alcachofra passada no molho de mostarda de Dijon e camarões. Correta no tempero suave acompanhado com azeite extra-virgem.
Veio com delicadas torradas de gergelim, amanteigadas e azeitonas gregas.
Depois pedi um congrio rosa grelhado com alcaparras, acompanhado com bolinhos de batatas, macios, comme il faut.
Mme. M., pediu um filet mignon com molho madeira e M. J., um filet mignon com molho de mostarda. A carta de vinhos é restrita aos melhores franceses, italianos, alguns argentinos e chilenos. Pedimos um Argento, merlot, bem adequado.
Os pratos foram servidos no tempo certo, na temperatura certa e nas quantidades corretas.
Depois de algum tempo apreciando as delicadezas dos molhos, temperos, as carnes e o peixe, entremeados pelos toques de vinho, além de uma conversa bastante agradável, pedimos a sobremesa.
- Profiteroles para os três, disse.
Antes porém, Mme. Decqoc, a gentil sócia-proprietária, nos descreveu a forma de confecção do sorvete artesanal que acompanha a sobremesa.
- É feito com leite natural, creme de leite, açucar e ovos, explicou ela.
O profiteroles veio acompanhado com calda de chocolate aquecido.
Uma combinação perfeita e deliciosa.
Após as explicações e a degustação da sobremesa, brindamos o jantar, a companhia e a agradável acolhida e fomos para sala de recepção tomar um café.
Pairou no ar uma sensação de nobreza e fidalgia, próprio dos templos dedicados a cultuar as boas qualidades do ser humano.
Nos despedimos de M. e Mml. Decqoc com um até breve!
Serviço:
Restaurante Ile de France
Praça 19 de Dezembro, 538
Fone - (41) 3223-9962
Domingo, 9 de Setembro de 2007

Postado por Edson Vieira às 1:41 PM

Existe algumas verdades, alguns mitos e piadas sobre passar feriados em Curitiba.
Uma das mais engraçadas é veiculada a cada carnaval pelo José Simão, da Folha de S.Paulo.
Diz ele:
- Vou passar o Carnaval em Curitiba, o mais divertido do Brasil(sic), com minha namorada "naqueles dias"... (Como se sabe, sempre chove no carnaval por aqui e a festa de Momo, para nós, é uma grande piada.).
Pois bem.
Me lembrei do carnaval, neste inverno curitibano por causa do feriado prolongado de 7 de setembro. E, sem muita opção, convidei Mme. M. e Mme. L., para conhecer e apreciar a feijoada do Restaurante Maggiore, dentro do Parque Barigui.
O lugar é muito aprazivel, aconchegante e receptivo.
Nos acomodamos na mesa 27 - interna -, bem próximos de um cantor de musicas brasileiras.
Fomos com alguma pressa ao encontro do buffet.
Bem organizado, de forma a que as doze panelas de barro aquecidas à gás- cada uma com identificação de seu conteúdo - e mais outros recipientes, estivessem bem à mão dos comensais.
Minhas acompanhantes se deliciaram com o visual, com os ingredientes e se alegraram com as músicas.
Antes, porém, pedí uma caipirinha, que veio em seguida, generosa e equilibrada no sabor e temperatura.
Pude constatar a boa qualidade dos ingredientes usados nesse tradicional prato brasileiro. Me servi de arroz, feijão, costelinhas defumadas, paio, lombo, charque, bisteca grelhada e couve;
Mas...
O que fazia naquele espaço um recipiente com aipim cozido?
- ???
Olhei para os lados tentando encontrar alguém que acalmasse a minha aflição pelo inusitado.
Não encontrei, em fracção de segundos, ainda conseguindo segurar o meu prato, alguém capaz de estancar minha dúvida...
Passado o susto - e sem resposta - retornei para a mesa incrédulo.
Respirei fundo e aproveitei a agradável companhia, os alimentos, as bebidas e a música.
E, mais tarde, os doces, generosos e delicados.
Olhei para o visual externo.
O lago, as pessoas caminhando, as crianças brincando, o sol de inverno...Inverno???
Eu estava transpirando... Um calor de mais de 28 graus nessa época!!!
Ninguém, fora da cidade iria acreditar se eu contasse que o calor estava insuportável!
Dentro e fora do Restaurante Maggiore a temperatura estava anormal.
Pagamos a conta e fomos "pegar um bronze".
Caminhei olhando para tráz pensando naquele misterioso prato de aipim cozido no meio da feijoada...

Serviço: Restaurante Maggiore
Fone/Fax - 41-3335-3533
Buffet de feijoada a R$ 23.00 aos sábados
Site: http://www.maggioreeventos.com.br/
Sábado, 25 de Agosto de 2007

Postado por Edson Vieira às 3:56 PM

A semana foi quase sem emoções...
Então sexta-feira decidi enfrentar alguns perigos e novas sensações e parti para uma churrascaria que tem como proposta desafiar os menos avisados sobre o que se oferece.
Ou pelo menos é o que se entende, lendo o folder da "casa".
Diz assim:
..."Bem vindo ao melhor".
Onde?
Na Churrascaria La Ventura - Carnes e Massas.
(!!!???)
No folder oferecem: Javali, codorna, carneiro, costela, alcatra, filet, queijo de Minas, sushi, sashimi de tilapia (para nenhum oriental por defeito e nunca mais brigar pelos atuns) doze tipos de massas variadas, doze pratos quentes e..., quarenta tipos de saladas.
Isso mesmo que você acabou de ler...
Quer mais emoção do que isso, caríssimo leitor???
Enchi meu peito de ar e entrei, tendo ao meu lado Mr. F., e Mr. N., Nos acomodamos na mesa 02 onde Mr. J., nos aguardava e já aproveitando umas asinhas de frango levemente cobertas com alho e polentinhas crocante.
Ainda sem os pratos à mesa, fomos imediatamente assediados pelos fieis garçons e seus inseparaveis e atraentes espetos.
Nem foi necessário acionar o Sim e Não (lembram?) pois fizemos um acordo previo com os serviçais:
"Somente depois de nos servimos do buffet é que aceitariamos as carnes e massas."
Negócio fechado, fomos contar as saladas...
Atraentes, vistosas, frescas, acompanhadas de diversos molhos, azeites de oliva originais, vinagres aromáticos, queijos dos tipos provolone, gorgonzola, e parmesão de boa procedência e alguns pratos quentes como o usual strognoff, o arroz, a farofa, rabada e algum caldo indecifravel.
De volta à mesa, me arrisquei num conchiglione com molho de maçã - muito correto na combinação e na leveza da massa. Depois, uma lasca de pernil de carneiro com molho de hortelã. Aromático e macio.
Em seguida, um espeto de alcatra com bacon que, já na primeira tentativa, desistí pela rigidez.
Meus acompanhantes, ainda meio atordoados pela quantidade de ofertas no buffet, arriscavam um ou outro Sim e Não das carnes.
Mr. J., continuava a consumir nacos e mais nacos de tilápia crua misturada com shoyu e wassabi (que além de temperar tem a função de anti-bactericida).
E a conversa transcorreu alegre até o final da aventura.
O preço de R$ 10.90, mais 10%, atrai a todos. Mas somando aos possíveis refrigerantes ( R$ 3,08, cada),e outros líquidos chega-se pelo menos ao custo de R$ 15,07, sem as atraentes e insonsas sobremesas.
Esse preço é válido de segunda a sábado. No domingo aumenta a frequência e o preço.
Serviço:
Churrascaria La Ventura - Carnes e Massas
Rua Comendador Franco, 3935. Fone (41) 3267-5377
Estacionamento, e salão para 280 pessoas
Marcadores: , , , ,

2 comentários:
Anônimo disse...
Muito dez, o comentário foi preciso, Mr. E é expert na culinária, Mr. F um comilão de prima e Mr. J. não deixa resto... foi um rango e tanto, sem falar da companhia dos amigos de relação. Parabéns pelo Blogão... Mr. N.
27 de Agosto de 2007 17:04
Anônimo disse...
Acho que o Sr, exagerou na escrita o local não é tudo isso. Pode até ser bom, mas tem algumas falhas estruturais e comportamentais que precisam ser trabalhadas pelo dono do local. Achei seu comentário um tanto quanto.......
Sábado, 11 de Agosto de 2007

Postado por Edson Vieira às 8:34 PM

Então perguntei para Mme. M.:
- O que você gostaria de comer hoje?
Ela me respondeu:
- Uma boa massa, leve, temperada com ervas e quem sabe acompanhada com carne!!!
- ???
Onde poderia achar isso em Curitiba, nesta fria terça-feira à noite? Pensei, dirigindo sem rumo...
- Ah! Vamos conhecer a Cantina Jacobina, me sugeriu, contente por ter lembrado desse novo espaço gastronômico da cidade.
- Sim
(...)
Chegamos ao local às 19:30h.
Com mesas ainda disponíveis pela hora escolhida, nos acomodamos perto da 208, a mais simpática delas.
Nosso pedido: Saltimbocca ala Romana ( uma alcatra empanada com presunto de parma e sálvia, acompanhada de spaguetti ao sugo), a R$ 15,00, para Mme.M., e, Fettucce la Traviata ( massa caseira cortada à mão com abobrinhas, cebola, salsa crespa,tomate cereja e presunto parma), a R$ 15,00 para mim.
Pedi também um vinho Bodega Vieja, cabernet sauvignon, chileno, (R$ 19,90) para acompanhar os pratos. Ouvimos uma boa música eletrônica ao fundo. Observamos as várias peças antigas que faziam parte de nossa rotina de décadas atrás, tais como máquinas de escrever, moedores de café, quadros com fotos, radios e vitrolas, etc..., numa atmosfera de sensível familiaridade.
Os pedidos vieram dentro do tempo previsto. Quentes, aromáticos e... saborosos. Massa delicadamente macia, combinanda com os legumes que a acompanhava. Perguntei para Mme. M., se seu pedido estava correto.
Ela me respondeu num balançar de cabeça, sem poder, naquele instante, expressar qualquer palavra... compreensivelmente.
Mesmo no entra-e-sai de casais e familias inteiras, havia um silencio respeitoso, como convém.
Aproveitamos aqueles momentos agradáveis, entremeados pelas garfadas e sorvendo bom vinho, em conversa harmoniosa. Dispensamos a sobremesa, farta em opções, com a promessa de retornarmos, e na expectativa de ocuparmos a simpática e aconchegante mesa 208.

Serviço:
Cantina Jacobina. Rua Itupava, 1.094.
Fone (41) 3078-0010
Atende almoço e jantar.
Fecha domingo.
Domingo, 5 de Agosto de 2007

Postado por Edson Vieira às 11:12 PM
Existem muitas churrascarias em Curitiba.
Algumas bem tradicionais.
Outras muito caras.
Outras ainda funcionando 24 horas.
Fui numa que atende 12 horas apenas, todos os dias, batizada de Costelão do Gaucho.
Me acomodei na mesa 01, entendendo ser o local onde não seria importunado pelo entra-e-sai de pessoas, distante dos banheiros mas... ao lado dos freezers de refrigerantes e cervejas.
(!!!?)
- Numa churrascaria onde se pode acomodar 250 pessoas ao mesmo tempo não há muito espaço tranquilo, concluí, em silencio, pensativo.
Enfim, nem tudo é perfeito.
Veio o garçom oferecendo as bebidas.
Fiz os pedidos.
Costela para três - disse gentilmente Mr. N., no que foi acompanhado por um balançar de cabeça de Mr. F, os dois que me acompanhavam nesse encontro.
Pedimos água tônica (R$ 2,50 cada) porque a hora era propícia para tal, que veio em temperatura bem adequada.
Vieram as carnes.
Os três primeiros pedaços delicadamente acomodados numa tábua de pinus estavam ... - como poderia dizer - , humm!!! suculentos, macios, deliciosos.
Acabamos rapidamente com eles, sem ter-nos percebido a presença das folhas com tomates, da maionese, das polentinhas bem crocantes, e das cebolinhas ao vinagrete.
Pedimos mais três pedaços.
- Iguais às primeiras, balbuciei.
- E mais três, foi a vez de Mr. N.
E assim foi sucessivamente, até nos darmos por satisfeitos.
Concluimos então que foi tudo muito bom, exceto a falta de um azeite de oliva original, pedido na entrada, e discretamente trocado pelo garçon por um azeite composto de não-sei-o-que.
Único ponto discordante para quem quiser comer uma boa costela.

Serviço: Churrascaria Costelão do Gaúcho
Rua Mateus Leme.Fone (41) 3254-5265