Blog do Edson

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Guerra é guerra, que no final, ninguém sai ganhando. 

Que digam os combatentes da Alemanha, e os aliados, a Gran Bretanha, França, Estados Unidos e Itália e outros países  envolvidos no combate de 1914 até 1919,  causando hostilidade  entre as potências europeias, suas colônias e aliados ao redor do mundo e culminando com a rendição da Alemanha e a assinatura do Tratado de Versailles. O documento de rendição entrou em vigor em 10 de janeiro de 1920, colocando um ponto final nas hostilidades iniciadas em 1914 entre as potências europeias. O tratado devolveu a paz ao Continente e determinou que a Alemanha arcasse com todos os prejuízos causados pela guerra, principalmente as perdas financeiras. 

A ultima parcela foi quitada recentemente, em outubro de 2010. 

Os alemães o chamaram de “Ditado de Versalhes”, já que não houve nenhuma possibilidade de o país negociar as condições para a paz definitiva, gerando um sentimento de derrota e de humilhação em toda a população alemã, além de intensa crise econômica e social naquela época.

Uma das penalidades impostas aos alemães foi a devolução do território da Alsácia Lorraine para a França. Esta área havia sido anexada ao território alemão durante a guerra franco-prussiana, em 1870-1871. Além de outras mais.

Mas porque digo isto, paciente leitor (a). Porque especialmente a região da Alsácia é extremamente rica em história, cultura e economia. Sua gastronomia deu ao mundo notáveis experiências tais como o quiche lorraine e a famosa tarte flambée, além dos incomparáveis vinhos.

Muito antes desse conflito, conhecido como a primeira guerra mundial - três séculos antes -  o estadista, religioso e escritor frances  Jean-François Paul de Gondi, Cardeal de Retz (território austríaco) teria sido o mentor intelectual da criação de uma torta (Kuchen) alemã, salgada, e conhecida posteriormente como quiche.

Outra criação originária da Alsácia, a famosa tarte flambée é atribuída aos camponeses da idade média, que aproveitavam o calor dos fornos usados para assar pães e tostavam essas deliciosas massas finas. Surgia assim as kurchen tradicionais desses povos muito trabalhadores.

E assim, com muita criatividade são produzidas ao redor do mundo.

Passeando pela CasaCor, em Curitiba,  - espaço que reúne o que há de melhor em projetos de arquitetura, e decoração -  descobri um charmoso café, denominado Brod Bakery, instalado no primeiro andar, ao lado da loja Coisas de Família. Vitrine com distribuição de doces e salgados atraíram minha atenção. Cardápio com opções racionais me orientou a pedir uma quiche lorraine de bacon e cebolas caramelizadas. E, um capuccino cremoso. Mme T. de Grein Valente que me acompanhava pediu uma quiche de alho poró. 

Dialogamos sobre a ambientação, a iluminação e a correta aplicação das cores daquele espaço – produzido pela Quadrat Arquitetura. 

Vieram os pedidos.

- Como está sua quiche, perguntei para a senhora Grein Valente.

- Está quentinha, suave e delicada, me respondeu com ar de felicidade.

A minha estava correta na textura e sabor, com a crocância do bacon e a leve doçura da cebola caramelizada. E, aos poucos consumi aquela torta original da região da Alsácia, de forma cadenciada, intercalada com a interpretação oportuna do diálogo amistoso.

A Brod Bakery é uma padaria artesanal que se lançou no competitivo mercado em meio a pandemia. Tem um forte diferencial que é a qualidade e bom gosto de seus produtos. A parceria com a Quadrat Arquitetura, no espaço CasaCor foi uma pequena mostra deste êxito.


SERVIÇO

BROD BAKERY

Espaço CasaCor – 1. Andar

rua Álvaro Alvin, 91 - Curitiba - Pr.

@brodbakerycuritiba