Blog do Edson

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 Inicialmente o lacaio (um tipo de serviçal) tinha a função de correr ao lado dos cavalos ou carruagens dos patrões, e, depois, passou a servir a mesa.

 Alguns espetáculos eram muito aguardados pelos convidados, quando, antes dos banquetes surgia algum mordomo chefiando um pequeno exército de lacaios, fardados impecavelmente. 

Estes tinham a função de atender a corte e suas extravagâncias.

Entra em cena, da mesma forma, o aparelho de jantar e os efeitos alegóricos de  serviço à francesa. Este serviço se apresenta em constante mutação à medida que as travessas eram levadas, outras chegavam e os pratos usados eram substituídos por pratos limpos. 

Surge também uma nova vasilha: o pot-à-ouille, ou terrina oval. Peça de arte em prata que era conduzida isoladamente e desempenhava o papel de peça de centro.

A mais antiga referência de uma terrine apareceu em 1719.

O que o palácio de Versalhes, na França,  estabelecia como moda, o resto do mundo logo seguia. Roy Strong afirma, em seu livro “Banquete”, que, “quase todos os aparelhos de jantar do final do século XVII e inicio do século XVIII eram feitos na França ou na Inglaterra.” Diz ainda que a prata real francesa desapareceu, parte fundida para pagar os altos custos das guerras, parte durante a Revolução. “Ainda perduram as obras  em prata de Germain, Ballin, Durand e Auguste.”

 Eram verdadeiras obras de arte expostas à mesa e admiradas pelos comensais. Na Inglaterra de 1720 a tônica eram as grandes exibições de pratos de prata dourada ou prata barroca num aparador lateral, com um balde para resfriar o vinho. Uma década depois as peças usadas na mesa incluíam terrinas, molheiras, galheteiros de açúcar, saleiros, épergnes (cesta de metal trançado para frutas e doce), e surtout.

Essa explosão de prata e prata dourada era para os ricos. Para os demais, havia estanho e cerâmica, na forma de louça esmaltada, faiança, e mais tarde, porcelana.

Na Espanha havia escassez de prata. Surgem então as belíssimas peças de cerâmica da cidade de Talavera de La Reina.