Passava das 12 horas e ainda alguns compromissos exigiam a minha atenção. A engenharia de trânsito de Curitiba é eficiente, perguntei aflito para Mme. M. L. que estava ao meu lado.
Respondeu-me que “se esforçam para manter a circulação de veículos
da cidade em ordem, mas faltam mais conhecimentos para que o trânsito seja
eficiente,” disse.
E assim, entre uma conversa e outra, concluímos que
a boulangerie
Família Farinha seria o melhor local
para acalmar nossas aflições sobre comidas e trânsito. Tem estacionamento
fácil, e um pequeno Bristô que oferece o que precisávamos para aquela hora do dia.
Curitiba como se sabe, não tem praia.
Então, para alegrar os espíritos, muitos
recepcionistas de restaurantes, garçons e afins, oferecem as melhores mesas, “com
vista para o mar”, como sinal de acolhimento e alegria por receber seus
clientes mais assíduos.
Lembrei dessa passagem para Mme. M. L., sorridente
por estarmos naquele Café,
sentados em duas banquetas, de frente para a chef de cozinha, D. Kelly, que nos separava por uma janela de
vidro transparente.
“Era possível observar os mínimos detalhes da
confecção de seus pratos requisitados pelo pequeno número de angustiantes
comensais. Alguns inclusive acima do peso, ávidos por uma pasta com molhos
diversos. Outros em busca de um carpaccio, e outros ainda aflitos
por uma omelete ((como era meu caso atento leitor (a)).”
Mme. M. L. pediu espaguete Mediterrâneo, que vem a
ser uma massa com molho de tomates, camarões e nacos de salmão. Acompanhados
com queijo parmesão ralado e fatias de pão de fermentação natural.
A minha omelete veio com bacon e ervas. Dialogando
com duas fatias de pão francês torradas com manteiga.
A cada duas ou três garfadas observava a conclusão
de mais um pedido á minha frente (de frente para o mar). Não parei de observar a destreza com que
aquela chef exercia suas habilidades com as espátulas, com os fuês, com os galheteiros que circulavam
entre seus dedos, como que flutuassem com os ingredientes que cobriam as
frigideiras. Uma artista se exibindo para seu público e ofertando com maestria
o produto final.
O espetáculo artesanal se encerrava à medida que o
resultado final chegava até as seis mesas dispostas no minúsculo espaço do
café, da boulangerie. A partir daí as conversas silenciavam. Cediam
lugar aos sabores e a contemplação. As gentis atendentes, sempre solicitas,
circulavam entre as poucas mesas atentas aos mais diversos pedidos.
Provoquei minha gentil acompanhante sobre àquele
show quase exclusivo e sobre o o espaguete. Ela, com ar de alegria me disse
que seu pedido ficou acima das expectativas, justificando o apelido de Mediterrâneo
para a pasta. O meu pedido veio sem qualquer surpresa. Correto na
combinação dos ovos com o bacon e combinando com as duas fatias de pães
torradas na manteiga.
Antes de sair daquele ambiente recebi a informação de que a Família Farinha vai inaugurar o novo espaço no inicio do ano, maior, com pelo menos 20 mesas, exclusivo para o café. A nova Família Farinha funcionará a poucos metros de distância da atual. Além de ambientes adequados para os pães, vinhos, embutidos, confeitaria e todos os demais produtos que fazem a festa para a boa gastronomia.
A conclusão é a de que acertamos mais uma vez em visitar aquele espaço da excelente boulangerie Família Farinha, “com vista para o mar”.
SERVIÇO
FAMILIA FARINHA
Padaria e delicatessen com
pães franceses, alemães e italianos, além de bolos e café.
Endereço: Avenida. Nossa
Senhora da Luz, 2345 - Jardim Social,
Curitiba – PR. CEP - 82530-010
Telefone: (41)
3362-3052
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